O Último Adão — Estudo Bíblico
Um
título aplicado por Paulo a Cristo, tendo o apóstolo desenvolvido o paralelismo
e o contraste entre Adão e Cristo. Cristo é o último Adão (I Cor. 15:45), e
também o segundo Adão (1 Coríntios 15:47). Em Rom. 5:14, Adão é apresentado como o
tipo contrastante de Cristo. Paulo enfatiza a solidariedade da raça humana
inteira, primeiramente com Adão, quanto à origem física, e então com Cristo,
por ser Ele a fonte da vida espiritual. O primeiro trouxe a morte por meio do
pecado, e o segundo trouxe a vida, mediante Sua missão salvatícia (Romanos 5:12).
O pecado de Adão é visto como algo que afetou a humanidade inteira, talvez por
meio da hereditariedade, ou então mediante a afinidade espiritual.
Talvez
o autor sagrado visse todos os homens biologicamente presentes em Adão, pelo
que fariam parte de sua personalidade. Em consequência, todos participam
daquilo que ele foi. O “velho homem” está em todos nós, pois participamos da
queda de Adão (Rom. 6:6; Efé. 4:22; Col. 3:9). A experiência parece comprovar
que os homens não se tomam pecadores meramente devido ao fator ambiental. Até
crianças conforme Freud demonstrou, têm todas as formas de horrendos répteis
ocultos na mente. Portanto, não é que m eram ente morrem os; merecem os morrer.
Porém , nossa salvação é assegurada mediante a identidade com o Cabeça da raça
espiritual, a saber, Jesus Cristo, o último Adão, que faz reverter o caos criado
pelo primeiro Adão. Somos incorporados na nova humanidade que é uma raça
espiritual, e cujo alvo é a participação na natureza divina (II Ped. 1:4). Tal
como Cristo participou de nossa natureza humana, assim também, finalmente,
participaremos da natureza divina, compartilhando da imagem de Cristo (Rom.
8:29; II Cor. 3:18). Uma nova criação está sendo trazida à existência (II Cor.
5:17). A imagem desfigurada do Criador está sendo renovada no homem.
Por
meio do pecado de Adão, o juízo sobreveio a todos os homens. Mas, mediante a retidão do último Adão, o dom
gratuito da salvação e da vida eterna é oferecido a todos os homens (Rom. 5:18).
Diversas interpretações têm surgido no tocante a isso, conforme damos abaixo:
1.
Cristo anulou o pecado original, com o resultado que agora os seres humanos
nascem sem pecado e tornam -se pecadores devido à influência do meio ambiente e
por escolha pessoal, com base no livre-arbítrio. A experiência não parece
apoiar tal ideia. Ninguém precisa ensinar as crianças como se peca. Pecar faz
parte da substância de seus seres.
2.
A provisão de Cristo é absolutamente universal e foi franqueada a todos os que
quiseram. Em outras palavras, todos podem ser salvos. Isso concorda com trechos
bíblicos como I Tim. 2:4. As Escrituras também ensinam o determinismo.
3.
Os universalistas vêm nesse texto uma prova de sua doutrina, de que todos os
homens, eventualmente serão salvos, embora talvez isso ocupe muito tempo. Quanto
a notas sobre a plena extensão da missão de Cristo. É impossível que viesse a falhar a missão de
Cristo, não atingindo a todos os homens, de todos os lugares, afinal de contas.
Mas, como ela alcança aos mesmos pode ser diversificadamente definido, e as notas
aludidas abordam a questão.