Estudo sobre Romanos 13:5-7

Estudo sobre Romanos 13:5-7

Estudo sobre Romanos 13:5-7

Romanos 13:5-7

Agora Paulo está em condições de reforçar e aprofundar sua tese do v. 1. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência. De modo algum Paulo está recomendando apenas uma sujeição exterior, nem subserviência precipitada como única possibilidade para sobreviver, muito menos adaptação maleável para proveito próprio. Para Paulo, trata-se de uma questão do mais íntimo compromisso.

Ele considera como aprovação o fato de que, pelo que se evidencia, os leitores romanos pagam seus impostos normalmente. Por esse motivo, também pagais tributos. Já no berço do cristianismo o tema impostos trouxe complicações (Lc 2.1). Em Roma se sofria, na época da redação dessa carta, de modo muito singular sob os altos tributos e sob os métodos violentos dos exatores. Sempre havia o perigo de que o ânimo revertesse para exasperação. É por isso que Paulo aplica sua visão do v. 4 justamente a esses órgãos estatais: porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço.

Sem qualquer palavra de conexão começa a nova frase, martelando mais uma vez a exigência cristã nessas questões de ética frente ao estado. Por sua brevidade e forte generalização resulta claramente como tese: Pagai a todos o que lhes é devido (as obrigações). O plural “obrigações” não se refere a uma grande soma de dívidas monetárias, mas abrange tudo com o que cristãos estão em débito para com a sociedade. Do berço ao caixão eles recebem prestações de serviço nos parâmetros da ordem pública. Depois de terem acordado para Deus, também estão despertos para o agir de Deus na realidade deste mundo, prestando-lhe também nessa esfera seu “culto racional” (Rm 12.1). Fazem-no, cumprindo de modo justo e leal seu dever perante todas as pessoas e instituições. Segue-se um rol de exemplos: Pagai a todos o que lhes é devido: a quem (deveis) tributo, (entregai) tributo; a quem (deveis) imposto, imposto; a quem (deveis) respeito, respeito; a quem (deveis) honra, honra. Porventura “respeito” e “honra” se referem a Deus? A comparação com Mc 12.17 e 1Pe 2.17 poderia sugerir essa ideia. Porém ela não combina bem com a tese precedente e também não cabe nessa série homogênea de exemplos. Paulo realmente traça a linha até o fim: levem o poder da autoridade governamental existente mais a sério que talvez ela própria esteja fazendo!

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Romanos 13:5-7