Romanos 9 — Comentário Devocional

Romanos 9

Romanos 9 investiga a soberania de Deus ao escolher Israel e indivíduos para Seus propósitos. Também aborda o conceito da misericórdia e do endurecimento de Deus. Aqui estão algumas aplicações de vida baseadas em Romanos 9:

1. Reconheça a Soberania de Deus:
Romanos 9 sublinha a soberania de Deus na escolha e execução do Seu plano divino. Aplicação para a vida: Abrace a verdade de que Deus está no controle de todas as coisas. Confie em Sua sabedoria e soberania, mesmo quando você não entende totalmente Seus caminhos.

2. Humildade na compreensão:
Ao lidar com questões teológicas profundas, como as levantadas em Romanos 9, aborde-as com humildade. Aplicação na vida: Reconheça que alguns aspectos do plano de Deus podem estar além da compreensão humana. Confie na bondade de Deus, mesmo quando Seus caminhos parecem misteriosos.

3. Misericórdia e Endurecimento de Deus:
Reflita sobre os conceitos da misericórdia e do endurecimento de Deus encontrados em Romanos 9:14-18. Aplicação para a vida: Entenda que a misericórdia de Deus é concedida gratuitamente e Seu endurecimento é justo. Confie na Sua justiça e continue a buscar Sua misericórdia através da fé em Cristo.

4. Oração pelos perdidos:
Romanos 9:1-3 mostra a profunda preocupação de Paulo pela salvação dos seus irmãos israelitas. Aplicação para a vida: Seja fervoroso em oração pela salvação daqueles que não conhecem a Cristo, assim como Paulo orou por seu povo. Interceda para que seus corações sejam abertos ao evangelho.

5. Busca da Justiça pela Fé:
Romanos 9:30-33 contrasta buscar a justiça pela fé versus buscá-la pelas obras da lei. Aplicação para a vida: Abrace a verdade de que a justiça é encontrada na fé em Cristo, e não em nossos próprios esforços. Confie em Jesus como sua justiça e salvação.

6. Compartilhando o Evangelho:
Deixe que a discussão sobre a soberania de Deus em Romanos 9 o motive a compartilhar o evangelho com ousadia. Reconheça que Deus está ativamente chamando as pessoas para Si mesmo e que você tem um papel a desempenhar na proclamação de Sua mensagem.

7. Seja grato pelo chamado de Deus:
Se você chegou à fé em Cristo, considere isso um dom e um chamado de Deus (Romanos 9:24). Aplicação para a vida: Seja grato pela graça de Deus ao escolher você e responda vivendo uma vida que O honre.

8. Compaixão pelos outros:
Reflita sobre a compaixão de Paulo pela salvação de outros em Romanos 9:3-4. Aplicação para a vida: Desenvolva um coração compassivo por aqueles que estão espiritualmente perdidos. Procure oportunidades para compartilhar com eles o amor de Cristo e a mensagem de salvação.

9. Confie na Justiça de Deus:
Romanos 9:14-18 destaca a justiça de Deus ao mostrar misericórdia e endurecer os corações. Aplicação para a vida: Confie no perfeito julgamento e justiça de Deus. Reconheça que Suas ações são sempre corretas e justas.

10. Unidade em Cristo:
Apesar das diferenças e dos debates sobre a soberania de Deus, lembre-se que os crentes estão unidos em Cristo. Aplicação para a vida: Abraçar a unidade entre irmãos crentes, concentrando-se na fé compartilhada em Jesus que nos une, em vez de divergências teológicas.

Ao contemplar os temas de Romanos 9, procure aprofundar a sua confiança na sabedoria e justiça de Deus, crescer na compaixão pelos perdidos e viver a sua fé em Cristo com humildade e gratidão.

Devocional

9.1-3 Paulo expressou sua preocupação com seus irmãos judeus, ao dizer que estava disposto a assumir o castigo deles se isso pudesse salvá-los. Embora o único que possa salvar-nos seja Cristo, Paulo demonstrou um raro amor. Como Jesus, o apóstolo estava disposto a sacrificar-se para que outros pudessem ser salvos. Quanto você se preocupa com aqueles que não conhecem a Cristo? Para levar essas pessoas a Jesus, você está disposto a sacrificar seu tempo, dinheiro, conforto, sua energia e segurança?

9.4 Os judeus acreditavam que a escolha de Israel por parte de Deus fosse uma adoção. Eles não tinham quaisquer direitos como filhos naturais, não mereciam tais benefícios. No entanto. Deus os adotou e concedeu-lhes a condição de serem feitos filhos.

