Estudo sobre Lucas 4

Estudo sobre Lucas 4



A tentação (4.1-13)
A experiência do batismo, que confirma a missão e a posição de Messias de Jesus, é seguida imediatamente pela experiência da tentação no deserto. Impelido ao deserto pelo Espírito Santo por um período considerável, ali ele jejua e luta contra as sugestões de Satanás: (a) de usar o seu poder sobrenatural para a satisfação de suas necessidades puramente materiais ao transformar pedras em pão; (b) de conquistar o coração dos homens por meio de concessões, ao fazer um acordo com o adversário; (c) de testar o poder e a disposição de Deus para protegê-lo ao se envolver numa escapada insensata e irrefletida, mergulhando da parte mais alta do templo. Ao ser confrontado com as palavras das Escrituras, Satanás desiste da disputa por um tempo e se retira.
Alguns estudiosos vêem nas três tentações uma referência a opiniões políticas contemporâneas. A primeira tentação é comparada à política dos herodianos, que tentavam manter o povo tranqüilo com doações de comida, panem et circenses. Os aristocratas saduceus estavam dispostos a cooperar com as autoridades romanas para firmarem a sua própria posição; os fariseus fixavam as suas esperanças pelo cumprimento das suas aspirações nacionalistas em uma intervenção miraculosa do próprio Deus.
Marcos conta a história de forma muito abreviada, sem detalhar as três formas específicas que a tentação assumiu. A sua descrição introdutória da provação é mais intensa do que a de Mateus ou Lucas: “Logo após, o Espírito o impeliu ao deserto” — Mateus e Lucas usam um verbo mais suave, foi levado.
Tanto Mateus quanto Lucas dão um relato detalhado das tentações em si, mas em ordem diferente (a segunda e a terceira de Mateus são a terceira e a segunda de Lucas respectivamente). Isso não precisa ser considerado uma contradição. É uma intensa experiência espiritual que está sendo descrita, durando mais de seis semanas, é e razoável supor que essas três linhas de ataque tenham sido adotadas e intensificadas durante todo o período. Além disso, enquanto Mt 4.2 sugere que as tentações seguiram o jejum, Marcos e Lucas dão a impressão de que jejum e tentação foram simultâneos. O que é importante observar é como, após as energias físicas de nosso Senhor terem sido drenadas completamente por seu jejum e pela batalha espiritual, Satanás sugeriu caminhos mais fáceis de conquistar o coração dos homens e de cumprir sua missão do que o caminho da cruz que estava diante dele.
De onde os discípulos e os autores dos evangelhos extraíram o seu conhecimento dessa experiência? Evidentemente, como parece, do próprio Senhor. “Após o batismo”, diz A. M. Hunter (The Work and Words of Jesus, 1950, p. 38), “segue, como algo apropriado psicologicamente, a tentação [...]. Como sabemos alguma coisa acerca disso? Durante ‘quarenta dias’ — um número oriental arredondado —, ele esteve sozinho. Obviamente, a história da tentação é uma parte da auto-biografia espiritual contada aos discípulos pelo próprio Jesus, com a total simplicidade com que uma mãe judia poderia tê-la contado a uma criança judia. Podemos ter certeza de que nenhum cristão posterior teria inventado tal história”.
v. 2. durante quarenta dias: Talvez um “número oriental arredondado”, como sugere Hunter, mas é interessante que a mesma expressão é usada em associação com Moisés e Elias, que ambos jejuaram quarenta dias (Dt 9.9; lRs 19.8).
