Estudo sobre Romanos 1:18

Estudo sobre Romanos 1:18

Estudo sobre Romanos 1:18


Romanos 1:18

O v. 18 resume em forma de título a realidade do mundo gentio. É claro que existiam também no judaísmo “impiedade e injustiça”, bem como as maldades listadas nos v. 29-31. Os profetas já confrontaram Israel incansavelmente com esses problemas. De maneira correspondente também se encontra a fala da “injustiça” e da “ira de Deus” no trecho seguinte, sobre os judeus. Apesar disso, uma característica assinala que agora Paulo ainda não está pensando nos judeus: Nem uma única vez ele usa a palavra “lei”, que porém em Rm 2 aparece nada menos de 23 vezes. Ou seja, aqui trata-se de fato dos “sem lei”. Esses homens estão vivendo com toda a impiedade e perversão, impiedade e injustiça (rc, bj, nvi). A expressão dupla visa transmitir uma impressão geral. A ênfase recai sobre a segunda palavra, pois “injustiça” é retomada no final do versículo e depois repetidas vezes: v. 29; 2.8; 3.5; 6.13. Eles detêm a verdade, suprimem a verdade (nvi), (cf sobre 2.2b). Com inumeráveis maldades martelam contra esse saber (v. 20,21), não permitindo que se erga. Prendem-no no porão de sua consciência. A alegria pela injustiça (v. 32; 2Ts 2.12) reprime o amor pela verdade.

Contra essa forma de vida gentílica manifesta-se o furor de Deus, e precisamente como um processo presente, que se repete sem cessar, da mesma maneira como, segundo o v. 17, também se revela sempre de novo a justiça de Deus sob o anúncio do evangelho (“nele”)5. Na verdade, a ira de Deus revela-se independentemente da palavra, desde o céu. Em qualquer lugar debaixo do céu, mesmo aonde o evangelho ainda não chegou, ela se manifesta sobre as nações. Penetra nas camadas de seu consciente: Eles “sabem” (cf v. 19-21,32) que o “não” de Deus paira sobre eles como uma espada. De acordo com 2.15, o mundo está cheio de consciência, apenas que não lhe concede a posição cabível, por causa de uma obduração coletiva (v. 28,32).