Lucas 7 — Estudo Devocional
Lucas 7
Lucas 7 revela uma série de encontros que mostram o poder transformador da fé, da humildade e da compaixão na presença de Jesus. Este capítulo enfatiza a importância de reconhecer a autoridade de Cristo, responder à Sua graça e cultivar um coração de gratidão.
O capítulo começa com a história do servo do centurião. A fé do centurião surpreende Jesus. Apesar da sua posição de autoridade, ele reconhece humildemente a supremacia de Jesus e confia na Sua capacidade de curar à distância. Este relato sublinha a natureza da fé autêntica – uma fé que reconhece a autoridade de Jesus sobre todas as circunstâncias e deposita confiança inabalável no Seu poder para provocar a transformação.
A história da viúva de Naim demonstra ainda mais a compaixão e a autoridade de Jesus sobre a morte. O coração compassivo de Jesus comove-se com a dor da viúva e restaura a vida do seu filho. Este relato serve como um poderoso lembrete de que Jesus não só tem poder sobre a vida física, mas também oferece vida eterna a todos os que acreditam Nele.
No meio desses poderosos relatos de milagres, encontramos a intrigante interação entre Jesus e os discípulos de João Batista. João, enquanto estava preso, envia seus seguidores para perguntar se Jesus é de fato o Messias. A resposta de Jesus demonstra o cumprimento das profecias do Antigo Testamento e a Sua autoridade como o tão esperado Salvador. Serve como uma mensagem de segurança para João e um lembrete para nós de que o plano de Deus muitas vezes se desenrola de maneiras que talvez não compreendamos totalmente.
O capítulo termina com a comovente história da mulher que unge os pés de Jesus com perfume e lágrimas. Seu ato de amor e devoção revela um coração que compreende a profundidade da graça de Jesus e a magnitude do perdão. As suas ações servem como uma bela imagem de adoração e gratidão, desafiando-nos a responder a Jesus com uma profundidade semelhante de afeto e apreço.
Lucas 7 nos convida a examinar nossa própria resposta à autoridade, graça e compaixão de Jesus. Estamos nos aproximando Dele com fé, reconhecendo Sua supremacia em nossas vidas e circunstâncias? Estamos dispostos a nos humilhar e responder ao Seu convite de transformação? Estamos expressando nossa gratidão e amor através de atos de adoração e devoção?
Ao refletirmos sobre Lucas 7, possamos cultivar uma fé que reconheça Jesus como a autoridade máxima, uma compaixão que chegue aos necessitados e uma gratidão que nos leve a adorá-Lo com toda a nossa vida. Assim como as pessoas neste capítulo encontraram Jesus e experimentaram o Seu poder transformador, que nós também O possamos encontrar de uma forma profunda e sermos transformados para sempre pelo Seu amor e graça.
Devocional
7.1-23 Que grande profeta apareceu entre nós! É impressionante o vigor transformador presente nestas narrativas. Depois de um sermão fantástico e revelador de um novo modo de viver, Jesus cura um doente à distância, ressuscita um morto por pena de sua mãe e fornece evidências que ajudarão seu precursor João Batista a vencer suas dúvidas em meio aos sofrimentos na prisão. Assim somos inspirados ao longo do texto a incluir Jesus como nosso grande curador de feridas físicas, emocionais e espirituais.
7.1 acabou de dizer essas coisas. Como sempre, Jesus terminava o que estava fazendo.
7.2- 10 um empregado a quem estimava muito. Uma ação transformadora de sofrimentos físicos nos é apresentada por esta cura do servo do oficial ("centurião") romano. Havia um relacionamento de afeto entre esse oficial romano, que tinha vergonha de encontrar Jesus pessoalmente, e seu servo que estava muito doente (alguns pensam até que haveria um relacionamento íntimo entre eles, mas isso não é confirmado nem desmentido pelo texto). Mas Jesus, mesmo respeitando a vergonha do oficial e desistindo de ir até a casa dele, se faz "presente" na situação: ele foi "convidado" a curar; o centurião reconheceu o poder transformador e curador de Jesus, o filho de Deus, e houve cura, sem nenhum preconceito quanto a ele não ser judeu ou qualquer outra condição.