v. 3. “Se és o Filho de Deus, manda esta pedra transformar-se em pão A estratégia do Diabo é muito sutil. Ele desafia Jesus não só a satisfazer a fome, como também a fundamentar sua reivindicação de ser o Filho de Deus. W. Manson (p. 37) mostra ainda que dar de comer ao seu povo era um dos sinais esperados do Messias; em Is 49.10, a promessa “Não terão fome nem sede” faz parte do plano divino de salvação, enquanto em Jo 6.30ss ele é desafiado a provar que é o Messias ao providenciar pão do céu como Moisés o tinha feito. v. 4. Nem só de pão viverá o homem: Citado de Dt 8.3. v. 5. todos os reinos do mundo..:. Embora o “príncipe deste mundo” (Jo 14,30) tenha ocupado temporariamente a sua posição, a autoridade e o esplendor que ele oferecera já haviam sido prometidos ao Messias e tinham de ser pedidos a ele: “Pede-me, e te darei as nações como herança, e os confins da terra como tua propriedade” (SI 2.8). Essa promessa deve ter se fixado bem na mente de Jesus desde que a voz no batismo tinha citado as palavras anteriores: “Tu és o meu Filho amado” (Lc 3.21; SI 2.7). O que pertencia a Deus e só este poderia dar, ele não aceitaria de nenhum outro. v. 8. Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto. Citado de Dt 6.13. Nenhum ser criado poderia exigir ou receber o que pertencia exclusivamente a Deus. A ACF inclui as palavras: “Vai-te para trás de mim, Satanás” (cf. tb. a ARC), mas elas são omitidas nas versões mais recentes em virtude de falta de apoio textual nos manuscritos. Não é uma questão de se Jesus pronunciou essas palavras ou não; sabemos, com base em Mt 4.10, que ele o fez. Elas são omitidas na ARA e na NVI porque a evidência de que tenham feito parte do texto original de Lucas é desprezível. Um escriba as inseriu posteriormente para fazer o versículo concordar com o texto de Mateus, v. 9. na parte mais alta do templo-. Um ponto de vista moderno interessante diz: “Muito provavelmente, no canto sudeste do pátio dos gentios. Esse canto estava aproximadamente a cem metros acima do vale do Cedrom, e Josefo afirma que qualquer pessoa que ficasse em pé ali poderia sentir vertigem. Por isso, as palavras de Satanás são especialmente relevantes: atira-te daqui abaixo, porque está escrito: ‘mandará que os seus anjos cuidem de ti; eles te segurarão pela mão, por temor de que teu pé se choque contra alguma pedra’ ” (A. Parrot, The Temple of Jerusalem, T.I., 1957, p. 86). Mas esse ponto de vista inclui algumas dificuldades: o único motivo de se atirar seria conseguir adeptos, o que não ocorrería se ele se atirasse fora da área do templo.
v. 9-11. Em seu terceiro ataque, Satanás não somente retornou ao escárnio Se és o Filho de Deus (cf. v. 3), como também reforçou a sua sugestão com uma alusão ao AT (SI 91.11,
12). Mas é interessante observar que ele omite de sua citação as palavras “em todos os seus caminhos”, assim mudando uma regra geral de vida para uma oportunidade específica, e isso claramente contra a vontade de Deus. v. 12. Novamente a resposta do nosso Senhor vem de Deuteronômio, aqui de 6.16. E impressionante observar que suas três respostas ao tentador são extraídas de um contexto tão voltado para uma situação em que Deus testa Israel (Dt 8.2) e também em que Israel põe Deus à prova (Dt 6.16) no deserto. O reconhecimento dele por parte do Pai como seu Filho foi suficiente para este verdadeiro israelita. Ele não iria pôr Deus à prova ao demonstrar com um milagre que estava falando sério.

IV. O RETORNO À GALILÉIA (4.14—8.56)
O relato do ministério na Galileia em geral segue o esboço de Marcos, embora haja alguns trechos que não estão em Marcos. A tabela a seguir mostra como os dois podem ser comparados:
Lucas omite um trecho longo de Marcos depois da multiplicação dos pães para os 5 mil (Mc 6.45—8.26), de modo que o terceiro Evangelho não inclui o fato de Jesus ter andado sobre a água, o trecho anti-fariseus muito importante da profanação em Mc 7.123 e a história da mulher siro-fenícia. Os estudiosos têm discutido em muitos detalhes essa omissão. Alguns viram razões de Lucas ter preferido não incluir alguns ou todos esses trechos; outros (mais improvavelmente, talvez) pensam que a fonte de Lucas era uma cópia deteriorada de Marcos na qual estava faltando essa parte. Se, por outro lado, o ponto de vista de Streeter segundo o qual o material de Marcos foi acrescentado ao Proto-Lucas (v. artigo “O evangelho quádruplo”, p. 1.072) for correto, Lucas saberia quanto de Marcos ele podia usar e, ainda assim, fazer o seu evangelho caber num rolo-padrão de papiro.
