Ezequiel 20 — Comentário Devocional

Ezequiel 20

20.1ss Aqui Ezequiel faz uma síntese da história da rebelião de Israel. A ênfase está nas tentativas de Deus de trazer a nação de volta para Ele e em sua misericórdia por seu povo, que era constantemente rebelde e desobediente. Ezequiel afirmou que cada pessoa é responsável pelas dificuldades, pelos problemas e julgamentos que experimenta. Aqueles que persistissem em sua rebelião contra Deus seriam eliminados (v 38), enquanto os fiéis voltariam para Israel, e todos saberiam quem era o Senhor (v. 42).

20.12, 13 O sábado era um dia sagrado, instituído por Deus na criação; foi confiado a Israel como um sinal de que Deus havia criado e redimido a nação (Êx 20.8-11; Dt 5.12-15) Esse dia de descanso era um presente de um Deus amoroso, não uma obrigação penosa. Mas as pessoas repetidamente violaram o sábado e ignoraram a Deus (ver vv. 20.21). Ao guardar o sábado Israel deveria lembrar que era o povo especial de Deus. Hoje, muitos cristãos celebram o domingo como o Dia do Senhor. Mas qualquer que seja o dia dedicado a Deus, devemos ter o cuidado de cumprir o propósito que Deus tinha para o sábado sagrado. É bom que tenhamos um dia de descanso, no qual organizemos nossas prioridades e sirvamos a Ele.

20.23, 24 No início da história de Israel. Deus advertiu clara mente a todos sobre as consequências da desobediência (Dt 28.15ss). Quando as pessoas desobedecem. Deus permite que experimentem consequências devastadoras para lembrá-las da gravidade de seus pecados. Todo aquele que escolher viver por si mesmo, separadamente de Deus, poderá experimentar consequências destrutivas semelhantes. Porém, mesmo em tais circunstâncias. Deus pode trazer a pessoa para junto de si. Que os nossos infortúnios nos conduza a nosso pleno juízo e ao misericordioso Deus, antes que seja tarde demais!

20.25 Estes “estatutos que não eram bons” não se referem a qualquer aspecto da lei mosaica; Ezequiel confirmou essa lei (Ez 20.11,13,21). Mas os judeus se basearam na lei em Êxodo 13.12; 22.29, que fala sobre a dedicação de animais e filhos primogênitos, para justificar o sacrifício de crianças ao deus cananeu Moloque. Deus permitiu tamanho engano para que seu povo pudesse reconhecê-lo como único Senhor, tivesse sua consciência despertada e sua fé avivada (v. 26).

20.35-38 Quando os israelitas desobedeceram a Deus, recusando-se a entrar na Terra Prometida pela primeira vez. Deus escolheu purificar seu povo, forçando-o a vagar pelo deserto até que toda aquela geração tivesse morrido (Nm 14.26-35). Aqui, Ele prometeu tirar novamente os rebeldes da nação, quando cruzassem o vasto deserto de seu cativeiro na Babilônia. Somente os que haviam seguido fielmente a Deus poderiam retornar à sua terra. O propósito deste castigo (o deserto) era eliminar todos aqueles que adoravam ídolos e restaurar os que eram fiéis a Deus.

20.39 Os israelitas estavam adorando ídolos e, ao mesmo tempo, ofertando a Deus! Não criam em seu Deus como o único e verdadeiro: adoraram-no com os outros deuses da terra. Talvez apreciassem os prazeres imorais da adoração aos ídolos ou não quisessem perder os benefícios que pensavam que os ídolos pudessem dar-lhes. Há pessoas que creem em Deus e ofertam-lhe sua presença e seu culto na igreja, mas ainda estão apegadas aos seus ídolos (o dinheiro, o poder ou o prazer). Não querem perder quaisquer possíveis benefícios. Mas Deus quer toda a nossa vida e devoção; se adoramos a qualquer outra coisa ou pessoa temos ídolos. Tome cuidado para não tentar agradar a Deus, enquanto busca os prazeres do pecado. É necessário escolher um ou outro!

20.45-47 A frase “dirige o rosto para o caminho do Sul” se refere a Jerusalém e a Judá. O caminho do Sul é a região do Neguebe; a imagem da floresta destruída pelo fogo remete ao que acontece ria com Judá.

20.49 Ezequiel estava exasperado e desencorajado. Muitos israelitas estavam reclamando que ele falava somente por enigmas e, por esta razão, recusavam-se a ouvi-lo. Não importa o quão importante seja o nosso trabalho ou quão significativo seja o nosso ministério, experimentaremos momentos de desânimo. Aparentemente Deus não respondeu ao argumento de Ezequiel, antes, deu-lhe uma outra mensagem para proclamar. O que o desencoraja? Você já sentiu vontade de desistir? Em vez disso, continue a fazer o que Deus preparou para você. Ele promete recompensar os fiéis (Mc 13.13). A cura de Deus para o desânimo pode ser a designação de outra tarefa. Servindo aos outros, podemos encontrar a renovação de que precisamos!

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