Efésios 6 — Estudo Teológico das Escrituras

Efésios 6

6:1–4 Este parágrafo tem o belo equilíbrio que esperamos encontrar na Palavra de Deus: Os filhos devem obedecer a seus pais, e os pais devem tratar seus filhos de tal maneira que os filhos queiram obedecer. Os filhos devem obedecer a seus pais por amor a Cristo, mesmo que seus pais não sejam crentes. Isto é apoiado pelo único dos Dez Mandamentos seguido por uma promessa (veja Deut. 5:16). É claro que os filhos cristãos não devem fazer nada pecaminoso, mesmo que seus pais os ordenem. Nesse caso, as crianças devem obedecer a Deus e não aos homens (veja Atos 5:29). não provoque: Os pais não devem ser excessivamente severos com as crianças ou ridicularizá-las.

6:5 Uma porcentagem muito grande da população do Império Romano era composta de servos ou escravos. Essas pessoas eram consideradas mera propriedade e podiam ser abusadas e até mortas por seus senhores sem nenhuma investigação resultante por parte do Estado. Na igreja, ricos proprietários de escravos e seus escravos partiam o pão juntos na mesa do Senhor como iguais. Sem dúvida, alguns escravos eram líderes espirituais talentosos e ministravam a palavra a pessoas muito acima deles na escala social.

6:6 não com serviço visual: servos e empregados devem servir fielmente mesmo quando ninguém estiver olhando. Afinal, Deus vê tudo o que fazemos.

6:8 Receber o mesmo se refere a recompensas futuras (veja Col. 3:23–25).

6:9 Os mestres cristãos não devem usar linguagem ameaçadora para seus servos, mas devem lembrar que eles também são servos de um Mestre muito maior... no céu, que é completamente justo.

6:10–20 Esta passagem prática é uma das mais famosas e ricamente recompensadoras de todo o NT. Paulo provavelmente teve muito tempo para contemplar as partes da armadura de um soldado romano. Afinal, ele foi constantemente vigiado durante sua prisão domiciliar em Roma.

6:10 Ser forte também pode ser traduzido como “ser fortalecido”. A voz passiva sugeriria que não podemos fazer isso sozinhos.

6:11 Toda a armadura de Deus é a proteção do crente contra o mal e o Maligno. Paulo apresentou a metáfora estendida do traje de batalha aproximadamente de acordo com a ordem em que as várias peças foram colocadas. As ciladas do diabo são os truques sutis de Satanás para derrotar os cristãos na guerra espiritual (veja 2 Cor. 11:3).

6:12 Nossa verdadeira batalha não é com cultistas humanos, falsos religiosos, ateus, agnósticos e pseudo-cristãos, mas com os seres demoníacos que trabalham através deles, dos quais até mesmo os próprios oponentes de carne e osso às vezes desconhecem.

6:13 O dia do mal é tomado por alguns para se referir ao fim dos tempos quando o Maligno lançará uma campanha feroz contra Cristo e Seu exército. Uma visão mais comum é que qualquer grande disputa espiritual na vida de um crente pode ser vista aqui.

6:14 Os versículos 14–17 apresentam as seis peças da armadura espiritual. Quatro são mencionados especificamente e o cinto e os sapatos estão implícitos. Os soldados se cingiam com um cinto, do qual pendiam tiras de couro para proteger a parte inferior do corpo. A verdade é considerada crucial por Paulo (4:15, 25), porque um cristão desonesto não pode esperar resistir ao pai da mentira. A verdade mencionada aqui é a integridade, uma vida de veracidade prática e honestidade. A couraça da época romana contornava completamente o corpo, de modo que as costas de um guerreiro também eram protegidas. O peitoral era feito de couro duro ou metal. A justiça que a couraça representa não é a justiça de Cristo, que todos os crentes possuem, mas o caráter prático e justo dos crentes.

6:15 Os pés de um soldado romano eram calçados com sapatos duros e com tachas. Paulo usou esta imagem para representar a preparação do evangelho da paz. Isso pode significar que o evangelho é o fundamento firme sobre o qual os cristãos devem se firmar ou que o soldado cristão deve estar pronto para sair para defender e espalhar o evangelho.

6:16 Acima de tudo pode significar que o escudo deve ser usado contra tudo. Também pode significar que o escudo deve cobrir toda a armadura. O escudo de um soldado romano normalmente media dois pés e meio por quatro pés. O escudo do cristão oferece proteção contra todos os dardos inflamados do maligno. Flechas flamejantes não podiam penetrar o escudo à prova de fogo do antigo soldado romano, nem os ataques de Satanás podem penetrar no crente que deposita sua fé em Deus.

6:17 o capacete da salvação: O capacete romano intrincadamente projetado protegia a cabeça do soldado e também o fazia parecer mais alto e mais impressionante. A espada do Espírito é a única arma ofensiva na armadura do crente. Essa arma não é necessariamente a Bíblia como um todo, mas a palavra específica que precisa ser dita em uma situação específica. Para ter a palavra exata pronta, uma pessoa deve conhecer a Bíblia intimamente.

6:18 Sem oração, toda a armadura do mundo seria inútil. orando sempre: Orações gerais e petições específicas no Espírito devem ser feitas para todos os crentes e em todas as ocasiões. Perseverança e paciência na oração são essenciais.

6:19 O apóstolo Paulo não se envergonhou de pedir a outros crentes que orassem para que ele tivesse coragem de proclamar o evangelho. Mesmo como prisioneiro, Paulo ainda queria ser uma testemunha fiel do Senhor.

6:20 Paulo era um embaixador acorrentado em Roma para o evangelho de Cristo. Sua oração era que ele pudesse falar com ousadia, como um embaixador do Rei dos reis deveria falar.

6:21–24 Os últimos versículos de Efésios revelam a apreciação de Paulo pelo ministério de outros, especialmente o ministério de Tíquico (ver Col. 4:7). O fato de que esta carta não conclui com saudações pessoais como fazem as outras cartas de Paulo (ver Rom. 16) pode indicar que esta era uma carta circular, destinada a várias igrejas ao redor de Éfeso. A sinceridade também pode ser traduzida como “sem corrupção”.

Fonte: The NKJV Study Bible, 2° ed., Full-Color Edition, Thomas Nelson, Inc., 2014