Estudo sobre Romanos 14:22-23
Estudo sobre Romanos 14:22-23
Romanos 14:22-23
O versículo subsequente parece proteger o forte: A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus. É verdade que a fé tem um lado voltado às pessoas (sobre isso, cf. a explicação do v. 9, no final), mas sua essência é viver perante Deus, eximindo-se dessa forma das pessoas. De forma análoga soaram os v. 4,5, ainda que fossem relacionados mais intensamente com a fé do outro. Esse respeito, que no fundo é respeito diante de Deus enquanto Criador da fé, pode-se tranquilamente reclamar também para a própria fé. Por isso diz 1Co 7.23: “não vos torneis escravos de homens” Paulo pleiteia pela indisponibilidade da fé.
Para o forte na fé que tem de sofrer sob a condenação do fraco (v. 3b,10a), é acrescentada uma bem-aventurança: Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova (como bom para a prática). Para o que tem dúvidas seguirá no v. 23 uma condenação. Nele acontece a divisão entre fé e ação, sendo que cada um segue o seu caminho. Ele não pratica o que crê, e não crê o que pratica. Isso o destruirá lenta mas seguramente, ainda que pratique o que objetivamente é correto. Aquele que tem dúvidas… se comer desligado o seu vínculo pessoal com Cristo e é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé. Esse comer e beber não é prática da fé, motivo porque tampouco é feito para o Senhor (v. 6). Tudo o que não provém de fé é pecado. Aqui ressoa mais uma vez o sinal de alarme para o forte, que está a ponto de atrair, impelir, lançar seu irmão fraco para a “liberdade”. Afinal, estará lançando-o na separação de seu Senhor, i. é, ao pecado. Embora dessa maneira tenha imposto o seu princípio, sacrificou a salvação do irmão.
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Romanos 14:22-23