Miqueias 6 — Explicação das Escrituras

Miqueias 6 apresenta um diálogo entre Deus e Seu povo, abordando sua falha em viver de acordo com Seus mandamentos e as consequências de sua desobediência. O capítulo começa com a acusação de Deus contra Seu povo, lembrando-os de Sua fidelidade ao longo da história. As pessoas perguntam como agradar a Deus, sugerindo ofertas extravagantes, mas Miqueias responde enfatizando a justiça, a bondade e a humildade sobre os sacrifícios ritualísticos. Ele ressalta a importância do arrependimento genuíno e de um coração voltado para Deus.

Além disso, Miqueias desafia as práticas injustas e a exploração do povo, condenando sua desonestidade e manipulação. O capítulo serve como um chamado à retidão, repreendendo a hipocrisia dos atos religiosos vazios. Embora enfatize a gravidade de seus pecados, Miqueias também destaca a possibilidade de perdão e restauração por meio do arrependimento sincero. Miqueias 6 serve como um lembrete poderoso do desejo de Deus por uma devoção genuína acima de meros rituais externos, e exige um retorno à vida ética e à humildade diante de Deus.

ISRAEL EM JULGAMENTO (Cap. 6)
6:1–5 As montanhas são chamadas para servir como juízes enquanto o SENHOR (o Promotor) declara Seu caso contra Israel (o réu). Ele relata Sua bondade para com eles — livrando-os do Egito e impedindo Balaque e Balaão de amaldiçoá-los.

6:6–8 O que o Altíssimo busca em troca disso? Não sacrifícios extravagantes de animais! Certamente não sacrifícios humanos! Mas justiça, misericórdia e humildade. O versículo 8 descreve o que Deus requer; para obedecer a isso, uma pessoa deve ter vida divina. Uma pessoa não convertida é totalmente incapaz de produzir esse tipo de justiça.

6:9–12 A voz do SENHOR clama à cidade, relatando seus pecados como a causa de sua calamidade. Os habitantes usavam pesos e medidas falsas, praticavam violência e falavam mentiras.

6:13–16 O pecado traz sua própria destruição, e os pecados dos ricos violentos resultariam em doença, desolação, fome, insatisfação e frustração. Não lhes seria permitido desfrutar das coisas que obtiveram por meio da desonestidade. Os estatutos de Onri (v. 16) podem muito bem referir-se à idolatria que Onri encorajava (1 Reis 16:25, 26).

6.1-8 Aqui se descreve um dia de julgamento, no qual Deus comparece como demandante contra o réu, Israel. A lei, sob a qual se julga o réu, define-se no v. 8: tudo aquilo que carece da misericórdia que Deus tanto revela como exige é passível de punição.

6.2 Ouvi, montes. Os montes são convocados como testemunhas, não só por fazerem parte integrante e perpétua da herança que Deus deu aos israelitas, mas também por terem sido o lugar onde estes mesmos israelitas praticavam os cultos pagãos dos cananeus (Ez 6.1-8).

6.5 Do que lhe respondeu Balaão. Quando Balaque convidou aquele grande vidente a amaldiçoar Israel com as mais potentes maldições da época (segundo o paganismo valeriam mais do que exércitos poderosos), Deus fez o vidente profetizar bênçãos dos céus para o povo escolhido. Já que o vidente, quando em transe, não tinha poder para ajudar a destruir os israelitas, ganhando as riquezas que Balaque lhe oferecera, então usou de sua habilidade humana para ensinar a Balaque como destruir os israelitas: mandando as moças da sua tribo conquistar o coração dos homens de Israel, levando-os à idolatria e, com isto, ao subsequente castigo divino (veja as Notas de Nm 24.25.e 25.1). • N. Hom. 6.8 O homem de Deus imita ao Senhor: 1) No tocante à ética, ele é justo; 2) No que tange à vida social, demonstra a misericórdia que perdoa e exalta; 3) No campo espiritual, submete-se alegre e humildemente à vontade divina (cf. Rm 12.2; Cl 1.9, 10).

6.14, 15 Algumas vezes a punição de Deus elimina ou toca nos valores materiais. Outras vezes, afeta o coração do pecador de tal modo que este sente profunda insatisfação, mesmo quando, aparentemente, tudo corre bem (cf. Ag 1.6, 9).

6.16 Acabe. O mais idólatra dos reis do reino do norte, Israel.