7.5-6 até construiu uma sinagoga. Os líderes judeus usaram o princípio da contrapartida, "toma lá, dá cá", muito comum entre os maus políticos de todos os tempos — atender um pedido em troca de um préstimo, no caso, a construção da sinagoga de Cafarnaum. Baseado neste argumento, apelaram para que Jesus o atendesse, eu não mereço que entre. Com tal manifestação, eliminava-se a argumentação política e discriminatória dos líderes judeus. O homem que exercia domínio e poder sobre os judeus era humilde e diante de seus amigos declarava a pura convicção no senhorio de Jesus. Esta manifestação soava como uma declaração de fé na pessoa de Jesus como o santo de Deus.
7.9 nunca vi tanta fé. Somos aqui ensinados sobre qual é o tipo de fé que Deus espera de nós. Esse oficial cria — mais do que todos os judeus a quem Jesus já encontrara — que Jesus tinha autoridade absoluta sobre todos os males, e assim bastaria uma ordem dele dada à distância, que e a doença iria embora — e assim aconteceu, em resposta à declaração de fé e não pela amizade e virtudes que ele abertamente manifestava para com os judeus.
7.11-17 o defunto era filho único de uma viúva. Nessa situação da ressurreição do filho da viúva, ela sequer percebeu Jesus em sua profunda dor — talvez nem o conhecesse. Mas Jesus a percebeu e conta-nos o texto que "quando o Senhor a viu, ficou com muita pena dela e disse: "não chore", (v. 13). Que bênção termos a certeza transformadora e carregada de esperança de que, mesmo que não vejamos o Senhor, embaçados que estivermos com nossas lágrimas que nos turvam a visão e o entendimento, ainda assim ele nos vê, se compadece de nós e nos trata! Novamente uma ordem é dada por Jesus, e o morto ressuscita — sua autoridade é absoluta. Mas também de curas emocionais e espirituais trata esse capítulo e isso acompanharemos no momento em que Jesus testemunha sobre João Batista e quando se encontra com uma mulher "pecadora" na casa do fariseu (vs. 18-50).
7.18-35 ou devemos esperar outro? Jesus atendeu às sinceras dúvidas de João, sobre se ele (Jesus) seria realmente o Messias. Preso por Herodes, afastado de toda vida pública e correndo sério risco de vida, é possível que João Batista esperasse um tratamento mais protetor da parte de Deus. Além disso, Jesus estava trazendo vida pelo Espírito Santo, como João anunciara e ficara sabendo por seus discípulos (v. 18); mas Jesus não estava trazendo o fogo do juízo que João havia anunciado contra os pecadores (veja 4.19, nota). João Batista foi o maior de todos os profetas do Antigo Testamento, mas Jesus veio com sua morte cumprir esse testamento e inaugurar um testamento novo, a nova aliança, o Reino de Deus e a salvação dos pecados — o juízo ficaria para sua segunda vinda, apenas para os que não acreditassem nele: essa compreensão até o maior profeta do Antigo Testamento não conseguia alcançar. Então João se animou e mandou seus discípulos fazerem uma pergunta direta a Jesus (v. 19), expressando sua sincera dúvida sobre sua identidade; provavelmente havia nele também o temor de ter-se enganado em seu próprio ministério. Sabemos que nossa identidade pessoal, marca de nossa individualidade e inteireza emocional, não se define sem que haja um espaço de valorização, apreço e confirmação de nosso ser. Vemos Jesus fazer isso em relação a João Batista (como também em relação à mulher "pecadora", vs. 36-50). Ele enfatizou a missão de João Batista — embora não o dizendo diretamente a ele — e assim reafirmou seu valor como ser no mundo, dando-lhe uma posição de destaque e exaltação: "eu digo a vocês que de todos os homens que já nasceram joão é o maior. Porém quem é menor no Reino de Deus é maior do que ele" (v. 28). Este foi um testemunho que sem dúvida alguma estabeleceu a verdade sobre João Batista e o confirmou perante seus discípulos e também seus "inimigos".