1)    A chegada à Galileia (4.14,15)
V. comentário de Mc 1.14,15 ad loc.
2)    A sinagoga em Nazaré (4.16-30)
Jesus vem a Nazaré e, no sábado, participa da cerimônia na sinagoga. Em conformidade com o costume, ele foi convidado a ler e comentar a leitura do trecho do dia que está nos profetas. Ele anuncia que a promessa messiânica se tornou agora um cumprimento presente; está claro que os seus ouvintes estão profundamente impressionados. Mas, quando ele diz também que os gentios devem compartilhar dessa bênção, como aliás faziam já nos tempos do AT, a multidão explode em violência, e há uma tentativa mal-sucedida de matá-lo.
Esse episódio, desde o tempo de Agostinho, é considerado o mesmo registrado em Mc 6.1-6/Mt 13.53-58. Se esse for o caso, surge a pergunta por que Lucas o colocou num estágio diferente do registrado pelos outros sinópticos. Todo esse problema é discutido minuciosamente por N. B. Stonehouse, The Witness of Luke to Christ, p. 70-76, ao qual remetemos o leitor. Aqui é suficiente dizer que esse incidente marcou o início do ministério na Galileia; por outro lado, ele menciona (v. 23) que a notícia do que ele tinha feito em Gafarnaum já havia chegado a Nazaré. O resumo de Stonehouse é que “a atividade em Nazaré e em Cafarnaum é apresentada como ilustrativa do ministério de pregação e ensino de Jesus como um todo”. Geldenhuys (p. 170) comenta: “Porque se encaixou tão bem com o esquema de Lucas, ele o colocou primeiro, sem pretender que o episódio fosse primeiro também cronologicamente”.
A cena na sinagoga: Um relato interessante acerca da sinagoga e seu culto é apresentado por Edersheim, The Life and Times of Jesus the Messiah, v. I, p. 430-50. Depois de uma liturgia introdutória incluindo uma série de orações e “bênçãos”, seguia um conjunto de leituras preestabelecidas do AT em conformidade com um lecionário regular. Eram designados leitores para as diversas porções; se estivesse presente um rabino visitante ou pessoa de alguma distinção, a cortesia exigia que essa pessoa fosse convidada a fazer a leitura, talvez a Haftará, a leitura dos profetas, e a fazer um discurso que tradicionalmente concluía, às vezes, com alguma referência às esperanças messiânicas de Israel.
O sermão na sinagoga e seus efeitos: A cena registrada na sinagoga de Nazaré segue esse padrão. Jesus tinha crescido na cidade (v. 16), e já era considerado um pregador em Cafarnaum (v. 23). Em conformidade com isso, foi chamado a ler a Haftará. Ele escolheu os primeiros versículos de Is 61.
Ao expor o trecho, afirmou que na profecia messiânica estava havendo um cumprimento visível naquele momento. Os seus ouvintes ficaram profundamente impressionados, mas parece que não favoravelmente; eles estavam admirados com as palavras de graça que saíam de seus lábios (v. 22), embora haja também um tom de admiração incrédula: “Não é este o filho de José?” (v. 22). Mas o seu discurso se desenvolveu de uma forma que eles não previram; quando ouviram isso, ficaram ressentidos. Jesus disse que se eles não conseguiam crer era porque Nenhum profeta é aceito em sua terra (v. 24), e era por isso que Elias e Eliseu tinham realizado milagres para estrangeiros, embora muitos judeus daqueles dias tivessem as mesmas necessidades que Naamã e a mulher de Sarepta tinham (v. 25ss).
