Salmo 3 — Comentário Católico

 Salmo 3 —  Comentário Católico




Salmo 3

O salmo 3 é um lamento individual proferido por alguém (talvez pelo rei) cercado pelos inimigos. Estrutura: vv. 2-3; vv. 4-7; 8-9. v. 1. O cabeçalho associa o salmo com a rebelião de Absalão e a fuga de Davi de Jerusalém (5 acima; 2Sm 15-16). 4. A segunda estrofe começa como a primeira, com um apelo a lahweh, a quem se dirige como um escudo protetor do salmista. Minha glória: pode ser um título divino aqui (cf. “rei da glória” em SI 24,8,10). 6. Embora alguns tenham visto um rito de incubação aqui (cf. Gn 28,10-17; lRs 3,4-14), é, mais propriamente, uma expressão de confiança no poder protetor de Deus. 8. Os muitos inimigos dos vv. 2-3 reaparecem, ordenados contra o agora destemido salmista. No v. 3 o pecado dos inimigos do salmista envolvia a fala; aqui o órgão da fala (“queixo... dentes”) é alvejado pela punição divina. 9. Continua o tema do v. 3, onde a negação de auxílio divino ao salmista, pelos inimigos, é contraposta pelo “A lahweh pertence a salva­ção”. E sobre o teu povo, a tua bênção!: esta oração conclusiva pode apontar para o orador real do salmo.

Salmo 3 (oração de confiança de um indivíduo) vv. 2-4 Gritos de queixa. O salmo começa com um dos gritos de queixa padrão a Deus: “Quantos?” O sofrimento persiste; inimigos provocam o salmista e afirmam que Deus não está preocupado com o infortúnio em que o salmista caiu. Apesar de sofrer escárnio, quem sofre está confiante de que Deus acabará por ouvir esses pedidos de ajuda e responderá. Uma imagem militar de um escudo caracteriza a proteção de Deus que, quando for concedida, permitirá ao salmista ficar orgulhoso com a cabeça erguida. vv. 5-7 Confiança em Deus. O "monte santo" de Deus pode ser uma referência a um monte sagrado no qual Deus habita ou ao templo onde Deus é encontrado no meio dos israelitas. Como Deus respondeu às orações no passado, o salmista está confiante de que Deus responderá novamente. Com Deus como protetor, o salmista afirma não ter nada a temer dos ataques humanos. vv. 8-9 Clamor por ajuda. Um pedido final de ajuda surge de extrema angústia. Meios violentos podem ser necessários para defender o salmista. A construção paralela demonstra o caráter das represálias que o salmista sugere que Deus possa tomar: quebrar as mandíbulas de todos os meus inimigos, quebrar os dentes dos ímpios. Essa construção também mostra como os inimigos do salmista são comparados aos ímpios. Quando a libertação finalmente chegar, não será o resultado do poderio militar, mas um dom graciosamente dado pelo Senhor.

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