Interpretação de Isaías 15, 16 e 17

     Isaías 15

Temos aqui uma visão das terríveis depredações que os assírios infligiram às diversas cidades de Moabe que ao mencionadas através de todo o capítulo 15. Embora os moabitas tenham sido implacáveis inimigos de Israel, o profeta só podia chorar de compaixão diante do espetáculo da sangrenta crueldade do conquistador e das deprimentes fileiras dos refugiados infligindo de suas cidades condenadas.
9. As águas de Dimom ... cheias de sangue. Um jogo de palavras entre o hebraico dâm, "sangue", e Dimom, que talvez seja uma variação sinistra do nome Dibom mais familiar. Os leões aqui mencionados talvez se refiram à Judá triunfante em um período posterior, ou talvez a Esaradom, o assírio (que registra a vitória sobre Mutsuri, o rei moabita), ou até mesmo aos caldeus de um período subseqüente.

Isaías 16

O capítulo 16 apresenta um pronunciamento relacionado mas separado, ocasionado pela futura fuga dos refugiados moabitas a Sela, capital de Edom (que era aliada de Moabe). De seu asilo em Edom eles foram convidados a se submeterem ao povo de Deus, pois Jeová é o seu único refúgio seguro. Seu trono será um dia estabelecido em Jerusalém, a capital de Davi (uma predição sobre a segunda vinda de Cristo).
16:3. Uma convocação a Judá para que mantenha um testemunho piedoso e para que demonstre compaixão para com os refugiados moabitas. 6-12. O profeta apresenta os motivos da tragédia moabita: seu orgulho arrogante (tão claramente evidenciado na "Pedra Moabita" do Rei Mesa). Ele prossegue com uma descrição de sua futura devastação às mãos de Senaqueribe (que registra a submissão de Quemosnadade, rei de Moabe).
7. Quanto aos fundamentos (E. R. C.) de Quir-Haresete, traduza de acordo com a E.R.A., pastas de uvas. Eram ofertas que já não poderiam mais ser feitas aos ídolos adorados por causa da destruição de todas as vinhas.
8. Mar. Possivelmente o Mar Morto, ou ainda os celebrados tanques de Hesbom. Isaías não podia deixar de lamentar a destruição derramada por toda a bela e sorridente terra de Moabe. Em vão seus crentes rodeariam os altares pagãos de seus altos; seus deuses imaginários seriam desprovidos de poder para salvá-los.
13, 14. Dentro em três anos. Uma data mais precisa para esta invasão. O tempo foi sem dúvida revelado em 704 A. C. e referia-se à vinda de Senaqueribe, três anos mais tarde.

Isaías 17

Sentença IV. A Queda de Damasco e Samaria. 17:1-14.
Este capítulo é contemporâneo de Isaías 7, e prediz a queda da coligação do norte no reinado de Acaz. Tiglate-Pileser deixada Damasco em um montão de ruínas em 732 A.C.; do mesmo modo suas cidades vassalos, tais como Aroer perto de Rabate-Amom. A glória de Damasco seria removida junto com a do Israel do Norte (que alcançara tais alturas sob o governo de Jeroboão II, 782-753 A. C.). Só um remanescente lamentavelmente pequeno das dez tribos é o que restaria, como as últimas espigas de trigo ou as últimas olivas deixadas após a colheita.
7-11. Uma predição dizendo que estes últimos sobreviventes dos trágicos acontecimentos de 722 (quando Samaria seria tomada por Sargão e de portada para a Assíria) se arrependeriam. Renunciariam às suas imagens de escultura e os seus postes-ídolos (v. 8; 'asherîm pilares de madeira ou troncos de árvores representando a esposa consorte da divindade adorada nos "altos"). Eles se voltariam com fé para Jeová o Santo de Israel (v. 7). (Cons. o registro da grande celebração da Páscoa em II Cr. 30:1-22, na qual participaram os crentes dos sobreviventes samaritanos. Mas talvez a perspectiva aqui também seja escatológica.) O motivo dessa futura devastação era, obviamente, o fato de terem abandonado o verdadeiro Deus, que era sua única força verdadeira para resistir aos conquistadores pagãos.
12-14. Uma descrição gráfica da invasão futura pelos exércitos assírios, com seus vários contingentes de súditos-aliados sob a liderança de Senaqueribe (herdeiro dos conquistadores de Damasco e Samaria). Deus subitamente repreenderia os assírios, declara a profecia, em uma noite de terrível praga e destruição. Assim Ele fará finalmente com todos os Seus inimigos e os exércitos que estes comandam contra a Sua causa.

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