Salmo 10 e 11 — Contexto Histórico Cultural

Contexto Histórico Cultural 





Salmo 10

10.7 “Maldições”, “mentiras” e “ameaças” eram as três armas da língua mais comuns entre os povos do antigo Oriente Médio. Acreditava-se que era possível manipular os poderes sobrenaturais com palavras e ações rituais quando o propósito era destruir os inimigos e manter um grande estoque convencional de semelhantes maldições (ver “Maldições: e imprecações”, em Sl 83). As “mentiras” são as calúnias e o falso testemunho visando a fins malignos (ver e.g., IRs 21.8-15).


Salmos 11


11:6 brasas e enxofre ardente sobre os ímpios. Nos textos acadianos, o enxofre queimado no carvão era um agente fumigante. Os deuses Ea e Enlil enviam enxofre como um purificador que neutraliza a bruxaria. Mas não faz parte do arsenal do guerreiro divino para julgar os inimigos. Os termos aqui são remanescentes, embora não idênticos aos usados no relato da destruição de Sodoma e Gomorra (ver também Ezequiel 38:22).

11:7 vendo o rosto do juiz. Ver o rosto de um juiz ou deus era uma metáfora na Mesopotâmia e era equivalente a estar do seu “lado bom”, porque se referia a obter acesso à presença deles. Geralmente, refere-se a um suplicante ou autor que ganha uma audiência com um juiz. Se um juiz ou deus virou o rosto para você, você foi encarado com favor.

11.7 A expressão hebraica traduzida por “ver a face do rei” denotava acesso ao rei (Gn 43.3,5; 44.23,26; 2Sm 3.13, “compareça à minha presença”; 14.24,28,32). Às vezes, referia-se aos que serviam na presença do rei (2Rs 25.19, “conselheiros reais”; Et 1.14, aqueles “que tinham acesso direto ao rei”). Aqui, Davi fala da especial liberdade do acesso ao Rei celestial.

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