7.21-22 naquele momento Jesus curou. Os fariseus não queriam crer em Jesus, pediam sinais de seu poder e não eram atendidos. João queria crer, não pediu sinal algum — apenas apresentou suas dificuldades para crer — e Jesus operou vários sinais e, em consideração, mandou a mensagem a João para ajudá-lo a ter fé.
7.23 felizes são as pessoas que não duvidam de mim! As dúvidas de fé nos causam muito sofrimento e angústia. Muitas vezes Jesus se mostra diferente das nossas expectativas, mas ele tem misericórdia e dá resposta a nossas dúvidas. É ele mesmo: está cuidando dos cegos, aleijados, surdos, até dos mortos, e em vez de condenar os pecadores, anuncia salvação para os pobres! Quanto antes crermos e aceitarmos sua bondade muito maior que a nossa, mais felizes seremos. Veja jo 20.20-24, notas, e o quadro "A santificação na velha e nova aliança" (Cl 2).
7.29-35 assim rejeitaram o plano de Deus para eles. Aqueles que eram facilmente reconhecidos como pecadores, tais como os publicanos e as prostitutas, não tiveram dificuldade em aceitar a mensagem de João Batista, de reconhecer que estavam errados e se deixarem batizar em sinal de mudança de vida. Mas os fariseus e os professores da Bíblia não aceitaram o convite ao arrependimento feito por João; assim, desde então já se afastaram do convite para a salvação pela fé em Jesus; não aceitaram um profeta eremita, exótico e sem vida social, e também não aceitaram o Filho de Deus que veio conviver com pecadores para salvá-los. Essa dupla estratégia é uma obra da sabedoria de Deus, e a vida transformada dos que a aceitaram — reconhecendo seus pecados e crendo no Salvador — revela que verdadeiramente é Deus quem está promovendo essa transformação, criando as pessoas como seus filhos e filhas. O mesmo tema é tratado e exemplificado no acontecimento seguinte (vs. 36-50). Veja o quadro "Os pecados e a salvação em Jesus" (Jo 3).
7.36-50 Você está vendo essa mulher? Vemos como Jesus lida com afetividade e espiritualidade neste encontro com a mulher "pecadora" na casa do fariseu. Estigmatizada por toda a sociedade, porque muito provavelmente era uma prostituta, essa mulher teve com Jesus seu grande encontro transformador, pois ele a retirou de todo seu pantanoso mundo emocional e a elevou à condição de filha amada, através da valorização que deu a cada ato de amor que ela demonstrou para com ele. Ao deixar-se tocar e depois ainda mencioná-lo para Simão, Jesus valorizou: o ato cuidador de lavar seus pés com suas lágrimas e de secá-los com seu cabelo (v.44); seu carinho em beijar seus pés (v. 45) e o lugar de honra a ele concedido por ungir com bálsamo seus pés (v. 46). Como perdemos em relação a nós mesmos e em relação às pessoas com quem nos relacionamos quando enfatizamos os erros e não destacamos as melhores ações, nossas e dos outros!
Essa desvalorização adoece, mas seu inverso é libertador e curador, os seus pecados estão perdoados. Mais ainda: Jesus também concedeu à mulher a libertação espiritual, perdoando-lhe todos os pecados e garantindo-lhe a salvação. Existe maior poder transformador de vidas do que este? Veja o quadro "O fariseu e a pecadora: meu duplo encontro com Jesus".