Essa reviravolta na mensagem suscitou a ira deles; um homem a quem eles estavam dispostos a dar ouvidos como a um de seus pares estava considerando leprosos e gentios superiores a eles. Na sua fúria, a congregação tentou executar justiça sumária com a lei do linchamento. “Jesus quase não conseguiu escapar com vida. Qualquer outro provavelmente teria sido morto ali no ato por essa turba violenta e irada. Mas a sua hora não havia chegado ainda [...] Um dia, ele não passaria por entre eles novamente. A multidão irada iria continuar cercando-o até matá-lo” (Moorman, The Path to Glory, 1960, p. 47).
v. 20. assistente. Ou hazan, “uma espécie de sacristão na sinagoga judaica”, aos cuidados de quem estavam os livros sagrados (NBD). Ele também fazia as vezes de professor das crianças menores e, durante o culto, tinha a responsabilidade de ordenar os rolos para que estivessem prontos no lugar certo para as leituras, v. 22. palavras de graça-, Não tanto palavras de favor ou misericórdia, mas que, antes, sugerem uma personalidade atraente e bela. v. 23. este provérbio-. Algumas versões trazem “parábola”, gr. para-bolê, de um verbo que significa “pôr as coisas lado a lado”, uma comparação. No NT, a palavra é usada tanto para significar uma breve história descritiva quanto, como aqui, um simples provérbio que “esclarece o ouvinte ao lhe apresentar ilustrações interessantes, das quais ele pode extrair para seu benefício verdades morais e religiosas” (NBD). o que ouvimos que fizeste-, E uma alusão clara aos milagres, dos quais circulavam notícias. Os milagres do evangelho são considerados não meramente atos compassivos do Grande
Médico, mas os sinais visíveis de que a era messiânica havia chegado. O Reino de Deus não é somente uma ordem moral reformada realizada pela cooperação humana, mas uma intervenção divina. Nos profetas do AT, sinais e milagres devem acompanhar a vinda do reino (e.g., Is 35.5,6; Ml 4.2 etc.). “O ministério de cura de Jesus, como também a pregação do Reino de Deus”, diz A. Richardson, comentando esse trecho, “são aqui apresentados como a manifestação da atividade do Espírito, que deveria ocorrer no final dos tempos, no ano aceitável do Senhor” (The Miracle-Stories of the Gospels, 1941, p. 40). v.
25,26. Acerca de Elias e da viúva de Sarepta, v. lRs 17.9ss v. 27. Acerca da purificação de Naamã, o sírio, no tempo de Eliseu, o profetav. 2Rs 5. v. 30. retirou-se-. Nenhum dos evangelhos registra qualquer visita subsequente do nosso Senhor a Nazaré.
3) Um dia de trabalho (4.31-41)
Depois dos relatos do que aconteceu em Nazaré, Lucas, seguindo o esboço de Marcos, registra a atividade do nosso Senhor no sábado em Cafarnaum, em que aparentemente Jesus estabeleceu seu quartel-general. Em um único sábado, ele ensina na sinagoga, cura um homem possesso por demônio, visita a casa de Pedro e cura a sua sogra, e depois do pôr-do-sol. Terminado o sábado, e tendo os homens o direito de descansar depois do culto e do trabalho necessário do dia, ele se dedica à cura dos doentes e endemoninhados da região. Se a sua atividade era tal no dia de descanso e até durante as horas de descanso, o que então não deveria fazer num dia normal de trabalho?
Marcos, que omite o incidente em Nazaré (embora haja uma referência possível a ele mais tarde, Mc 6.1-6), começa seu relato do ministério com uma série de cinco incidentes em que Jesus faz declarações acerca da sua autoridade que certamente suscitam a ira dos interesses religiosos da época; não é de surpreender que essas cinco histórias sejam seguidas de cinco histórias de “conflito”, em que sua autoridade é questionada. As histórias acerca da “autoridade” em Marcos são:
(a) 1.16-20. Discipulado-. Jesus reivindica a autoridade de chamar os homens a abrir mão do seu trabalho diário para segui-lo.
(b) 1.21,22. Ensino: Ele ensina com sua autoridade, e não — como os escribas — com uma autoridade derivada de precedentes. “Vemos o resultado final desse tom de segunda mão servil nas minúcias fatigantes do Talmude” (F. W. Farrar, Luke, CBSC, p. 107).
