Daniel 7 — Explicação das Escrituras
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7.1 — No primeira ano. No tempo, este capítulo precede o cap. 5, mas é um avanço pois agora passa às visões e revelações do Senhor.
7.2 — Quatro ventos. Símbolo do poder divino a julgar as nações. O mar Grande. Símbolo da agitação política e social entre os povos da terra (cf. Is 57.20; 17.12; Lc 21.25; Ap 17.15).
7.3 — Quatro animais. Os mesmos reinos representados pela estátua no cap. 2. Aqui se observa o mesmo número de símbolos: quatro partes da estátua, e um projétil externo para derrubá-la, comparados com quatro animais terrestres e um ser celestial.
7.4 — Leão. O símbolo nacional da Babilônia era uma figura com a cabeça humana, o corpo de um leão, com asas de águia, conforme certos achados que subsistem até hoje. Antes da queda daquele império, perdeu-se a coragem e o alcance internacional simbolizados pelo coração do leão que foi substituído, pelas asas que foram arrancadas. O império já estava sendo ameaçado pelos inimigos.
7.5 — Urso. O império da Média e da Pérsia. Um dos seus lados. A elite do duplo império vinha da Média. Três costelas. Nações que o novo império engoliu: devora muita carne.
7.6 — Leopardo. O império grego, Quatro asas... quatro cabeças. Os quatro generais de Alexandre eram as asas que ligeiramente dominavam o mundo na faixa que incluía a região da Grécia até a Índia. Foram as quatro cabeças que regeram este novo império depois da morte repentina do grande conquistador, formando quatro dinastias independentes.
7.7 — Quarto animal. O império romano, que conquistava tudo com as armas de ferro e não poupava nada. Dez chifres. Dez reis, v. 24.
7.8 — Outro pequeno. O anticristo; veja referências e notas. Comparece com o “príncipe que há de vir” de Dn 9.26.
7.9 — Uns tronos. Uma cena de julgamento descrita também em Ap 4.2-5.14. Ancião de dias. Um símbolo do Deus em cujas mãos está o tempo. Rodas. O trono é também o carro de batalha.
7.10 — E se abriram os livros. O registro perpétuo do comportamento humano.
7.11 — O animal foi morto. A queda do império romano.
7.13 — Filho do Homem. Um título do Senhor Jesus Cristo (cf. Mt 26.63-65).
7.15 — Alarmado. O povo da época levava os sonhos a sério (2.9; 4.5).
7.16 — Me fez saber. No próprio sonho, Daniel sabia que se tratava de uma revelação de Deus, e por isso foi obter a interpretação de um anjo de Deus que era um pertencente à miríade dos servos, v. 10.
7.17 — Quatro reis. Ou seja, quatro reinos, os impérios já mencionados. Assim também o v. 24 refere-se a reinos.
7.18 — Os santos. Esta palavra refere-se a seres humanos resgatados por Cristo e santificados pela separação do pecado e pela dedicação ao serviço do reino de Deus. São eles glorificados e trasladados para os céus, onde herdarão todas as coisas.
7.19 — Unhas de bronze. Os romanos lutavam com ferro, v. 7, mas seu império fazia uso das pequenas tribos nas fronteiras, as “unhas”.
7.22 Fez justiça. A vinda de Cristo no seio do última e maior dos impérios já é um julgamento de valores humanos. Suscita um reino de pessoas que só procuram valores eternos (cf. 1 Pe 2.9-10).
7.24 Dez reis. O império romano, uma vez desfeito, deu origem a dez reinos. É interessante notar que por 1.500 anos o total das tribos e nações que têm coexistido naquele território ficou sempre em dez poderes básicos. Parece que esta continuação da civilização romana vai entre o primeiro julgamento (v. 9), a vinda de Cristo, e o segundo julgamento (vv. 13-14), que se queria a vinda final, de Cristo e o fim do mundo.
7.25 — Magoará os santos. No meio dos reinos surge um poder em Roma que se entregará à perseguição dos fiéis e usurpará poder civil de três dos reinos. Séculos da história já nos ensinam quanto às perseguições que se processam na cidade de Rema... Um tempo, dois tempos e metade. Três anos e meio? Indefinido.
7.27 — Reino eterno. Não se trata de milhares de anos, mas sim para toda eternidade, assim também a pedra que subsistirá para sempre, Dn 2.44.