7.47 o grande amor que ela mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados. Jesus, sempre aliando amor com verdade, mostra ao fariseu Simão que este não o amava muito — e que a prostituta o amava bem mais. A diferença era que ela sabia que era muito pecadora/devedora e havia sido perdoada; mas o fariseu Simão não julgava sua dívida tão grande assim (tal como o outro fariseu em relação ao cobrador de impostos — Lc 18), então não nutria tanto amor por Jesus. Como posso amar mais a Deus? Percebendo mais o quanto sou pecador/a, e que Deus o sabe e ainda assim me ama e perdoa. Em todo o Evangelho de Lucas, Jesus nos ensina que os pecadores, os perdidos e os doentes é que serão salvos, curados e justificados. Veja o quadro "Como Jesus cuidava das pessoas" (Lc 10).
7.50 a sua fé salvou você. Aproveitemos esta oportunidade para aprender mais sobre a fé. O fariseu Simão convidou Jesus para conhecê-lo melhor, para ver se ele realmente seria um profeta enviado de Deus (v. 39). Jesus atende a esse convite, mas essa curiosidade por Jesus não é considerada como fé. Já a atitude da mulher pecadora, de simplesmente se aproximar, sem nada a oferecer a não ser a tristeza por sua vida "perdida", foi considerada por Jesus como fé salvadora. E, de modo parecido com a mulher com hemorragia (8.42), ela foi recebida e pôde ir em paz.
O Fariseu e a pecadora: meu duplo encontro com Jesus.
Temos aqui um ótimo exemplo da diferença entre a fé em Jesus e a obediência à Lei, entre a nova e a velha aliança de Deus (nestes últimos capítulos Jesus está ensinando sobre como é diferente a vida no Reino de Deus). Este encontro entre Jesus, um fariseu — representante clássico do caminho da obediência à Lei — e uma mulher com fama de pecadora, possivelmente uma prostituta — representante clássica do pecado humano — também apresenta dois modos diferentes de se chegar a Jesus. Todos temos um lado que busca agradar a Deus pela obediência, e todos temos um lado mais "perdido", que vive na desobediência. Como Jesus lida com isso?
Um fariseu convidou Jesus para jantar. Jesus foi e sentou-se para comer. Tomado neste sentido, podemos dizer que meu lado fariseu — que estuda a Bíblia, procura fazer o correto e cumprir com os deveres — convida Jesus para um jantar.
Jantar é uma ocasião apropriada para ter contato social — oferece-se algo, honra-se alguém, introduz-se alguém na nossa casa. Mas a relação de jantar não deixa de exibir certa formalidade: o convidado dificilmente passa da sala de visitas para a intimidade da casa, a conversa se desenrola agradável, evita-se temas polêmicos. É um relacionamento ao redor de uma mesa, e assim como esta esconde o corpo, também a relação fica ao nível da cabeça, da cintura para cima. É uma conversa de meu lado racional, do hemisfério cerebral dominante, da esfera da ciência e do conhecimento lógico. Meu lado mais racional toma contato com Jesus desta forma.
Uma mulher de má fama soube que Jesus estava jantando na casa do fariseu. Outra personagem entra em cena. Aqui em nosso exercício poderiamos pensar no meu lado de "má fama", pecador — aquele que não se manifesta numa relação puramente social. Aqui é uma mulher, símbolo do meu lado intuitivo, sentimental, minhas emoções, sonhos e desejos; este meu lado "alma" percebe a porta que meu lado racional abriu, e também quer se relacionar com Jesus.
Pegou um frasco de alabastro cheio de perfume... Este meu lado chega com perfume — é um encontro dos sentidos da alma com Jesus. Cheirar com a alma é intuir onde está a fonte do amor. Preciso deste sentido para discernir pessoas, teologias, para não deixar me enredar com aquilo que "fede", que vai me deixar em pior estado.