(c)  1.23-28. Espíritos imundos-. Ele usa a autoridade para exorcizar demônios.
(d) 1.29-34. Doença-. Ele exerce sua autoridade sobre a doença e a enfermidade, tanto individual (sogra de Pedro) quanto de forma coletiva nas curas após o pôr-do-sol.
(e) 1.39-45. Lepra: Ele revela que a sua autoridade se estende até a temida lepra, o flagelo aparentemente incurável dos seus dias.
Lucas omite o primeiro desses episódios, supostamente porque ele vai tratar do chamado dos discípulos de forma mais abrangente em relação com sua história, não registrada por Marcos, da pesca miraculosa (5.1-11), mas as outras ele narra de forma tão semelhante à de Marcos que parece claro que Marcos foi a sua fonte. Em concordância com isso, remetemos o leitor ao comentário de Marcos para notas mais detalhadas. A quinta das histórias de Marcos é encontrada em Lc 5; as do presente capítulos são:
Ensino na sinagoga: Lc 4.31,32; Mc 1.21,22.
Cura na sinagoga: Lc 4.33-37; Mc 1.23-27.
A sogra de Pedro: Lc 4.38,39; Mc 1.29-31.
Curas gerais após o pôr-do-sol: Lc 4.40,41; Mc 1.32-34.

4) Viajando e pregando (4.42-44)
Uma breve nota nos conta que, apesar do apelo dos habitantes de Cafarnaum para que ficasse (como foi diferente a atitude do povo de Nazaré!). Jesus prossegue na sua jornada e prega nas sinagogas de outras cidades. V. comentário de Mc 1.35-38.
v. 42. Temos aqui um exemplo interessante da impossibilidade de encaixarmos os evangelhos em estruturas inflexíveis. Como já foi mencionado nas observações introdutórias, Lucas nos dá mais vislumbres do Cristo que ora do que qualquer outro evangelista; mesmo assim, aqui ele omite o ponto enfático de que Jesus foi ao deserto para orar. v. 44. nas sinagogas da Judéia\ A melhor evidência dos manuscritos apóia essa leitura, como também a ARA. Mas a ARC e a AGF seguem o texto recebido e trazem “da Gali-léia”, que na superfície parece mais razoável. Isso parece a tentativa de um escriba de corrigir o que ele achava ser um erro na cópia que estava fazendo. Aliás, “Judeia” era um termo usado com freqüência como referência à terra dos judeus de forma geral, e não somente à província com esse nome.

5) Milagres e discursos (5.1—6.11)
A característica marcante dessa seção é a crescente hostilidade dos fariseus, logo após as declarações sinceras e o sucesso que resultou do seu ensino. Sua autoridade até sobre a natureza, demonstrada na pesca maravilhosa, parece ser o fato decisivo que leva Si-mão e os filhos de Zebedeu ao discipulado; a notícia da cura de um leproso leva grandes multidões a ouvi-lo para serem curadas. E nesse ponto que aparecem os fariseus e mestres da lei procedentes de todos os povoados da Ga-liléia, da Judêia e de Jerusalém (5.17), sem dúvida para descobrir exatamente o que estava acontecendo. Eles encontram farto material de que se queixar: Ele de fato declara que os pecados de um homem estão perdoados, se associa com cobradores de impostos e prostitutas, não impõe o jejum aos seus discípulos nem os censura por colherem espigas de trigo no sábado. Até ele mesmo cura no sábado. Todas essas coisas constituem ofensas contra o sistema de observâncias e regulamentos que eles sobrepuseram à Lei de Deus.

Índice: Lucas 1 Lucas 2 Lucas 3 Lucas 4 Lucas 5 Lucas 6 Lucas 7 Lucas 8 Lucas 9 Lucas 10 Lucas 11 Lucas 12 Lucas 13 Lucas 14 Lucas 15 Lucas 16 Lucas 17 Lucas 18 Lucas 19 Lucas 20 Lucas 21 Lucas 22 Lucas 23 Lucas 24