Significado de Amós 5

Significado de Amós 5

Significado de Amós 5


Amós 5

5.1 ,2 — O termo virgem de Israel retrata a nação como uma jovem cuja vida foi interrompida antes de ter começado. Na sua terra é um lembrete de que a terra fora presente de Deus a Israel. Sendo infiel, o povo havia transformado o presente de Deus em seu local de morte e enterro.

5.3 ,4 — A lamentação prossegue com uma imagem diferente da destruição de Israel: as tropas que Israel mandaria para defender o seu território. Em vez de salvar a nação, os próprios exércitos seriam dizimados.

5.5 — Berseba, localizada a cerca de 80 km a sudoeste de Betei, era a sede de um templo na época de Amós.

5.6 — A casa de José, aqui, refere-se a toda a nação.

5.7 — Alosna, planta da família dos ásteres, que tem um sabor amargo, é usada várias vezes na Bíblia como metáfora para tristeza e amargura.

5.8 — Sete-estrelo refere-se a um grupo de estrelas dentro da constelação de Touro. Orion se refere a uma constelação bem destacada no céu sulino, que tem a forma de um caçador, e que contém duas estrelas de primeira grandeza. Uma das práticas idólatras de Israel era a adoração aos astros. Longe de serem deuses, assegurava o profeta Amós, as constelações também eram criações de Deus.

Torna a sombra... como a noite. Deus criou e conserva o ciclo diário de luz e treva usando seu servo, o sol, que não era divindade. Chama... a terra. Deus, e não Baal, Dumuzi, ou qualquer outro deus de fertilidade, foi quem criou e conserva o ciclo atmosférico das águas, pelo qual a terra recebe a chuva necessária. O Senhor é o seu nome ressalta a singularidade do Deus de Israel. Ele não é apenas o Deus de uma nação; Ele é o único Deus.

5.9 — O Deus que criou e conserva os processos de todo o universo obviamente pode fazer valer o Seu juízo, mesmo contra os fortes da terra
e suas fortalezas.

5.10 — A porta era o local do tribunal da cidade, onde a justiça devia ser defendida em todos os processos, fossem eles cíveis ou penais.

5.11 — Os impostos eram recolhidos em espécie dos que tinham poucos recursos, em ouro e prata. Exigir um tributo de trigo dos pobres era fazê-los correr o risco de morrerem de fome se a colheita não tivesse sido generosa. Mas, os ricos e os poderosos tinham recursos para construir casas de pedra lavrada para si próprios. Deus prometeu que os ricos não desfrutariam de seus luxos obtidos à custa do ganha-pão dos pobres e indefesos.

5.12 — São muitas... pecados. Os líderes de Israel não pecavam incidental nem furtivamente; pecavam à luz do dia e constantemente, como se Deus nunca tivesse se revelado e a Seus padrões de justiça e compaixão.

5.13 — O que for prudente. Até os que tinham conhecimentos que podiam significar justiça para o pobre foram intimidados a manterem-se em silêncio, sabendo que poderiam sofrer violências caso se pronunciassem contra os ricos e poderosos.

5.14,15 — Amai o bem. E como se o profeta interrompesse seu discurso para rogar a Israel que retornasse a Deus, evitando assim o juízo que lhe reservara, caso não o fizesse. Como dizeis. Louvando o nome do Senhor, os israelitas invocavam a presença do Senhor em seu meio, com preces e bênçãos. Se começassem a viver como Deus lhes ensinara na Lei, de fato Ele estaria com eles.

5.16,17 — A atitude que Deus pretendia tomar seria passar pelo meio da nação. Uma visita de Deus é um acontecimento abominado e lamentado por quem não está pronto para se encontrar com Ele.

Em todas as vinhas. Geralmente, a vinha era um lugar de alegria e felicidade.

5.18 — A teologia popular da época de Amós parecia ansiar pelo dia do Senhor como a época da restauração de Israel como potência militar, política e econômica; talvez, com a mesma grandeza da época de Davi e Salomão. Amós declarou que essas esperanças eram inúteis e, até mesmo, dignas de pena. O dia que as pessoas aguardavam como de luz e de triunfo seria, isso sim, um tempo de trevas e de ruína para elas.

5.19,20 — As metáforas do urso e da cobra evocam o terror que se segue quando a pessoa escapa de um perigo terrível e sente-se exausta, mas aliviada; e então percebe outro perigo pior, e tão perto, do qual não se pode escapar.

5.21-23 — Deus prometera que, se os israelitas o honrassem em sua vida, Ele teria prazer, agradar-se-ia e atentaria aos sacrifícios de Israel e ouviria suas palavras. Afirmando que não aceitaria nem ouviria mais os sacrifícios de Israel, Deus estava rejeitando a adoração hipócrita, desonesta e inexpressiva de Israel.

Festas e assembleias solenes se referem, em geral, à toda da adoração de Israel diante de Deus. Holocaustos... ofertas de manjares... ofertas pacíficas. Para mais detalhes sobre o sistema de sacrifícios consulte Levítico 1—3.

5.24 — Depois de rejeitar a adoração vazia de Israel, como barulhenta e tumultuosa, Deus invocou o tumulto honesto das águas do juízo e o ribeiro perene da justiça, a base do verdadeiro louvor e adoração ao Senhor.

5.25 — Este versículo é uma pergunta retórica cuja resposta esperada é sim; Israel havia adorado a Deus no deserto.

5.2 6 — Israel não louvara somente ao Senhor, nem mesmo nos primeiros dias no deserto. Moloque e imagens eram divindades pagãs; ao que parece, Israel havia fabricado imagens de deuses estrangeiros. Aquele que realmente acreditava no Senhor entendia sem questionar o fato de que qualquer deus feito pela mão humana não era realmente deus.

5.27 — Como o povo de Israel insistira em adorar outros deuses, inclusive divindades astrais, Deus o mandaria ao exílio, para terras onde essas divindades parecessem reinar soberanas. Israel seria exilado para além de Damasco, a capital da Síria, em regiões da Assíria e além.