... e ficou aos pés de Jesus, por trás. Ela chorava e as suas lágrimas molhavam os pés dele. Então ela os enxugou com os seus próprios cabelos. Ela beijava os pés de Jesus e derramava o perfume neles. Este meu lado não se apresenta na mesa, mas vai por trás, vai aos pés — não "chega por cima", não se impõe; humilha-se, porque reconhece com o coração toda grandeza de Jesus. Mas vai à base — aos pés, chega de mansinho. Chega em lágrimas porque o relacionamento é mais de pele e não de palavras — é de comoção intensa. Os místicos antigos falam do "batismo de lágrimas", significando a capacidade regeneradora que o Espírito Santo dá de chorar a partir da alma na presença de Jesus. Este lado não conversa: ele simplesmente ama. E quando consigo orar e me relacionar com Jesus na forma de silêncio e lágrimas, derramando profundos afetos perfumados na sua presença.
Quando o fariseu viu isso, pensou assim: "Se este homem fosse de fato um profeta, sabería quem é esta mulher que está tocando nele e a vida de pecado que ela leva". Meu lado fariseu não fica muito à vontade com tantas demonstrações vindas do meu lado escondido. Este lado, sufocado pelo treino em obedecer a leis, acha que o outro não deveria se mostrar. Para este lado, "ser profeta" significa julgar, condenar e afastar o impuro. Muitas vezes somos críticos com nossa afetividade que irrompe, e também com a dos outros. Nossa religião não deixa espaços para relacionamentos profundos com cheiros e lágrimas, quer apenas a comunhão social da mesa.
Jesus então disse: "Simão, tenho uma coisa para lhe dizer." "Fale, Mestre!" — respondeu Simão. Jesus sabe lidar com nosso lado racional, tem algo a dizer para ele — mas aponta para uma integração, ao chamá-lo pelo nome. Será que nós o escutamos como Simão o fez? Parábolas são histórias para razão e emoção entenderem e acolherem a mensagem da graça.
Jesus disse: "Dois homens tinham uma dívida... Então ele perdoou a dívida de cada um. Qual deles vai amá-lo mais?" "Eu acho que é aquele que foi mais perdoadol" — respondeu Simão. "Você está certo!" — disse Jesus. "Você está vendo essa mulher? Quando entrei você não me ofereceu água para lavar os pés, porém ela os lavou com suas lágrimas. Você não me beijou quando cheguei; ela, porém não para de beijar os meus pés. Você não pôs azeite perfumado na minha cabeça, porém ela derramou perfume nos meus pés." Nosso culto só com nosso "lado correto" é insuficiente, porque ele não se doa a Jesus com todo nosso ser. Não mexe com o corpo e com a emoção. E o nosso lado perdido, nosso "lado pecador" que pode prestar o culto mais profundo, que envolve o corpo todo.
"Eu afirmo a você que o grande amor que ela mostrou prova que os seus muitos pecados 'já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado." Então Jesus disse à mulher: "Os seus pecados estão perdoados." É este encontro que atinge nosso mais íntimo, que faz com que recebamos o seu perdão em todo nosso ser. O desnudamento profundo na presença de Deus, o não ter vergonha de chorar e aparecer como pecador, permite que meu ser seja tocado na intimidade.
Os que estavam sentados à mesa começaram a perguntar: "Que homem é esse que até perdoa pecados?" Quem é este Jesus, que lida de um jeito tão amoroso com nosso lado perdido? É seu modo amoroso que faz com que nossa alma queira se achegar cada vez mais. "Nós o amamos porque ele nos amou primeiro." (1 Jo 4.19)
Jesus disse à mulher: "A sua fé salvou você. Vá em paz." Quando todo meu ser permite ser tocado por Jesus há paz. A mulher "vai em paz", recebeu alimento de Jesus. Nada mais é dito sobre o fariseu neste final. É uma pena se ele se contentou em só dar de comer a Jesus, sem captar o alimento para a alma que sua presença irradia — isso é típico dos líderes religiosos que só pensam em "fazer". É meu lado perdido que consegue dizer: "Tem misericórdia de mim, pecador" e então ouvir: "Vai em paz".