Interpretação de Neemias 5
Neemias 5 aborda os desafios internos da comunidade judaica enquanto eles trabalham na reconstrução dos muros de Jerusalém. Dificuldade econômica e desigualdade surgem devido a uma fome severa, levando alguns a hipotecar suas propriedades e pedir dinheiro emprestado a altas taxas de juros. Neemias confronta os nobres e oficiais por explorarem seus companheiros judeus, convocando uma assembleia comunal para resolver o problema. Ele repreende aqueles que se aproveitaram de seus irmãos, e eles se comprometem a retificar suas ações devolvendo propriedades e cancelando dívidas. Este capítulo ressalta a importância da compaixão, justiça e justiça social dentro da comunidade. A intervenção de Neemias mostra seu compromisso com o bem-estar do povo e enfatiza a importância da unidade, empatia e conduta ética entre os crentes.
Reformas de Neemias como Governador
Neemias 5
5:1-19. Este capítulo parentético descreve como Neemias conseguiu acabar com a prática da usura, que resultara em extrema pobreza e até mesmo escravidão para muitos judeus. Durante seus doze primeiros anos de governador, ele foi um exemplo de desprendimento e generosidade para com seus companheiros judeus.
5:1. Foi grande, porém, o clamor do povo. E possível que isto acontecesse durante os cinquenta e dois dias da construção do muro, por causa da interrupção do comércio normal; mas a convocação de uma grande assembleia (v. 7) e as palavras do versículo 14 sugerem um período posterior, apesar da posição do capítulo.
5:2-5. Porque havia os que diriam. Esta frase divide os que se queixavam em três categorias: 1) famílias grande sem propriedades; 2) famílias com propriedades, que se encontravam em vias de hipotecá-las; e 3) aqueles que estavam tomando dinheiro emprestado para pagamento de impostos com penhora de suas colheitas, sem possibilidade de pagamento, sendo forçados a venderem seus filhos como escravos. Quanto às leis de empréstimos, penhora e escravos hebreus devido à dívidas (que deviam ser libertados após seis anos, ou no ano do jubileu), veja Êx. 21:2-11; Lv. 25:10-17, 39-55; Dt. 15:7-18.
5:7. Sois usurários, cada um para com seu irmão. “O empréstimo de dinheiro, etc., com cobrança de juros não é coisa que a Bíblia considere errada por si mesma (Dt. 23:19, 20; Mt. 25:27), mas era proibida entre os israelitas (Êx. 22:25), uma vez que o dinheiro era emprestado para alívio de situações angustiantes, não para comércio” (J. Stafford Wright, New Bible Commentary).
5:8. Negociaríeis vossos irmãos? Neemias e outros que respeitavam a Lei haviam resgatado seus irmãos judeus vendidos a senhores pagãos. Mas esses usurários tinham vendido seus irmãos aos pagãos desafiando a Lei! (Lv. 25:42).
5:9. Por causa do opróbrio dos gentios. Os judeus eram alvo constante da observação e ódio das nações inimigas, sendo isto poderoso motivo para viverem de maneira limpa e consistente.
5:11. Neemias apelou aos judeus ricos que restaurassem imediatamente as propriedades que mantinham penhoradas (v. 5c) e que também parassem de cobrar de seus devedores judeus o centésimo do dinheiro (provavelmente um por cento ao mês, ou 12 por cento ao ano, como a “centésima” dos romanos). Assim seus “irmãos” teriam uma possibilidade de começar a pagar o principal.
5:12, 13. E os fiz jurar. Tal como Esdras antes dele (Ed. 10:5), Neemias insistiu em confirmar promessas verbais com juramento administrado pelos sacerdotes. Desta vez foi enfatizado por um ato simbólico descritivo de advertência contra os transgressores (cons. Atos 18:6), e confirmado por um “amém” de toda a congregação, cuja maior parte sem dúvida estava se beneficiando com esta reforma atrasada.
5:14. Nem eu nem meus irmãos comemos o pão devido ao governador. Exatamente antes do término de seu primeiro período administrativo de governador da Judéia (cons. 13:6), Neemias fez lembrar que por doze anos (444-432 A.C.), por causa da pobreza que prevalecia (v. 18), nem ele nem os da sua casa exigiram os safados a que tinham direito de receber do povo. Embora rico, o governador sacrificara muito em favor de Israel.
5:15. Mas os primeiros governadores... oprimiram o povo. Esses foram provavelmente persas que não temiam a Deus (cons. 15c). Podemos ter a certeza de que ele não estava se referindo a Zorobabel Quarenta siclos de prata. “Isto (como os juros do v. 11) provavelmente se refere ao mês. Os primeiros governadores recebiam o sustento de 480 siclos por ano de salário. Os 480 siclos seriam apenas US$ 360 em prata; mas isto devia representar um grande salário oficial segundo os valores daquele tempo” (Howard Crosby, Lange's Commentary on the Holy Scriptures, in loc.).
5:16. Terra nenhuma compramos. Neemias cooperou com a obra dos muros e não impôs hipotecas sobre terras por meio de empréstimo de dinheiro ou sementes (v. 10).
5:17. Neemias recebia à mesa, regularmente, 150 convivas, além daqueles judeus que retomavam das nações ao redor e que não encontravam lugar para viver na cidade. Tudo isso saia do seu próprio bobo. A rainha Jezabel recebia 400 profetas de Asera “em sua mesa”, isto é, ela os sustentava (I Reis 18:19).
