Livros Históricos — Conteúdo do Antigo Testamento

Livros Históricos — Conteúdo do Antigo Testamento

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O conteúdo do Antigo Testamento tem como segunda parte, depois do Pentateuco, os livros históricos:

a. Josué. A conquista da Terra Prometida é o tema principal desse livro; o cumprimento das promessas terrenas feitas a Abraão; a incomum dedicação e espírito decidido de Josué; as vitórias e os retrocessos da conquista; o estabelecimento das cidades de refúgio; a distribuição do território entre as dez tribos que ficaram na margem direita do rio Jordão; as cidades para os levitas; o desafio de Josué ao povo, para que renovasse sua lealdade a Yahweh.

b. Juízes.  As gerações subsequentes não completaram a conquista da Terra Prometida; fracassos m orais e religiosos devido ao contato com povos pagãos; o estabelecimento de juízes para governar e libertar o povo de Israel; numerosos conflitos com povos vizinhos, com vitórias e derrotas; a tendência de cada qual fazer o que lhe parecia melhor; tempos violentos, quando ninguém tinha a sua vida segura; o bárbaro assassinato da concubina do levita, em Gibeã, o que o levou à punição armada contra a tribo de Benjamim, da qual quase resultou a extinção dessa tribo.

c. Rute.  Uma terna e romântica narrativa, durante o tempo dos juízes, que envolveu a moabita Rute e sua sogra israelita, Noemi. Tendo voltado a Belém, Noemi, não abandonada por sua nora viúva, Rute, atraiu para esta o favor de Boaz, rico solteirão e primo de Noemi. Noemi reivindicou-o como seu parente-remidor, e Rute casou-se com ele, tornando-se uma das ancestrais do futuro rei Davi, e, consequentemente, de Jesus de Nazaré.

d. I e II Samuel.  Dias finais do sumo sacerdote Eli, tutor do menino Samuel, que fora dado por sua mãe ao serviço do Senhor; os filisteus derrotam Israel em Silo, e tomam a arca da aliança; uma praga força os filisteus a devolverem a arca. Samuel derrota os filisteus e coroa Saul como rei. Saul entra em inúmeras batalhas, com vitórias e derrotas. Davi desafia e derrota o herói dos filisteus, o gigante Golias. Tendo desobedecido a Deus, Saul é rejeitado. Muitas vicissitudes, através de mais de uma dezena de anos, levam Davi ao trono, depois dele ter sido forçado ao exílio. Davi expressa o desejo de edificar um templo em honra ao Senhor. As muitas conquistas militares bem-sucedidas de Davi. Revolta de Absalão, filho de Davi, a morte violenta de Absalão. Os trinta grandes heróis de Davi. O recenseamento ordenado por Davi é desaprovado e julgado por Deus.

e. I e II Reis.  Tem prosseguimento a narrativa da monarquia hebreia, desde Salomão até Zedequias. I. Reis termina com a morte de Acabe (835 A .C.). Salomão, como rei, com seus pontos fortes e fracos, levanta o templo. Fama e riquezas de Salomão; sua grosseira poligamia. Ocorre a separação permanente entre Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Relatos dos ministérios de Elias e Eliseu. As intermináveis lutas de Israel e Judá, em conflito com povos vizinhos, com vitórias e derrotas. Os cativeiros assírio e babilônico. O retorno dos judeus à Terra Prometida. As descobertas arqueológicas têm confirmado a existência de mais de cinquenta dos reis de Israel e Judá.

f. I e II Crônicas.  A história de Israel é revisada, do ponto de vista de sua relação de pacto nacional com Deus. O sacerdócio divinamente determinado; a teocracia de Davi. Esses livros não tratam sobre Israel, o reino do norte, porquanto esse representa um cisma. Ênfase sobre a rica herança espiritual dos judeus. Elevados momentos de fé, confiança e vitórias de reis como Reoboão, Asa, Josafá. Também trágicos lapsos de fé e obediência, como o adultério e homicídio praticados por Davi, a grosseira poligamia de Salomão e sua permissividade quanto à idolatria. Finalmente, o cativeiro babilônico de Judá e a soltura dos judeus do cativeiro, por ordens de Ciro, imperador da Pérsia.

g. Esdras.  Retorna à Palestina, em 537 A .C., a primeira vez leva quarenta e dois mil judeus, vindos da Babilônia. Esses fundam o segundo reino, lançam os alicerces do templo e reiniciam as atividades religiosas dos judeus. Algumas décadas mais tarde, Esdras vem da Babilônia à Palestina, com a aprovação do imperador, a fim de ajudar na restauração espiritual da pequena e desencorajada província de Judá (457 A.C.). Esdras leva os judeus a se desfazerem de suas esposas estrangeiras e dá início a uma restauração geral da lei, dos costumes e da religião.

h. Neemias.  Ele era o copeiro do imperador persa, relatando-nos como foi autorizado a servir como governador de Judá (a partir de 446 A.C.). Liderou no reerguimento das muralhas de Jerusalém e restaurou seus compatriotas a uma postura decente de defesa e auto-respeito, diante dos povos vizinhos hostis. Várias dificuldades foram enfrentadas e ultrapassadas. Neemias promoveu um reavivamento, por ocasião da festa dos Tabernáculos, e os judeus adquiriram um novo interesse pelas Escrituras e pelas tradições de sua nação. Esdras determinou a expulsão de certos estrangeiros que viviam em aposentos do templo, e insistiu sobre o pagamento de dízimos, para sustento dos ministros do templo. O sábado passou a ser novamente respeitado, e os judeus divorciaram-se de suas mulheres estrangeiras.

i. Ester.  Nesse livro relata-se o livramento da nação judaica, na Pérsia, do genocídio arquitetado por Hamã, primeiro-ministro do imperador, que odiava os judeus. Hamã ignorava que a bela e jovem rainha de Xerxes (Assuero), de nome Ester, era prima de Mordecai. Mordecai era o judeu que recusara prestar homenagem a Ham ã, o que deu início ao drama inteiro. Sem ter sido convidada à presença do imperador, Ester arriscou sua vida, intercedendo em favor de sua gente. A forca preparada para Mordecai, em vez disso, foi usada para execução de Hamã. Essa vitória é celebrada pelos judeus mediante a festa de Purim (ver o artigo a respeito).  


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