Ezequiel 26 Comentado e Interpretado

Ezequiel 26

Deus disse a Ezequiel para declarar seu julgamento (de Deus) contra as grandes cidades comerciais chamadas Tiro e Sídon. Essas cidades se tornaram muito ricas e muito orgulhosas. Na verdade, elas estavam tão orgulhosas que Deus comparou seu rei a Satanás (o diabo). Esta passagem também é semelhante ao capítulo 18 de Apocalipse. Esse capítulo é sobre o fim das grandes potências comerciais que governam o mundo.

26:1-14 O 11º ano do exílio foi de abril de 587 a março de 586 a.C. Isso aconteceu depois que os babilônios destruíram Jerusalém, no verão de 587 a.C. Portanto, a data desta profecia foi depois desse evento, mas ainda durante o 11º ano. Tiro era uma cidade da Fenícia, que ficava ao norte de Samaria, no Mar Mediterrâneo. Tiro ficava na costa e em uma ilha. Era uma grande cidade comercial e um grande porto. Com seu comércio, ela tornou-se rica. Os habitantes de Tiro achavam que a derrota de Jerusalém era uma boa notícia. Jerusalém era uma cidade de comércio. Ela controlava as rotas comerciais do Egito e da Arábia ao norte. Tiro viu uma oportunidade de fazer essa troca. Com isso, o povo de Tiro ganharia mais riqueza. Eles desejavam a riqueza que vinha de Jerusalém. Essa foi uma atitude terrível após os acontecimentos em Jerusalém.

Os habitantes de Tiro não se importaram que tal desastre tivesse ocorrido em Jerusalém. Por causa dessa atitude, Deus ficou irado com Tiro. Deus puniria a cidade. Ele traria as nações contra a cidade e elas a destruiriam. Elas viriam como as ondas do mar na praia. As nações quebrariam os muros de Tiro e destruiriam todos os edifícios. A terra da cidade se tornaria apenas rocha nua onde os homens secariam suas redes. De 586 a 573 a.C., os babilônios lutaram contra a cidade e derrotaram Tiro. Eles forçaram a cidade a servi-los. Posteriormente, por um breve período, Tiro ficou livre novamente. Então, em 525 aC, os persas (pessoas da Pérsia) assumiram o controle da cidade. Depois, 332 a.C., os gregos (pessoas da Grécia) sob Alexandre o Grande vieram. Eles derrubaram todos os prédios da costa. Eles empurraram tudo o que restou das construções para o mar. Isso criou uma estrada de cerca de meia milha até a ilha que eles destruíram. A estrada tornou-se local de secagem de redes de pesca. Mais tarde, perto daquele lugar, havia outra pequena cidade também chamada Tiro. Depois disso, os romanos vieram e governaram aquela cidade.

No século 14 d.C, os sarracenos (árabes) destruíram a cidade. Agora existe uma cidade com o mesmo nome, mas ela não está no local original. O Senhor disse a Ezequiel que traria o rei da Babilônia do norte. Este rei, Nabucodonosor, atacaria Tiro com um vasto exército. O Senhor disse como Nabucodonosor invadiria Tiro. Ele mataria as pessoas em Tiro e no campo. Ele destruiria a cidade. Toda a ação nos 26:7 a 11 é o ataque de Nabucodonosor. No 26:12, a passagem usa a palavra ‘eles’. Ele está descrevendo as ações de muitos soldados. Isso incluirá os exércitos da Pérsia e da Grécia. Juntos, esses exércitos produziram os resultados nos 26:13 e 14.

26:15-18 Muitos pequenos estados ao longo da costa e nas ilhas dependiam de Tiro. Ela estava protegendo esses estados em seu próprio benefício. A notícia da derrota de Tiro os deixaria com medo. Eles não saberiam o que aconteceria com eles. Seus governantes desistiriam de seu poder. Parece que eles nem mesmo tentariam se opor aos babilônios. Eles desistiriam sem lutar, ficariam tristes com a perda de Tiro, cantariam esta canção fúnebre sobre Tiro.

26:19-21 Deus fará com que Tiro nunca seja forte novamente. Nunca será um lugar tão importante para o comércio como antes. Tiro será uma cidade morta, e ninguém vai morar lá novamente. Sua situação será tão desesperadora quanto a situação de uma pessoa no inferno. As pessoas não voltariam a morar em Tiro. Até mesmo sua terra não existirá mais. O mar cobriria tudo o que restasse da cidade.

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