Interpretação de Isaías 60 e 61

Interpretação de Isaías 60 e 61

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Isaías 60

Sermão III. A Radiância e a Paz do Povo Redimido de Deus. 60:1-22.

1-3. O profeta declara que as trevas do mundo devem ser vencidas com a luz de Israel. O ponto de partida é o do primeiro advento de Cristo, pois ele é a Luz a despontar para os judeus. E a sua Igreja seria a luz, isto é, o refletor de Sua gloriosa perfeição e amor, e o canal para a Sua verdade alcançar os pagãos. O Evangelho do N.T. teria uma poderosa atração para os gentios, tal que o Evangelho do V.T. jamais teve.
4-9. Aqui os gentios convertidos são descritos como multidões entrando no Reino e apresentando todas as suas posses e talentos como ofertas de ação de graça ao Senhor. Talvez estes convertidos devam ser considerados filhos adotivos de Deus, uma vez que são os filhos e as filhas de Israel (v. 4). Ou talvez sejam judeus dispersos que seriam acompanhados e escoltados pelos cristãos gentios ao entrarem pela fé no Reino de Deus. É bastante digno de nota que, em origem, todos esses tesouros oferecidos são preponderantemente árabes. Talvez haja uma sugestão aqui de que o Islã um dia se voltará para a Cruz. Todos esses imigrantes na Terra Prometida se assemelham a vôos de pombas em sua rapidez, grande ansiedade e grande número (v. 8). Eles são impelidos por sua esperança (v. 9) ou confiança no Senhor (uma tradução melhor do que aguardarão, E.R.A., E.R.C.; que é inapropriada). O cortejo será encabeçado primeiro pelos navios vindos de muito longe – aqueles de Társis.
10-14. Aqui as Escrituras nos dão um quadro da glória e paz da Sião do Milênio, quando os crentes gentios darão as mãos aos crentes judeus para estabelecerem a nova teocracia e sua gloriosa capital Jerusalém. (A aparência terrestre deste cenário impede de atribuí-lo aos céus.) O império do Messias será supremo e não tolerará oposição ou rebeldia (v. 12). Ao que parece, (como Ez. 40-48) em Sião se construirá um lindo templo (Is. 60:13), para o qual até os descendentes convertidos dos perseguidores de Israel acorrerão para adorar.
15-22. A glória do reino milenial está em contraste com a ignomínia do reino apóstata pré-exílico de Israel: glória em lugar de contumácia, riqueza em lugar de pobreza (vs, 16, 17a), justiça em lugar de injustiça (v. 17b), paz infinita em lugar de derramamento de sangue e guerra (v. 18), a luz da glória do favor e da presença divinos para sempre (v. 19, um versículo que aponta especificamente para as condições celestes; cons. Ap. 22:3-5), reavivamento contínuo e piedade prevalecente em toda a sociedade em vez das apostasias e declínios periódicos do Israel do V. T. (Is. 60:21). O plano divino para uma raça humana perfeitamente justa e obediente será então finalmente realizado sobre a terra (v. 21b), quando a insignificamente minoria dos verdadeiros crentes se expandir em um número grandioso e em uma nação poderosa (v. 22). (No v. 16 as ousadas imagens indicam que exatamente como a mãe concede energia vital quando amamenta o seu filho, assim as nações e os seus governadores concederão energia vital para o serviço da Igreja Milenial.)

Isaías 61

Sermão IV. O Evangelho do Ungido Produzindo Alegria. 61:1-11.

1-3. Cristo aqui está representado com poderes do Espírito para pregar o Evangelho libertador e transformador de vidas (uma passagem que Jesus aplicou a si mesmo em Lc. 4:18-21). O Evangelho é especialmente destinado aos quebrantados (isto é, os humildes, que reconhecem seu próprio pecado e a necessidade de um Salvador e os que se arrependem dos seus pecados). É uma mensagem de libertação do cativeiro, de consolação da tristeza e do poder de Deus para uma nova santidade de vida – carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor (v. 3). Este Evangelho também promete o justo juízo de Deus sobre todas as forjas do mal sem arrependimento – o dia da vingança do nosso Deus (v. 2).
4-9. Um quadro da glória da nova vida que substituirá a antiga. O novo Israel, impregnado com a energia do Evangelho de Cristo, reconstruirá a estrutura da teocracia que foi arruinada pela conseqüência terrível da desobediência e infidelidade.
5. Os convertidos gentios juntar-se-ão na obra pastoral e serviço do Reino, submetendo-se aos apóstolos e Escrituras judias, e alegremente apresentando-se com todas suas posses ao Senhor.
7. Dupla. A glória ou bênção dupla de a) a filiação na família de Deus, b) a posse do próprio Cristo que habita no crente como Senhor e Companheiro.
8. Roubo (ou rapacidade) relacionado com (e não para) o holocausto (E.R.A, acrescenta sem necessidade a palavra iniquidade) era o que caracterizava a maioria hipócrita de Israel, mas ele não terá lugar no Reino. Os sinceros judeus redimidos terão posição de mando e influência entre toda a humanidade naquele período final (v. 9).
10,11. O crente regenerado reage alegremente diante dessas promessas misericordiosas. Ele foi revestido com a justiça que Cristo file imputou e foi adornado com a Sua graça como um casal de noivos adornados para o casamento. Ele se regozija no Salvador que é o seu bem maior e no triunfo da justiça sobre a terra.

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