Como Viemos a Ter a Bíblia (Part. 4)

INTRODUÇÃO BÍBLICA, JERÔNIMO, VULGATA LATINA, ESTUDO BIBLICOS, TEOLOGICOS
No ínterim, o latim tornou-se importante, e apareceram diversas versões no latim antigo. Mas elas variavam em estilo e em exatidão. Portanto, em 382 EC, o Papa Dâmaso comissionou seu secretário, Jerônimo, para preparar uma Bíblia latina autorizada.

Jerônimo começou por revisar as versões latinas do N.T. Quanto às Escrituras Hebraicas, porém, ele insistiu em traduzi-las do hebraico original. Assim, em 386 EC, ele se mudou para Belém para estudar o hebraico e procurar a ajuda dum rabino. Por causa disso, ele criou muita controvérsia nos círculos da Igreja. Alguns, inclusive Agostinho, contemporâneo de Jerônimo, acreditavam que a Septuaginta era inspirada, e eles acusavam Jerônimo de “estar-se passando para os judeus”. Prosseguindo sem vacilar, Jerônimo completou a sua obra por volta de 400 EC. Por ter chegado perto da fonte das línguas e dos documentos originais, e por traduzi-los para a língua viva daquele tempo, Jerônimo antecipou-se em mil anos aos métodos modernos de tradução. Sua obra passou a ser conhecida como a Vulgata, ou Versão Comum, e ela beneficiou as pessoas por séculos.

Na cristandade oriental, muitos ainda podiam ler a LXX e o N.T. Mais tarde, porém, línguas e dialetos da família eslavônia, ou eslava, passaram a ser de uso comum no leste europeu. Em 863 EC, dois irmãos de língua grega, Cirilo e Metódio, foram para a Morávia, agora na República Tcheca. Começaram a traduzir a Bíblia para o eslavônio antigo. Para isso, inventaram o alfabeto glagolítico, mais tarde substituído pelo alfabeto cirílico, em honra de Cirilo. Esta foi a origem das atuais escritas russa, ucraniana, sérvia e búlgara. A Bíblia eslavônia serviu durante gerações às pessoas daquela região. Com o tempo, porém, ao passo que as línguas mudavam, ela tornou-se incompreensível para a pessoa mediana.

Contexto:

Cf. Como viemos a ter a Bíblia (Part. 1)
Cf. Como viemos a ter a Bíblia (Part. 2)
Cf. Como viemos a ter a Bíblia (Part. 3)


Continuação do estudo bíblico:

Cf. Como viemos a ter a Bíblia (Part. 5)
Cf. Como viemos a ter a Bíblia (Part. 6)
Cf. Como viemos a ter a Bíblia (Part. 7)