Lucas 14 — Comentário Devocional

Lucas 14

Lucas 14 oferece ensinamentos valiosos de Jesus sobre humildade, hospitalidade, discipulado e cálculo de custos. Aqui estão algumas lições que podem ser tiradas de Lucas 14:

1. Humildade nos Banquetes: Jesus incentiva a humildade aconselhando os convidados a não ocuparem lugares de honra nos banquetes. Isso nos ensina a valorizar a humildade e a evitar buscar reconhecimento.

2. Convidar os pobres e os deficientes: A parábola do grande banquete ensina-nos a importância de fazer convites àqueles que são frequentemente marginalizados ou esquecidos. Enfatiza o amor inclusivo de Deus.

3. Contando o Custo do Discipulado: Jesus enfatiza a necessidade de calcular o custo antes de segui-Lo. Isto nos ensina sobre o compromisso e o sacrifício exigidos para ser Seu discípulo.

4. Renunciar a tudo para seguir Jesus: Jesus enfatiza que os verdadeiros discípulos devem estar dispostos a colocá-lo acima de tudo, incluindo os seus bens. Isto nos ensina sobre o compromisso radical necessário para seguir a Cristo.

5. Sal e Luz: Jesus usa as metáforas do sal e da luz para enfatizar a influência e o impacto que Seus seguidores deveriam ter no mundo. Isto nos ensina sobre o nosso papel em levar a bondade de Deus aos outros.

6. Construir uma Torre e Partir para a Guerra: Jesus usa estes exemplos para sublinhar a importância de um planeamento e preparação cuidadosos no discipulado. Isso nos ensina sobre a necessidade de intencionalidade e dedicação.

7. Custo de Seguir Jesus: Jesus enfatiza que segui-Lo pode levar à divisão dentro das famílias. Isto nos ensina sobre os potenciais desafios e sacrifícios que podem surgir devido à nossa fé.

8. Contagem do Custo Reiterada: Jesus reitera o conceito de contabilização do custo do discipulado, destacando a necessidade de um compromisso sincero. Isso nos ensina a ser totalmente devotados a Cristo.

Em resumo, Lucas 14 ensina lições sobre humildade, amor inclusivo, cálculo do custo do discipulado, compromisso radical, ser uma influência positiva, planeamento cuidadoso, desafios potenciais e a necessidade de devoção sincera a Jesus.

Devocional

14.1-6 Anteriormente Jesus fora convidado para ir à casa de um fariseu, e lá houve um questionamento (7.36). Desta vez, um fariseu proeminente convidou Jesus para ir a sua casa, aparentemente com a intenção específica do apanhá-lo dizendo ou fazendo algo que pudesse justificar a prisão dEle. Pode ser surpreendente ver Jesus na companhia dos fariseus depois de tê-los denunciado tantas vezes. Vias Ele não tinha medo de enfrentá-los, embora soubesse que o propósito de muitos era levá-lo a infringir as leis. 

14.7-11 Jesus aconselhou as pessoas a não se apressarem a ocupar os melhores lugares em um banquete. Hoje, muitos es tão ansiosos por elevar a sua posição social, seja ficando ao lado das “pessoas certas”, seja “vestindo-se para o sucesso” ou dirigindo o carro que garanta o status. A quem você procura impressionar? Em vez de buscar o prestígio, procure um lugar onde você possa servir. Se Deus quiser que você o sirva em uma escala maior, Ele mesmo o convidará a ocupar uma posição mais elevada. 

14.7-14 Jesus nos ensinou duas lições aqui. Em primeiro lugar, dirigiu-se aos convidados, dizendo-lhes que não buscassem lugares de honra. No Reino de Deus, o serviço é mais importante do que a posição. Em segundo lugar, disse ao anfitrão que não fosse excessivamente seletivo quanto aos convidados. Deus abre as portas de seu Reino a todos. 

14.11 Como podemos nos humilhar? Alguns procuram ter uma aparência de humildade, a fim de manipular os demais. Outros pensam que ser humilde significa colocar-se em posições muito baixas. As pessoas verdadeiramente humildes se guiam pelo exemplo de Cristo, percebem sua pecaminosidade e suas limitações, mas também reconhecem seus dons e virtudes, e estão dispostas a usá-los como Cristo quiser. A humildade não é a autodegradação; e uma avaliação pessoal honesta e um compromisso realista de servir. 

