Miqueias 4 — Explicação das Escrituras

Miqueias 4 apresenta uma visão de um futuro de bênçãos, restauração e paz. O capítulo abre com uma descrição do “monte do Senhor”, simbolizando a presença e o reinado de Deus, estabelecendo-se como o pico mais alto, atraindo nações para buscar Seus caminhos e orientação. A imagem da transformação de armas em ferramentas de cultivo ressalta a visão de paz global e o fim da guerra. Miquéias profetiza sobre o futuro triunfo de Israel, onde eles vencerão seus inimigos e reinarão sobre eles.

Além disso, Miqueias 4 prevê um tempo de restauração e redenção para o remanescente do povo de Deus, enfatizando o compromisso de Deus de reunir Seu povo disperso. Este capítulo contrasta com os temas anteriores de julgamento e corrupção, pintando um quadro da suprema soberania, paz e cumprimento de Suas promessas de Deus. Miqueias 4 enfoca temas de paz universal, orientação de Deus e restauração de Israel, transmitindo uma mensagem de esperança e renovação tanto para a nação quanto para o mundo.

A GLÓRIA DO REINADO MILENAR DE CRISTO (Cap. 4)
4:1–4 Os primeiros oito versículos falam das bênçãos do Reinado Milenar de Cristo. Jerusalém será exaltada, as nações gentias virão para lá para aprender sobre o Senhor, e Ele governará todas as nações. O desarmamento mundial é retratado de forma vívida e concreta nas famosas palavras: “Eles converterão suas espadas em arados e suas lanças em foices.” Paz e segurança prevalecerão e o Senhor será reconhecido por todo Seu povo.

4:5–8 O versículo 5 contrasta a idolatria praticada nos dias de Miqueias com a adoração pura que prevalecerá no Reino Milenar. As pessoas que foram aleijadas pelo cativeiro serão restauradas à terra (“Eu reunirei os desgarrados”, v. 6, Moffatt), e o SENHOR reinará como Rei sobre eles. O primeiro ou antigo domínio (v. 8) significa o mais alto governo na terra, o reinado do Rei Messias.

4:9–13 Nesse ínterim, Judá deve ir para o cativeiro na Babilônia. Além disso, antes da restauração, o Senhor reunirá as nações gentias e as julgará; Israel será Seu instrumento para puni-los, e sua riqueza será dedicada ao Senhor de toda a terra.

Notas Adicionais:

4.1-3
O profeta Isaías, que começou sua obra no ano 740 a.C., era contemporâneo de Miqueias, e emprega exatamente as mesmas palavras proféticas no segundo capítulo do seu livro. Quando uma visão profética é duplicada, e porque “a coisa é estabelecida por Deus, e Deus se apressa a fazê-la” (Gn 41.32).

4.4 Debaixo do sua videira. Para o israelita era comum cada um ter seu terreno com árvores frutíferas, legumes, e alguns animais, para o sustento da família. A guerra ou a injustiça social desviavam o povo deste contato regular com a vida natural e sadia.

4.5 Depois da descrição de um futuro profético, contrasta-se a situação normal da época de Miqueias, antes de voltar “àquele dia” (v. 6).

4.8 Torre do rebanho. Jerusalém, a cidadela do povo de Deus.

4.9, 10 Surpreendente predição sobre um futuro ainda distante. Mesmo que a nação ameaçadora nessa altura era a Assíria, Deus revelou que o cativeiro seria efetuado pela Babilônia (ocorreu c. 140 anos depois).

4.11-13 Ainda que Sião venha a sofrer agudamente pelos seus pecados, Jeová tornará a restabelecer o seu povo como boi dotado de unhas de ferro e chifres de bronze. As nações desejosas de reparti-lo como despojos serão despedaçadas. Estaríamos presenciando o cumprimento desta profecia?