Estudo sobre Romanos 14:2-4

Estudo sobre Romanos 14:2-4

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Romanos 14:2-4

Fiel à própria exortação do v. 1b, Paulo agora não aborda as “opiniões”, mas apenas caracteriza as respectivas práticas. Um crê que de tudo pode comer, mas o débil (o fraco) come (apenas) legumes. Vindo do v. 1, não se poderá reduzir o “crer”, nessas duas ocorrências, a mero “achar”. A configuração do cardápio realmente está sendo afixada num ponto elevado. Em todo o bloco está em jogo a vivência da fé na salvação. Começamos a perceber: o que ameaçava trazer separação às igrejas domiciliares daquele tempo em Roma não fica devendo em nada ao perigo que trazem as diferenças de opinião de hoje. Calava fundo se a comunhão de mesa era concedida ou negada. Quando alguém saía de uma mesa e se assentava numa mesa à parte com menu próprio, os que ficaram assentados na refeição anterior poderiam sentir: para que ainda somos uma igreja, se sequer podemos comer juntos!
3 Segue-se uma instrução apostólica de duas partes, que é retomada mais uma vez nessa forma no v. 10. Primeiramente ao “forte”, que de boa consciência se dá o direito de comer carne: quem come (também carne) não despreze o que não come. O que está em vantagem, como os fortes de Roma evidentemente estavam, geralmente se preocupa pouco com seu adversário. Passa correndo por ele com um olhar de desdém. Contudo os v. 10,13,15,21 mostrarão essa pessoa como “irmão” precioso. De modo diferente, o apóstolo considera aquele que não consegue admitir a liberação de consumo de carne: e o que não come (carne) não julgue o que come. Quem experimenta desprezo, precisa tanto mais da auto-estima e a encontra. No presente caso, talvez a encontre assim: como cristão sou mais sério, mais fiel à Escritura, mais consciencioso, mais obediente que eles! Condena, pois, o irmão que segundo sua opinião está entregue ao mundo. Porém essa pessoa é lembrada da palavra poderosa de Deus: Deus o acolheu!

Aquele que já se fez de juiz sobre seu irmão, subitamente se encontra diante de Deus e do seu próprio comportamento inadmissível. Quem és tu que julgas o servo alheio? O proprietário de escravos, em vista do contato pessoal, tinha um relacionamento mais próximo com o servo da casa que com os servos da lavoura. No sentido figurado: quando condenas teu irmão, estás interferindo num relacionamento especial, do qual não fazes parte. Negas o direito senhorial de Cristo e posas pessoalmente como senhor. Ousas fazer incursões que passam decididamente dos limites, porque desrespeitam o Senhor. Nesse ponto Paulo também manifesta sua confiança em favor do irmão. Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster (no acerto de contas final). Apesar de tudo que nele é questionável, ele se encontra em boas mãos, experimenta poderes reguladores e com certeza será aperfeiçoado um dia com todos os fiéis. A realidade da culpa não deixa de ser vista, mas também é visto o poder da graça.

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Romanos 14:2-4