14.15-24 O homem sentado à mesa com Jesus enxergou a glória do Reino de Deus, porém não entendeu como poderia entrar lá. Na parábola contada pelo Senhor Jesus, muitas pessoas recusaram o convite para o banquete, porque o momento pareceu lhes inconveniente. Nós também podemos resistir ou de morar a responder ao convite de Deus; nossas desculpas podem soar como razoáveis — compromissos profissionais, responsabilidades familiares, necessidades financeiras, ou quais quer outras —, no entanto, o convite de Deus é o acontecimento mais importante em nossa vida, a despeito de quão inconveniente possa parecer em relação á ocasião. Você está dando desculpas para evitar responder ao chamado de Deus? Jesus nos lembra que virá o tempo quando Deus retirará o seu convite e oferecerá a outros, então será muito tarde para entrar no banquete. 

14.16ss Era habitual enviar dois convites: o primeiro para anunciar o evento, o segundo para dizer aos convidados que tudo estava pronto. Os convidados na história contada por Jesus insultaram o anfitrião dando desculpas por ocasião do segundo convite. Na história de Israel, o primeiro convite de Deus foi feito por intermédio de Moisés e dos profetas; o segundo, por intermédio do próprio Filho de Deus. Os líderes religiosos aceitaram o primeiro convite. Creram que Deus os havia chamado para ser o seu povo, porém insultaram a Deus, recusando-se a aceitar o seu Filho. Deste modo, assim como o senhor nesta parábola enviou o seu servo pelas ruas, a fim de convidar os necessitados para o seu banquete. Deus enviou o seu Filho ao mundo de pessoas necessitadas, para dizer-lhes que o Reino de Deus havia chegado e que estava pronto para elas. 

14.16ss No cap. 14 de Lucas, lemos palavras de Jesus contra a busca de uma posição social elevada e a favor do trabalho árduo. Não percamos de vista o resultado final de toda a nossa humildade e abnegação: um banquete jubiloso com o nosso Senhor! Deus nunca nos pede para sofremos apenas por causa do sofrimento. Nunca nos pede para desistir de algo bom a menos que planeje substitui-lo por algo ainda melhor! Jesus não nos chama para nos unirmos a Ele em um acampamento de trabalho, mas em um banquete, as Bodas do Cordeiro (Ap 19.6-9), quando Deus e sua amada Igreja estarão unidos para sempre. 

14.27 O público de Jesus estava bem ciente do significado da expressão "tomar a própria cruz". Quando os romanos conduziam um criminoso ao local de execução, este era forçado a carregar a cruz em que morreria. Isto demonstrava sua submissão a Roma e advertia os observadores de que seria melhor que se submetessem também. Mas Jesus usou esta ilustração para ensinar as multidões a pensarem em seu entusiasmo por Fie. Encorajou aqueles que eram superficiais a aprofundarem-se ou a desistirem. Seguir a Cristo significa submissão total a Ele; em alguns casos, esta submissão conduz à morte. 

14.28-30 Quando um construtor não calcula o custo ou faz uma estimativa que não é precisa, sua construção pode ficar inacabada. Será que sua vida crista será abandonada depois de algum tempo, por você não ter calculado o custo de seu compromisso com Jesus? Quais são estes custos? Os cristãos podem enfrentar a perda da posição social ou de riquezas. Podem ter que abrir mão da escolha quanto ao que fazer com seu dinheiro, seu tempo ou sua carreira. Podem ser odiados, separados de sua família, e até mesmo morrer. Seguir a Cristo não significa ter uma vida livre de problemas. Devemos calcular cuidadosamente o custo de nos tornarmos discípulos de Cristo, para manter firme a nossa fé e para não sermos tentados a voltar atrás. 

14.34 O sal pode perder o seu sabor. Quando o sal e molhado e depois seca, fica apenas um insípido resíduo. Muitos cristãos se misturam com o mundo e evitam o custo de posicionarem-se a favor de Cristo. Mas Jesus disse que, quando eles perdem o “sabor” característico, tornam-se inúteis. Da mesma maneira que o sal conserva e confere paladar á comida, devemos preservar o bem no mundo e trazer um novo sabor à vida. Isto exige um planejamento cuidadoso, um sacrifício voluntário e um compromisso inabalável com o Reino de Cristo. Mas se um cristão fracassar em ser sal da terra, fracassará em representar Cristo ao mundo. Você é sal da terra?

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