Interpretação de Isaías 58 e 59

Interpretação de Isaías 58 e 59

Interpretação de Isaías 58 e 59





Isaías 58
Sermão I. Falsa Adoração Contrastada com a Verdadeira. 58:1-14.

1-7. A hipocrisia da piedade de Israel está exposta aqui. O profeta é convidado i denunciar impiedosamente a fé espúria dos judeus, com sua pose santarrona nos cultos de adoração e seus jejuns ostentosos, logo seguidos das mesmas maldades e impiedades de antes (v. 4). Nenhuma observância religiosa tem valor para Jeová se não for apoiada por uma vida piedosa, cumpridora das leis e uma compaixão para com aqueles que estão passando por necessidades. Comportamento honesto, o fruto da fé salvadora, assegura o despontar da libertação (v. 8) para a infeliz Judá; a justiça do amor compassivo aclara o caminho para o fiel exército divino que avança.
8-14. O Senhor promete restaurar a comunhão e as bênçãos com aqueles que abandonam a hipocrisia.
9. O dedo que ameaça, isto é, em (falsa) acusação do inocente.
10. E a tua escuridão será como o meio-dia; isto é, "seu presente estado de calamidade e desgraça será substituído pelo brilho do favor de Deus".
11. Um manancial. A influência piedosa que flui de um crente afetuoso que partilha suas bênçãos com os outros.
12. A nova comunidade (depois do Exílio) devia ser edificada por crentes sinceros e dedicados que eram comprometidos com Deus. Eles reparariam as maldades resultantes da perversa hipocrisia de seus antepassados.
13. A mais significativa evidência de amor sincero para o Senhor é o deleite com o qual Seus adoradores santificam o sábado para o serviço divino e o louvor (e não o usam para propósitos pessoais ou trabalho secular).
14. Os Altos. Exaltação espiritual e prosperidade.

Isaías 59
Sermão II. A Confissão de Israel e a Sua Libertação Operada por Deus. 59:1-21.

1-8. Esta passagem descreve o consternador fracasso moral da sociedade judia que se enquadra perfeitamente no que sabemos sobre o degenerado reinado de Manassés. Isaías disse ao povo por que Deus não ouvia seus clamores de livramento da opressão do jugo da Assíria.
5. Os ovos de áspide e não de basilisco. A idéia é que o povo apóstata era como serpentes venenosas que produzem más influências calculadas para destruir os desavisados que nelas confiam. As teias do mal que tecem não cobririam de modo nenhum a sua nudez diante do olho perscrutador de Deus no dia do juízo (v. 6). Consagraram cada parte do seu carpo à iniqüidade e à maldade.
8. A paz com os outros exige uma boa vontade amorosa de que os ímpios são incapazes; não podem também jamais desfrutar da satisfação ou da paz em seus próprios corações.
9-15a. As conseqüências desagradáveis desta depravação de vida estão claramente expostas.
9. Judá se tornou vítima da injustiça e opressão assíria, e todas as suas esperanças de independência e prosperidade eram constantemente arrojadas ao chão.
10. Ao meio-dia como nas trevas. Antes, no crepúsculo. A verdade divina reluz sobre eles, mas eles estão mergulhados nas trevas da ignorância espiritual e da calamidade nacional. A palavra hebraica para robustos não aparece em nenhum outro lugar, mas provavelmente deve ser traduzido assim mesmo ou vigorosos, entre os quais os judeus enfraquecidos não passavam de cadáveres quando comparados.
12-15. Esta passagem tem o som de uma confissão quebrantada de pecado indesculpável e de maldade agravada.
15. É tratado como presa. Isto é, qualquer um que tentasse viver uma vida honesta tornava-se vítima dos assassinos cruéis que dominavam a sociedade israelita.
15b-21. Nestes versículos está predita a interferência pessoal de Deus para salvar os pecadores desamparados de sua culpa e escravidão. O posto de observação aqui é o Calvário.
16. Descontente como estava Jeová com o completo fracasso moral dos judeus, Ele também estava angustiado com a total ausência de um mediador humano qualificado para Israel. A única atitude que restava a tomar era Ele mesmo se tornar o Mediador – o seu próprio braço lhe trouxe a salvação – na pessoa de Jesus Cristo, que sozinho foi revestido da justiça imaculada e impenetrável aos dardos de Satanás.
18. Mas o Primeiro Advento foi aqui combinado com o Segundo no qual o Messias virá para esmagar o poder mundial (no Armagedom) e impor os padrões santos de Deus sobre todos os habitantes da tema.
19. O mundo inteiro reverenciará a Jeová e seu Santo Espírito repelirá com sucesso todos os ataques fetos ao Seu povo redimido. (A tradução do v. 19b na E.R.C, é preferível à E.R.A.)
20. Redentor aqui é go'el, "parente remidor", que envolve um relacionamento consanguíneo (no qual Deus não poderia entrar a não ser pela encarnação de Cristo).