Interpretação de Isaías 33
Isaías 33
33:1-6 Uma profecia do triunfo de Jeová sobre os assírios traidores. Veja II Reis 18:14-36 quanto à narrativa de como Senaqueribe primeiramente aceitou a indenização que arruinou Ezequias, exigindo depois rendição incondicional. Os versículos 2, 3 expressam o apelo dos judeus crentes a Jeová pedindo livramento na crise vindoura, e sua admiração e louvor diante de Sua intervenção especial e derrota dos gentios invasores.33:4 O vosso despojo. O profeta dirige-se diretamente aos assírios considerando-os um inimigo derrotado. O versículo 5 é uma afirmação da gloriosa soberania de Deus, que seria demonstrada no desastre assírio. Em Sua Palavra revelada e no Seu santo Templo Ele encheu Sião de bênçãos de justiça e integridade, manifestando estas qualidades em Sua própria e maravilhosa maneira de tratar com Israel.
33:6 Sabedoria e conhecimento. Uma referência às bênçãos do reavivamento sob a liderança de Ezequias, especialmente nos últimos anos do seu reinado. Teu se refere à Judá daquela geração.
33:7-12 Um quadro da situação de Judá quando Senaqueribe devastaria a terra, rejeitando desdenhosamente a paz oferecida por Ezequias. A anterior aceitação da indenização por parte dos assírios implicava em uma aliança de paz, que ele quebraria. Na situação extrema de desamparo em que Judá se encontrava, Jeová se levantaria para destruir o exército invasor, denunciando seu orgulho como coisa sem valor, e sua provocação como ocasião propícia para cumprimento de seu destino terrível. Como se queima a cal (v. 12) dá a entender que é uma queima tão completa, que só cinzas restariam, como o montinho que resta depois que a cal é quebrada.
33:13-16 O Senhor faz todos os observadores notarem a moral do Seu juízo para com Senaqueribe. Os pecadores não convertidos de Judá ficariam consternados diante desta prova do poder de Deus, pois implica em uma ameaça que suas próprias iniquidades também seriam visitadas. Eles veriam que apenas um crente sincero e honesto pode se sentir seguro diante da chama perpétua da justa vingança de Deus – chamas eternas (v. 14). A única segurança verdadeira é a vida piedosa que segue as leis divinas do modo prático. Nenhum lugar é tão seguro como o centro da vontade de Deus. Ali o crente está rodeado pelo cuidado protetor do Senhor e fica defendido contra todos os possíveis assaltos (v. 16).
33:17-24 Esta passagem, a julgar pela declaração que Jerusalém será inviolável, é um vislumbre do reino milenial. Portanto o rei de Israel (v. 17) deve ser Cristo em seu esplendor real, reinando sobre um território mundial.
33:18, 19 O Todo-poderoso profetiza a remoção completa do cenário dos "assírios" dos últimos tempos, depois de seu abortivo cerco a Jerusalém. O sossego imperturbável da Cidade Santa indica um período após a conclusão do "tempo dos gentios" (cons. Lc. 21:24). A presença de Jeová em uma Sião obediente e fiel assegurará sua defesa inexpugnável (v. 21). Ela será como uma cidade rodeada por fossos protetores – impenetráveis aos navios inimigos – e correntes férteis. Não um simples homem governa sobre Israel, e mas o próprio Deus Jeová, e isto garante sua libertação final. Mas o navio invasor da Assíria (figuradamente falando) cairá desamparado por terra, com suas talhas soltas; e todo o seu conteúdo será o despojo dos defensores hebreus. Até mesmo os judeus aleijados (v. 23) serão capazes de subir a bordo para pilhar o desamparado atacante. Não haverá mais doença espiritual na terra limpa e perdoada do Israel dos últimos tempos.
Índice: Isaías 1 Isaías 2 Isaías 3 Isaías 4 Isaías 5 Isaías 6 Isaías 7 Isaías 8 Isaías 9 Isaías 10 Isaías 11 Isaías 12 Isaías 13 e 14 Isaías 15, 16 e 17 Isaías 18, 19 e 20 Isaías 21 e 22 Isaías 23 Isaías 24 e 25 Isaías 26 Isaías 27 e 28 Isaías 29 Isaías 30 Isaías 31 e 32 Isaías 33 Isaías 34 e 35 Isaías 36 Isaías 37 Isaías 38 Isaías 39 Isaías 40 Isaías 41 Isaías 42 e 43 Isaías 44 Isaías 45 Isaías 49-50 Isaías 51 Isaías 52 Isaías 53 Isaías 54-55 Isaías 56-57 Isaías 58-59 Isaías 60-61 Isaías 62-63-64 Isaías 65-66