Interpretação de Isaías 41

Isaías 41

41:1-7. Jeová, como Senhor do destino das nações e dos homens, declara aqui Sua onipotente providência. As ilhas ou litoral (v. 1). As terras do Mediterrâneo. Os povos. A humanidade em geral, como um agregado de unidades nacionais. Deus condescende em arrazoar com eles na base dessa inteligência e consciência relacionada com a lei moral que implantou em seus corações por meio da graça comum.

41:2. Do oriente (ou lugar onde nasce o sol) O futuro conquistador da Babilônia. Ciro, o Grande, da Pérsia (558-529 A.C.). Ele viria como servo ungido de Deus (45:1), um tipo de Cristo, o Libertador do povo de Deus que se encontrava na escravidão. Isaías destaca o valor evidente do futuro cumprimento dessas predições referentes ao irresistível triunfo de Ciro sob as bênçãos divinas.

41:3. Persegue... passa... trilharam. Traduza-se como tempo presente ou futuro.

41:4. A queda iminente da Babilônia e o sucesso de Ciro demonstrada que este Deus de uma pequena nação desprezada e exilada é verdadeiramente o Eterno, o Ordenador dos destinos dos homens.

41:6, 7. O ídolo manufaturado pelos pagãos é um artifício carnal com o desígnio de dar aos homens algum senso de segurança em face das forças sobre-humanas da vida.

41:8-20. Israel, como o povo escolhido do Todo-poderoso, é um instrumento de Sua providência soberana.

41:8. O primeiro aparecimento da momentosa figura do Servo do Senhor. O Sorvo aqui é a nação de Israel, crente, em oposição aos gentios incrédulos. O significado do povo de Israel jaz nos ratos: 1) os israelitas são descendentes de Abraão, o amigo de Deus (lit., meu amado); e 2) são, portanto, herdeiros das promessas da aliança (Gn. 12:1-3). Como imigrante de Ur na Suméria, Abraão veio dos “confins da terra” (do ponto de vista palestino, pelo menos). Portanto os prisioneiros exilados teriam de ser reunidos de volta da Babilônia, em 537 A. C.

41:10. Embora nenhuma nação exilada na história tivesse jamais sido levada de volta para recomeçar a vida em sua terra natal, e muito embora o governo gentio não tivesse meios práticos de introduzir os judeus a retomarem para casa, Deus tornada em realidade esta aparente impossibilidade. Nas palavras deste versículo Ele procurou fortalecer o Seu povo para que pudesse triunfar sobre qualquer poder material (Babilônia, Pérsia, Grécia ou Roma) que procurasse extinguir o seu testemunho. Todos esses impérios pagãos seriam derrotados e desapareceriam, enquanto o povo de Jeová continuaria existindo e se desenvolvendo. Incrível profecia que se cumpriu espantosamente!. Não que Israel alcançaria grande poder mundial, mas o seu Deus seria sua força constante. Em si mesma Israel não passava de um frágil vermezinho (v. 14), a ser desprezado e pisado pelo mundo. Mas como instrumento submisso nas mãos de Deus, seria o meio de derrotar as mais poderosas nações, arruinando-as. As orações dos fiéis desencadeiam os maiores poderes da história humana, e até mesmo os invencíveis exércitos da Pérsia, Grécia o Roma seriam reduzidos a cacos diante dos decretos divinos, deixando o povo de Deus triunfante no meio de suas ruínas.

41:17-20. Estes versículos apresentam com rico simbolismo a transformação de vida que Deus prometeu realizar no Israel espiritual. Tanto na geração que retornaria da Babilônia como em todas as gerações subsequentes, Ele garantiu que supriria as necessidades físicas e espirituais da nação-serva. Até nas mais desesperadoras dificuldades e nos momentos dos mais graves perigos, Deus proveria abundantemente de tudo o que seu povo pudesse precisar, revigorando suas almas com o mais doce refrigério, mostrando-lhe jardins e bosques 1iildos e cheios de sombra para seu deleite espiritual. As sete espécies de árvore do versículo 19 simbolizam a perfeição da obra de Deus neste sentido.

41:20. Tal provisão misericordiosa fortaleceria grandemente a fé do povo de Deus quando reconhecesse e se regozijasse em sua fidelidade.

41:21-29. Voltando-se agora para os gentios adoradores de ídolos, Jeová os desafia a provar a realidade e o poder dos seus ídolos por meio da prova da profecia e o seu cumprimento (v. 22). Seu povo acusa esses falsos deuses de serem totalmente incapazes de predizerem sua vontade e propósitos, através dos seus profetas, para depois executá-los. Mas Jeová (v. 25) declara o Seu propósito de suscitar iso anos mais tarde – um irresistível conquistador do oriente (fazendo o seu ataque pelo norte), que respeitaria o nome de Deus e executaria seus planos. Os deuses imaginários dos pagãos não poderiam realizar um feito igual a este.

41:27. Eis! ei-los aí! Isto é, eis o cumprimento das minhas predições. Então: “Eu sou o que primeiro disse a Sião: Eis! ei-los aí! e a Jerusalém dou um mensageiro de boas novas”. (Isto é, o próprio Isaías).
41:28. Não há ninguém. Nenhum profeta entre os devotos aos ídolos.

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