Interpretação de Isaías 36
Isaías 36
Nesta absorvente narrativa, de um lado da arena está o arrogante e cruel poder do mundo, com todas as vantagens materiais do seu lado. Do outro está o frágil remanescente de Judá, não tendo recurso além do próprio Deus. Temos aqui um texto histórico para demonstrar de uma vez por todas que Jeová é o único Deus verdadeiro, o Soberano de toda a terra.36:1 No ano décimo quarto parece referir-se ao segundo reinado de Ezequias, o período adicional de quinze anos que foram acrescentados ao rei por ocasião de sua doença mortal registrada em Is. 38. A doença deve ter ocorrida em 714 A.C., ou onze anos depois da morte de Acaz, o pai de Ezequias. Senaqueribe começara o seu reinado em 705 A.C., e gastou a maior parte do seu tempo desde então sufocando rebeliões em diversas partes do seu império. Todas as cidades fortificadas. O próprio registro de Senaqueribe apresenta uma lista de quarenta e seis cidades.
36:2 Rabsaqué. Não um nome próprio, mas o título de um alto funcionário da corte (originalmente um mordomo, uma vez que o nome significa "copeiro-mor"). Observe que o seu desafio foi feito exatamente no ponto em que Isaías confrontou-se com Acaz vinte e três anos antes (cons. Is. 7).
36:3 Eliaquim e Sebna. Cons. 22:15-25.
36:7 Com muita astúcia o assírio apelou para o partido idólatra de Judá, que se aborrecera com as reformas de Ezequias.
36:8 Empenha-te. Faça uma troca com. Ele lhe lançou em rosto sua triste incapacidade em matéria de carros e cavalos. Eles não tinham número suficiente de homens treinados para manejarem dois mil cavalos mesmo se a Assíria lhes desse tantos.
36:10 A arrogância blasfema de Senaqueribe em clamar pela autorização de Jeová contém dentro dela um desconcertante elemento de verdade (cons. 10:5, 6).
36:11 Neste período precoce, o aramaico – língua síria – já estava se tornando a língua falada em todo o Oriente Próximo (em substituição ao acadiano, língua nativa de Rabsaqué, que desfrutara desse status no milênio anterior). Mas o judeu comum, destreinado para o comércio com os estrangeiros, não o conhecia.
36:17 A política assíria anda era a de deportar populações rebeldes, exatamente como acontecera no caso das dez tribos em 721. Observe que isto é uma oferta de segurança econômica ao preço da liberdade, uma oferta feita pelos correlativos da Assíria hoje em dia.
36:18-20 Acaso os deuses das nações livraram cada um a sua terra. O rei assírio considerava a subjugação desses principados do norte da Assíria como um triunfo sobre os deuses das diversas nações. Certamente, ele arrazoava, nenhum deus poderia ser maior e mais forte do que a nação que o servia. A derrota de Israel poderia ser interpretada como a derrota do Deus de Israel.
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