5:18. Um boi e seis ovelhas. Compare com I Reis 4: 22, 23, onde se registra que Salomão servia trinta bois e cem ovelhas diariamente. Os tempos estavam realmente mudados!
5:19. Lembra-te de mim para meu bem, ó nosso Deus. Cons, 13:14, 22, 31.
Índice: Neemias 1 Neemias 2 Neemias 3 Neemias 4 Neemias 5 Neemias 6 Neemias 7 Neemias 8 Neemias 9 Neemias 10 Neemias 11 Neemias 12 Neemias 13
Reformas de Neemias como Governador
Neemias 5
5:1-19. Este capítulo parentético descreve como Neemias conseguiu acabar com a prática da usura, que resultara em extrema pobreza e até mesmo escravidão para muitos judeus. Durante seus doze primeiros anos de governador, ele foi um exemplo de desprendimento e generosidade para com seus companheiros judeus.
5:1. Foi grande, porém, o clamor do povo. E possível que isto acontecesse durante os cinquenta e dois dias da construção do muro, por causa da interrupção do comércio normal; mas a convocação de uma grande assembleia (v. 7) e as palavras do versículo 14 sugerem um período posterior, apesar da posição do capítulo.
5:2-5. Porque havia os que diriam. Esta frase divide os que se queixavam em três categorias: 1) famílias grande sem propriedades; 2) famílias com propriedades, que se encontravam em vias de hipotecá-las; e 3) aqueles que estavam tomando dinheiro emprestado para pagamento de impostos com penhora de suas colheitas, sem possibilidade de pagamento, sendo forçados a venderem seus filhos como escravos. Quanto às leis de empréstimos, penhora e escravos hebreus devido à dívidas (que deviam ser libertados após seis anos, ou no ano do jubileu), veja Êx. 21:2-11; Lv. 25:10-17, 39-55; Dt. 15:7-18.
5:7. Sois usurários, cada um para com seu irmão. “O empréstimo de dinheiro, etc., com cobrança de juros não é coisa que a Bíblia considere errada por si mesma (Dt. 23:19, 20; Mt. 25:27), mas era proibida entre os israelitas (Êx. 22:25), uma vez que o dinheiro era emprestado para alívio de situações angustiantes, não para comércio” (J. Stafford Wright, New Bible Commentary).
5:8. Negociaríeis vossos irmãos? Neemias e outros que respeitavam a Lei haviam resgatado seus irmãos judeus vendidos a senhores pagãos. Mas esses usurários tinham vendido seus irmãos aos pagãos desafiando a Lei! (Lv. 25:42).
5:9. Por causa do opróbrio dos gentios. Os judeus eram alvo constante da observação e ódio das nações inimigas, sendo isto poderoso motivo para viverem de maneira limpa e consistente.
5:11. Neemias apelou aos judeus ricos que restaurassem imediatamente as propriedades que mantinham penhoradas (v. 5c) e que também parassem de cobrar de seus devedores judeus o centésimo do dinheiro (provavelmente um por cento ao mês, ou 12 por cento ao ano, como a “centésima” dos romanos). Assim seus “irmãos” teriam uma possibilidade de começar a pagar o principal.
5:12, 13. E os fiz jurar. Tal como Esdras antes dele (Ed. 10:5), Neemias insistiu em confirmar promessas verbais com juramento administrado pelos sacerdotes. Desta vez foi enfatizado por um ato simbólico descritivo de advertência contra os transgressores (cons. Atos 18:6), e confirmado por um “amém” de toda a congregação, cuja maior parte sem dúvida estava se beneficiando com esta reforma atrasada.
5:14. Nem eu nem meus irmãos comemos o pão devido ao governador. Exatamente antes do término de seu primeiro período administrativo de governador da Judéia (cons. 13:6), Neemias fez lembrar que por doze anos (444-432 A.C.), por causa da pobreza que prevalecia (v. 18), nem ele nem os da sua casa exigiram os safados a que tinham direito de receber do povo. Embora rico, o governador sacrificara muito em favor de Israel.
5:15. Mas os primeiros governadores... oprimiram o povo. Esses foram provavelmente persas que não temiam a Deus (cons. 15c). Podemos ter a certeza de que ele não estava se referindo a Zorobabel Quarenta siclos de prata. “Isto (como os juros do v. 11) provavelmente se refere ao mês. Os primeiros governadores recebiam o sustento de 480 siclos por ano de salário. Os 480 siclos seriam apenas US$ 360 em prata; mas isto devia representar um grande salário oficial segundo os valores daquele tempo” (Howard Crosby, Lange's Commentary on the Holy Scriptures, in loc.).
5:16. Terra nenhuma compramos. Neemias cooperou com a obra dos muros e não impôs hipotecas sobre terras por meio de empréstimo de dinheiro ou sementes (v. 10).
5:17. Neemias recebia à mesa, regularmente, 150 convivas, além daqueles judeus que retomavam das nações ao redor e que não encontravam lugar para viver na cidade. Tudo isso saia do seu próprio bobo. A rainha Jezabel recebia 400 profetas de Asera “em sua mesa”, isto é, ela os sustentava (I Reis 18:19).
5:18. Um boi e seis ovelhas. Compare com I Reis 4: 22, 23, onde se registra que Salomão servia trinta bois e cem ovelhas diariamente. Os tempos estavam realmente mudados!
5:19. Lembra-te de mim para meu bem, ó nosso Deus. Cons, 13:14, 22, 31.
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