Universalismo no Evangelho de Mateus
Por outra parte, o universalismo também caracteriza o evangelho de Mateus. Ele encerra sua narração com a Grande Comissão dirigida aos seguidores de Cristo, que ordena fazerem discípulos de todas as nações (28:19,20). Ainda nos primeiros lances do evangelho, os magos gentios adoram ao Messias infante, na narrativa da natividade (2:1-12). Jesus é citado como quem dissera que “muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas...” (8:11,12). “...o campo é o mundo...”, na parábola do trigo e do joio (13:38). De acordo com a parábola da vinha, Deus haveria de transferir Seu reino da nação de Israel para outros (21:33-43). E Mateus é o único entre os evangelistas a utilizar se do termo “igreja”, em seu evangelho (16:18 e 18:17). Precisamos asseverar, por conseguinte, que o evangelho de Mateus é um evangelho cristão judaico, mas com uma perspectiva universal.