Estudo sobre Romanos 1:8

Romanos 1:8

Parte dos comentários sobre esta unidade quase poderia causar a impressão de que foram tomados de um vírus de desconfiança diante da insistente polidez de Paulo nesse trecho. Será que a polidez sempre precisa ser lisonja e adaptação às maneiras, sempre só formalidade oca? Será que manter o tato sempre é tática? Acaso aquele que enfatiza a fraternidade e se esforça por um clima de diálogo favorável sempre tem apenas intenções autoritárias? Será que aquele que em Rm 16.18 adverte contra os que falsamente falam suave e lisonjeiam, agiria assim ele próprio? Nem a obra da vida de Paulo nem sua personalidade dão motivo para tais preconceitos. Há máximas justificativas para que se suponha a seriedade dessas frases. Elas se caracterizam pelo desejo de construir um relacionamento pessoal antes da visita planejada, sim, antes da leitura do assunto seguinte.

Paulo ressalta que a obra cristã em Roma tem de causar nada mais que gratidão. Primeiramente, dou graças a meu Deus… no tocante a todos vós. Sem reservas ele admite: De fato a obra não é minha, mas é “meu Deus” que se glorificou entre vocês. A oração de gratidão, como toda oração cristã, é mediante Jesus Cristo[1]. Cristo não somente significa a influência de Deus em direção de nós, mas também o fluxo inverso para Deus, ou seja, essa comunicação viva entre Deus e o ser humano. O objeto da gratidão consiste em que em todo o mundo é proclamada a vossa fé. Esse fato tornou-se interpelação, pregação em forma de sinal que colocava diante de Deus[2] os que estavam de fora. A irradiação[3] tinha atingido também a Paulo.

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Romanos 1:8

Notas
[1] Rm 7.25; 16.27
[2] Rm 15.14; 16.19
[3] O sentido de “em todo o mundo” não pode ser forçado. Jo 12.19 revela a característica proverbial da locução.