1 Coríntios 10 — Comentário Devocional
1 Coríntios 10
1 Coríntios 10 contém lições e advertências importantes baseadas nas experiências dos israelitas no deserto. Estas lições são aplicáveis à vida dos crentes hoje.
1. Aprendendo com a História: Paulo nos incentiva a aprender com os erros e experiências dos israelitas. A aplicação para a vida aqui é estudar e refletir sobre a história bíblica e aprender com os sucessos e fracassos daqueles que vieram antes de nós. A Bíblia está cheia de lições e exemplos valiosos.
2. Evitar a idolatria: Os israelitas caíram na idolatria ao adorarem falsos deuses. No nosso contexto, isto pode significar não permitir que nada tome o lugar de Deus nas nossas vidas, sejam bens materiais, sucesso ou outras formas de idolatria. Mantenha Deus no centro do seu coração e adore.
3. Testes e Tentações: Reconheça que todos enfrentam testes e tentações na vida. A aplicação na vida é confiar na força de Deus para resistir à tentação e buscar Sua orientação ao navegar em situações desafiadoras. Confie que Deus fornece uma maneira de escapar quando você for tentado.
4. Fugindo da Imoralidade: Paulo adverte contra a imoralidade sexual, que os israelitas praticaram durante o tempo que passaram no deserto. A aplicação da vida é priorizar a pureza sexual em sua própria vida e em seus relacionamentos. Evite situações e influências que possam levar ao pecado sexual.
5. Gratidão e Contentamento: Os israelitas resmungaram e reclamaram apesar da provisão de Deus. Cultive uma atitude de gratidão e contentamento em sua vida. Concentre-se nas bênçãos que Deus concedeu, em vez de ficar pensando no que lhe falta.
6. Evitar o excesso de confiança: Paulo adverte contra o excesso de confiança e alerta que qualquer um pode cair. Permaneça humilde e reconheça sua necessidade da graça e orientação de Deus em todos os aspectos de sua vida.
7. Honrando a Ceia do Senhor: A passagem menciona a Ceia do Senhor (comunhão). Como aplicação para a vida, aproxime-se da Ceia do Senhor com reverência e compreensão, reconhecendo seu significado na lembrança do sacrifício de Cristo pelos seus pecados.
8. Consideração pelos Outros: Paulo enfatiza o princípio de considerar a consciência dos outros, especialmente em questões de alimentos oferecidos aos ídolos. Seja sensível às convicções dos irmãos na fé e evite ações que possam levá-los a tropeçar.
9. Evitar compromissos: Não comprometa a sua fé ou convicções para se adaptar ou evitar conflitos. Mantenha-se fiel aos seus princípios e valores cristãos, mesmo que isso signifique distanciar-se da cultura predominante.
10. Correr para Vencer: Paulo compara a vida cristã a uma corrida. Aborde sua jornada de fé com determinação e com o objetivo de terminar bem. Mantenha seu foco em Cristo e nas recompensas eternas.
1 Coríntios 10 lembra aos crentes que aprendam com o passado, evitem o pecado e a idolatria, pratiquem a gratidão e mantenham uma atitude humilde e vigilante na sua caminhada com Deus. Ressalta a importância da fidelidade e da confiança na força de Deus diante de provações e tentações.
Devocional
10.1ss No cap. 9. Paulo usou a si mesmo como o exemplo de um cristão maduro que se disciplinou para servir melhor a Deus. No cap. 10, ele usou Israel como um exemplo de imaturidade espiritual, mostrando sua confiança excessiva e sua falta de autodisciplina.10.1-5 A nuvem e o mar mencionados aqui se referem à fuga do povo de Israel da escravidão no Egito, quando Deus o guiou por intermédio de uma nuvem e o conduziu de forma segura através do mar Vermelho (Êx 14). O alimento e a água. concedidos milagrosamente, são as provisões que Deus deu ao povo quando em viagem pelo deserto (Ex 15 e 16).
10.2 A frase ‘e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar” significa que da mesma maneira que somos unidos em Cristo pelo batismo, os israelitas foram unidos sob a liderança de Moisés e pelos eventos ocorridos durante o Êxodo.
10.7-10 O episódio mencionado em 10.7 refere-se á ocasião em que os israelitas fizeram um bezerro de ouro e o adoraram no deserto (Êx 32). O mencionado em 10.8 foi registrado em Números 25.1-9. A passagem em Números registra o episódio em que os israelitas adoraram a Baal-Peor e tomaram parle na imoralidade sexual com mulheres moabitas. Já a referência em 10.9 diz respeito á reclamação dos israelitas em relação à comida (Nm 21.5.6). Eles tentaram o Senhor para ver até onde podiam ir. Em 10.10, Paulo se referiu à ocasião em que o povo reclamou contra Moisés e Arão e a pestilência que resultou desta atitude (Nm I4.2. 36; 16.41 -50). O anjo da morte também foi mencionado em Êxodo 12.23.
10.11 As pressões de hoje tornam fácil ignorar ou esquecer as lições do passado. Mas Paulo nos faz lembrar as lições que os israelitas aprenderam a respeito de Deus. Assim poderemos evitar repetir os seus erros. A chave para lembrar é estucar a Bíblia regularmente de forma que essas lições nos apontem o modo como Deus quer que vivamos. Não precisamos repetir seus erros!
