Interpretação de Isaías 62, 63 e 64

Isaías 62
1-5. A beleza da justiça imputada e concedida a Sião está exposta e o seu novo estado como a santa noiva de Cristo. Deus não ficará permanentemente frustrado em Seu plano de criar uma nação santa, embora o triste registro do fracasso e apostasia de Israel.
4. "Naquele dia" ela exibirá a justiça de Cristo e portanto receberá um novo nome: Hephzibah, Minha-Delícia. E sua terra será chamada Beulah, Desposada.
5. Neste versículo altere-se a vogal acentuada em banayik, "teus filhos", para bonayik, "teus edificadores", um plural de majestade para "Teu Edificador" (Jeová); isto evita a implicação de um relacionamento incestuoso na palavra "filhos", e forma um paralelo perfeito com a segunda metade do versículo.
6-12. A graça perseverante de Deus garante que esta beleza será conferida a Israel na segunda vinda de Cristo. Profetas fiéis e diligentes que fazem lembrar as palavras divinas (os que fazeis lembrado) persistirão pregando e orando até que o reino terreno do Messias seja estabelecido. Desse momento em diante, nenhuma invasão mais prejudicará as colheitas da Palestina (uma predição que só poderá se cumprir no milênio terrestre).
10. Neste temos uma convocação ao arrependimento muito semelhante com a de 57:14. A bandeira, ou a insígnia, é a cruz de Cristo.
12. O povo da Jerusalém daqueles dias será exatamente o oposto do que era no tempo de (saías e seus sucessores imediatos: povo profano, escravizado por seus inimigos, não buscado pela graça salvadora de Deus, mas abandonado às conseqüências da apostasia.


Isaías 63
63:1-6. O julgamento divino será infligido sobre o Poder Mundial (em contraste com a bênção final de Israel).
1. Aqui novamente (como em 34:5, 6) Edom tipifica o mundo rebelde implacavelmente hostil para com o povo de Deus (Amós 1:11). Bozra em Edom sugere o verbo basar, "cortar cachos de uvas, vindimar". Cristo está descrito usando roupas manchadas de sangue. É o sangue daqueles que foram mortos no Armagedom (cons. Ap. 19:13), onde Ele mesmo será o responsável pela vitória (como o fez sozinho no Calvário).
3-6. Nestes versículos Cristo responde à pergunta do profeta no versículo
2. Meu próprio braço (v. 5) como em 59:16, indica a interferência pessoal de Deus na arena da história. Aqui a cena é a mesma de Ap. 14:18,19. Um mundo que rejeita a Cristo e desdenha o Evangelho não deixa ao Senhor outra alternativa a não ser a de enviar uma destruição terrível e medonha quando o período de Sua paciência se esgotar.
Sermão VI. Israel Roga por Auxílio, com Base nas Misericórdias do Passado. 63:7 – 64:12.
63:7-9. Israel canta um hino de ação de graças pelo terno amor de Jeová para com os filhos da Sua aliança, com quem partilhou de todos os rigores e provações.
10-14. O profeta se lembra da rebeldia ingrata de Israel, que competiu o Senhor a castigar o Seu povo escolhido como se fosse inimigo Seu. Omita-se as palavras em itálico; a pergunta que começa com Onde é feita pelo profeta como porta-voz de Israel.
14. . . . lhes deu descanso; isto é, durante a viagem pelo deserto sob a liderança de Moisés e Arão (os pastor (es) mencionados no v. 11).
15-19. Estes versículos apresentam a súplica dos infiéis arrependidos para que Deus acabe com o seu isolamento e tome a demonstrar-lhes o Seu temo amor (ainda que fossem deserdados por Abraão e Jacó devido a sua infidelidade).
18. Só por breve tempo. Cerca de 800 anos por ocasião da queda de Jerusalém em 587 A. C. (e apenas 673 anos depois: de 538 A. C. a 135 d. C.).


Isaías 64
64:1-7. Isaías representa o povo de Israel implorando a Jeová que intervenha no cenário mundial, impondo os direitos de Sua santidade e soberania. 1. A imagem faz lembrar a erupção do Monte Sião.
2. Os homens justos sentem-se entristecidos com o desprezo que os homens demonstram para com Deus, com aparente impunidade. Eles reconhecem que o Senhor não pode intervir devidamente para libertar, a não ser que o seu povo ande em amor e obediência (v. 5), enquanto que o povo de Israel (e a fortiori o restante da humanidade) está contaminação pelo pecado; até mesmo suas pretensões à justiça (v. 6) estão viciadas com motivações basicamente egoístas, e não pelo supremo amor de Deus (a única base para a verdadeira moralidade; cons. Dt. 6:5).
8-12. Reconhecendo a sua própria culpa imperdoável, os israelitas arrependidos rogam apenas pelas promessas misericordiosas da aliança divina e apresentam sua terra devastada e o seu Templo arruinado como argumentos para a sua piedade e compaixão.

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