A Figura de Adão nas Cartas Paulinas

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A Figura de Adão nas Cartas Paulinas

Quando Paulo escreve “Adão [...] é a figura daquele que havia de vir” (Rm 5:14-20), apresenta-nos o mais antigo dos tipos. Quanto ao tempo, esse tipo é o primeiro; quanto à posição, é o mais profundo. Não há outro antes dele, nem abaixo dele. Arnot diz: “Ao descer do céu em amor, o Espírito de Deus tomou o primeiro fato da história humana e com ele se reporta ao ensino da redenção do homem. Não houve demora, pois as questões do Rei exigem pressa. O doador estava pronto e desejoso; os receptores, indolentes e vagarosos”. Assim como ocorre com o carimbo e a sua impressão, assim se dá com o tipo e seu antítipo, havendo ao mesmo tempo semelhança e diferença; são o mesmo, porém opostos.

Adão e Cristo eram as fontes verdadeiras, os patriarcas de suas respectivas famílias. O primeiro Adão constitui-se o cabeça e representante da raça humana e, quando caiu, levou todos consigo. O último Adão também se constitui cabeça de incontável multidão. Tão logo o primeiro pecou, o último foi prometido como Salvador dos pecados. A semente do primeiro gera dele pecado e morte; a semente do segundo gera dele justiça e vida. A primeira semente inclui toda a raça humana; a segunda, embora contida na primeira, é um “pequeno rebanho”.

A palavra que Paulo usa e é traduzida por “figura” é type, ou “semelhança”. Ao falar, porém, da semelhança entre Adão e Cristo, Paulo de imediato passa a destacar as diferenças entre eles. O contraste, ou as discrepâncias, é realçado pelos elementos de semelhança da seguinte maneira:

Paulo, de maneira impressionante, retrata o pecado e a morte, a graça e a vida como dois grandes opostos. Fala da morte que governa, mas também da graça e da justiça que de igual modo reinam (Rm 5:14,17). O homem é dominado por um ou pelo outro. Quando Deus formou o coração humano, criou-o capaz de comportar apenas um soberano por vez. Quem realmente reina em sua vida? O fato de o AT ter sido escrito tendo em vista os leitores do NT evidencia-se pela tríplice afirmação do apóstolo:

Gênesis foi escrito “por nossa causa” (Rm 4:23,24); Deuteronômio foi escrito “por nós” (ICo 9:9,10); Êxodo e Números foram escritos “para aviso nosso” (ICo 10:11).

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