10.13 Em uma cultura repleta de depravação moral e pressões que induzem ao pecado, Paulo advertiu os coríntios em relação à tentação. Ele disse: (1) as tentações sobrevêm a todos; então não pense que você é diferente; (2) outros têm resistido à tentação; então você também pode fazê-lo: (3) qualquer tentação pode ser resistida porque Deus sempre mostra uma saída. Deus o ajudará a resistir à tentação, ajudando-o (1) a reconhecer as pessoas e as situações que lhe causam problemas, (2) a fugir de qualquer coisa que você saiba ser errada, (3) a escolher fazer somente o que é certo, (4) a orar pedindo a ajuda de Deus e (5) a procurar amigos que amem a Deus e que possam oferecer ajudar quando você for tentado. Afastar-se de uma situação tentadora é o primeiro passo a caminho da vitória (ver 2 Tm 2.22).
10.14 A adoração aos ídolos era a principal expressão religiosa em Corinto. Existiam vários templos pagãos na cidade. E estes eram muito populares. As imagens de madeira ou pedra não tinham nenhum mal em si, mas as pessoas lhes davam um crédito que somente a Deus pertence, como proporcionar um bom clima, boas colheitas e filhos saudáveis. A idolatria ainda é um problema sério em nossos dias, mas de forma diferente. Não depositamos nossa confiança em estátuas de madeira e pedra, mas no dinheiro e em cartões de crédito. Depositar a nossa confiança em qualquer coisa ou pessoa exceto Deus ó idolatria. Nossos ídolos modernos são os símbolos de poder, prazer ou prestígio que tanto consideramos. Quando entendermos os paralelos contemporâneos da idolatria, as palavras de Paulo “fugi da idolatria”— se tornarão muito mais significativas.
10.6-21 A ideia de unidade e comunhão com Deus através do sacrifício era forte no judaísmo, no cristianismo e também no paganismo. Na época do AT, quando um judeu oferecia um sacrifício, ele comia uma parte como um modo do restabelecer sua união com Deus. contra quem havia pecado (Dt 12.17, 18). Semelhantemente, os cristãos participam do supremo sacrifício de Cristo (que foi feito de uma vez por todas) na mesa do Senhor quando comem o pão e bebem do cálice, simbolizando seu corpo e seu sangue. Os pagãos que se haviam convertido recentemente ao cristianismo não poderiam evitar a contaminação caso comessem conscientemente a carne oferecida aos ídolos nas festas pagãs.
10.21 Como seguidores de Cristo, devemos oferecer-lhe nossa total submissão. Como Paulo explicou, não podemos “beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios”. Participar da mesa do Senhor significa ter comunhão com Cristo e identificar-se com a sua morte. Beber o cálice dos demônios significa identificar-se com Satanás, adorando ou promovendo atividades pagãs (ou malignas). Você está levando uma vida dupla, tentando seguir tanto a Cristo como a multidão? A Bíblia diz que não é possível fazer as duas coisas ao mesmo tempo.
10.23, 24 Às vezes, é difícil saber quando devemos condescender com um crente fraco. Paulo forneceu uma regra simples para nos ajudar a tomar a decisão correta: devemos ser sensíveis e benevolentes. Embora algumas ações possam não estar totalmente erradas, elas podem não representar o melhor interesse dos outros. Embora tenhamos liberdade em Cristo, não devemos exercitá-la à custa de magoar um irmão ou irmã em Cristo. Não devemos considerar apenas a nós mesmos; devemos ser sensíveis para com os outros. (Para mais informações sobre a atitude adequada em relação a um crente fraco, veja 8.10-13 e Rm 14.)
10.25-27 Paulo deu uma resposta para o dilema: compre qualquer carne que seja vendida no mercado sem perguntar se foi ou não oferecida aos ídolos. Isso não importa, e ninguém deve ter a sua consciência incomodada por esta questão. Quando passamos a nos preocupar muito com todas as nossas ações, tornamo-nos legalistas. E assim não conseguimos apreciar a vida. Tudo pertence a Deus, e Ele nos deu todas as coisas para que as apreciemos. Se soubermos de algo que seja um problema, então devemos lidar com ele. Mas não precisamos procurar problemas em tudo.
10.28-33 Por que devemos ser limitados pela consciência das outras pessoas? Simplesmente porque devemos fazer todas as coisas para a glória de Deus, até mesmo comer e beber. Nada do que fazemos deve levar os outros crentes a cometer deslizes. Fazemos o que é melhor para os outros, de forma que possam ser salvos. Por outro lado, os cristãos devem ser cuidadosos para não terem uma consciência excessivamente sensível. Os líderes e ensinadores cristãos devem ministrar sobre a liberdade que Temos nas questões que não são expressamente proibidas pelas Escrituras.
10.31 Nossas ações devem ser motivadas pelo amor a Deus, de forma que tudo que façamos seja para sua glória. Mantenha isso como princípio de direção, perguntando a si mesmo: esta ação está glorificando a Deus? Como posso honrar a Deus através desta ação?
10.33 O critério de Paulo para todas as suas ações não era o que ele gostava mais e sim o que era melhor para os que estavam ao seu redor. A abordagem oposta seria: (1) ser insensível e fazer o que quiser, não importando quem será magoado por isto; (2) ser excessivamente sensível e não fazer nada por medo de que alguém possa ficar descontente; (3) ser uma “pessoa que sempre diz sim” aceitando tudo, tentando receber a aprovação dos outros ao invés da aprovação de Deus. Nesta era do “eu primeiro” e “procurando o número um”, a surpreendente declaração de Paulo é um bom padrão. Se fizermos do bem aos outros uma de nossas metas primárias, desenvolveremos uma atitude de serviço que agrada a Deus.
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