O que a Bíblia Ensina sobre Celibato?

O que a Bíblia Ensina sobre Celibato?

Permanecer em estado de solteiro por razões conscienciosas, religiosas ou morais. O termo é muitas vezes confinado aos homens, mas aplica-se igualmente às mulheres, como as virgens vestais do paganismo e as freiras do catolicismo romano.

Como fenômeno, o celibato não se limita ao catolicismo romano. Os sacerdotes budistas e muitos de seus leigos praticam as mais rígidas e exigentes regras do celibato, assim como muitos feiticeiros pagãos.

A prática é justificada entre os católicos romanos, primeiro, sobre a base das palavras de Cristo em Mt 19:4–12: “Há eunucos que se fizeram eunucos pelo reino dos céus” (v. 12); e, segundo, sobre a insistência de Paulo de que o estado de solteiro é preferível (I Coríntios 7:8, 40). A declaração de Cristo certamente não comanda o celibato - apenas alguns podem suportar isso. Pelo contrário, Ele recomendou o casamento como ordenado por Deus desde o princípio (Mt 19:3 e segs.). Paulo via o celibato como um expediente para ele e alguns outros em sua época. Ele achava que a vinda do Senhor estava próxima demais, o tempo muito curto para se envolver no casamento (I Coríntios 7:29). O celibato deixa os homens livres das preocupações do casamento. No entanto, pode ser perigoso e não deve ser tentado (v. 36 e seg.). Paulo falou de si mesmo como sendo tão livre para ter uma esposa própria como Pedro e os irmãos de Cristo (I Coríntios 9:5). A posição de Paulo era que o celibato, em sua opinião, era o melhor para ele (I Coríntios 7:6, 40).

A visão católica romana da natureza física está realmente por trás dessa prática do celibato. Tendo adotado a visão pagã de que o material, o corpo em particular, é inerentemente mau, como é expresso na filosofia neoplotiniana, esta igreja busca santidade para seus sacerdotes e freiras através de uma vida de absoluta pobreza, castidade e obediência conduzida em mosteiros e conventos. As práticas pagãs de natureza semelhante também contribuíram para uma certa adoção sincrética de costumes pagãos no assunto. O celibato geralmente leva a um grande mal e ao pecado grosseiro, uma vez que impõe cargas impossíveis a homens e mulheres, como tem sido freqüentemente comprovado pelo testemunho daqueles que deixaram o romanismo.

Paulo condena completamente aqueles que proíbem o casamento (ITm 4: 3; cf. Cl 2: 16-23) quando ele diz que isso será uma marca dos apóstatas nos últimos dias. A menção dos 144.000 como virgens na Grande Tribulação de Apocalipse 14:1, 4 pode confirmar a convicção de Paulo de que em tempos de grande perseguição pode ser conveniente que os servos do Senhor sejam solteiros.




Fonte: Pfeiffer, C. F., Vos, H. F., & Rea, J. (1975; 2005). The Wycliffe Bible Encyclopedia. Moody Press.