Ezequiel 15 e 16 — Comentário Devocional

Ezequiel 15 e 16

15.1ss As mensagens nos caps. 15—17 forneceram evidências adicionais de que Deus destruiria Jerusalém. A primeira era sobre uma vinha, inútil a princípio, e mais ainda depois de ser queimada. As pessoas de Jerusalém eram inúteis para Deus por causa de sua idolatria, por isso seriam destruídas e suas cidades queima das. Você se tornou apático e infrutífero para Deus? Como pode começar a cumprir o plano que Ele tem para a sua vida? Isaías também comparou a nação de Israel a uma vinha (ver Is 5.1-7).

16.1ss Essa mensagem lembrou Jerusalém de sua antiga condição de menosprezo no meio das nações canaanitas. Usando a imagem de um bebê que cresceu até se tornar uma mulher. Deus lembrou Jerusalém que Ele a havia elevado de um estado humilde à grande glória de ser a sua noiva. Porém, ela traiu a confiança de Deus e prostituiu-se, buscando alianças com as nações pagas e adotando os seus costumes. Se colocarmos Deus de lado em qualquer aspecto de nossa vida, mesmo que se trate de nossa educação, família, carreira ou prazer, estaremos, da mesma maneira, abandonando-o.

16.3 Canaã era o nome do território ocupado pelos israelitas. Na Bíblia, frequentemente esse nome foi usado para designar as nações pagãs e corruptas da região. Os amorreus e os heteus, dois povos cananeus, eram conhecidos por sua maldade. Mas aqui Deus lembrou que o seu povo não é melhor do que os cananeus.

16.15 Deus se importava com Judá e a amava, desejando afastá-la de outras nações e de falsos deuses. Judá chegou à maturidade e tornou-se famosa, mas esqueceu-se daquEle que lhe dera a vida (E7 16.22). Este é um retrato do adultério espiritual (que implica apostasia, afastar-se do verdadeiro Deus, negar a fé). Ao tornar-se mais sábio e maduro, não se afaste daquEle que verdadeiramente o ama!

16.20, 21 O sacrifício de crianças era praticado pelos cananeus muito antes de Israel invadir Canaá, mas havia sido estritamente proibido por Deus (Lv 20.1-3). Na época de Ezequiel, porém, as pessoas sacrificavam seus filhos ao deus Quemos (2 Rs 16.3; 21.6). Jeremias falou acerca desta prática em seu livro (Jr 7.31; 32.35). Por causa de tal prática perversa do povo judeu, o Templo se tornou impróprio para a habitação de Deus. Quando o Senhor deixou o Templo, Judá ficou sem guia e protetor.

16.27 A conduta dos judeus era tão lasciva que até aqueles que adoravam outros deuses, inclusive seus grandes inimigos, os filisteus, teriam vergonha de comportar-se de tal modo. Os judeus os excederam em maldade.

16.44-52 A cidade de Sodoma, um símbolo de total corrupção, foi completamente destruída por Deus devido à sua maldade (Gn 19.24,25). Samaria, a capital do Reino do Norte (Israel), era menosprezada e rejeitada por Judá. Ser chamada irmã de Samaria e de Sodoma era muito ruim para Judá, mas ser considerada mais perversa do que estas significava que seus pecados eram uma abominação indizível e que sua destruição era inevitável. Judá foi considerada pior do que Samaria e Sodoma não pelo lato de seus pecados serem piores, mas porque conhecia melhor o Senhor. Desta forma, nós que vivemos em uma época em que a Palavra de Deus é clara e acessível, seremos piores que Judá se continuarmos em pecado (ver Mt 11.20-24).

16.49 É fácil julgar e condenar Sodoma, especialmente por seus terríveis pecados sexuais. Ezequiel lembrou a Judá, porém, que Sodoma foi destruída por causa de seu orgulho, preguiça, glutonaria e falta de preocupação com os pobres e necessitados. E fácil sermos seletivos naquilo que consideramos como pecados graves. Se não cometermos pecados como adultério, homossexualidade, roubo e assassinato, podemos até pensar que estamos vivendo suficientemente bem, mas e os pecados como orgulho, preguiça, glutonaria e indiferença para com os necessitados? Estes podem não ser tão chocantes para você como os outros, mas também são proibidos e condenados por Deus.

16.59-63 Embora os judeus tivessem quebrado seus veios e não merecessem nada mais do que o castigo, Deus não quebra ria suas promessas. Se voltassem, Ele os perdoaria novamente e renovaria sua aliança. Esta foi efetivada quando Jesus pagou pelos pecados cie todos ao morrer na cruz (Hb 10.8-10). Ninguém está fora do alcance do perdão de Deus. Embora não mereçamos qualquer coisa, exceto o castigo por nossos pecados, os braços de Deus ainda estão estendidos. Ele não quebrará sua promessa de dar-nos a salvação e o perdão, se nos arre pendermos e voltarmos para Ele.

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