9.6 A palavra de Deus foi dada a Abraão como uma maravilhosa promessa. O povo da aliança, os verdadeiros filhos de Abraão, não é formado apenas pelos descendentes biológicos do patriarca, e sim por todos aqueles que confiam em Deus e no que Jesus Cristo fez por eles (ver 2.29; Gl 3.7)

9.11 Os judeus se orgulhavam de serem descendentes de Isaque, cuja mãe era Sara. a legítima esposa de Abraão, e não de Ismael, filhe de Agar. uma serva de Sara. Paulo declarou que ninguém pode afirmar ler sido escolhido por Deus por causa de sua herança biológica ou de suas boas obras. Deus escolhe livremente quem deseja salvar. A doutrina da eleição ensina que esta é a soberana preferência divina. O Senhor nos salva por sua bondade e misericórdia, não por nossos méritos.

9.12-14 Deus estava certo ao preferir Jacó ao primogênito Esaú? O texto Deus em Malaquias 1.2,3 — “Eu vos amei, diz o Senhor; mas vós dizeis: Em que nos amaste? Não foi Esaú irmão de Jacó? — disse o Senhor: todavia, amei a Jacó e aborreci a Esaú” - refere-se às nações de Israel e Edom, não propriamente aos dois irmãos. Em outras palavras, Deus estava dizendo aos judeus: “Mostrei meu amor por vocês ao amar Jacó. Esaú era irmão de Jacó. mas eu o rejeitei”. Deus escolheu Jacó para continuar a linhagem da família dos fiéis, porque sabia que seu coração era voltado para Ele. Mas isso não impedia que Esaú continuasse a conhecer a Deus e a amá-lo. Não se esqueça de algumas características fundamentais do Deus a quem adoramos: Ele é soberano, mas não arbitrário; em todas as coisas, opera para o nosso bem; Ele é confiável e salvará todos os que nEle creem. Entendendo essas qualidades divinas, saberemos que as escolhas dEle são as melhores, mesmo que não compreendamos todas as suas razões.

9.17, 18 Paulo mencionou o texto em Êxodo 9.16, em que Deus predisse como o Faraó seria usado para que o poder divino fosse manifestado a todos, a fim de mostrar que a salvação é uma obra de Deus, não de pessoas. O juízo de Deus quanto ao pecado do Faraó consistiu em endurecer-lhe coração, para que ele confirmasse sua desobediência e fosse castigado por sua rebelião.

9.21 Com essa alegoria, Paulo não disse que uns são mais dignos que outros, mas que o Criador exerce controle sobre toda sua criação. Portanto, a criatura não tem direito de exigir nada de seu Criador, visto que sua existência depende dEle. Essa perspectiva elimina qualquer tentação de nos orgulharmos por conquistas pessoais.

9.25, 26 Cerca de 700 anos antes do nascimento de Jesus. Oseias revelou que Deus tinha a intenção de restaurar o seu povo. Paulo viu na profecia de Oseias a intenção divina de trazer os gentios para a sua família, depois que os judeus rejeitaram o piano de salvação. Romanos 9.25 e uma citação do texto em Oseias 2.23, e Romanos 9.26, de Oseias 1.10.

9.27-29 Isaías profetizou que uns poucos judeus seriam salvos. Paulo percebeu que isso acontecia em todas as cidades onde pregava. Embora procurasse primeiro os judeus, apenas alguns aceitaram as Boas Novas. Romanos 9.27,28 refere-se a Isaías 10.22,23, e Romanos 9.29, a Isaías 1.9.

9.31-33 Às vezes, assemelhamo-nos a essas pessoas, quando tentamos ser agradáveis a Deus apenas observando suas leis. Podemos pensar que frequentar a igreja, testemunhar, ofertar e ter um comportamento gentil com os outros é o suficiente, afinal, cumprimos todas as regras. Mas as palavras de Paulo são claras: isso não basta! Paulo explicou que o plano de salvação não é para aqueles que tentam alcançar o favor de Deus por serem bons; é para os que perceberam que nunca poderão ser suficientemente bons. que dependem de Cristo. Podemos ser salvos somente colocando nossa fé na obra que foi realizada por Jesus Cristo. Se assim fizermos, nunca ficaremos desapontados.

9.32 Os judeus tinham um objetivo muito digno: honrar a Deus. Mas procuraram conquistá-lo da maneira errada: por uma rigorosa e dolorosa obediência à lei. Assim, alguns se tornaram mais dedicados à lei do que a Deus. Acreditavam que se obedecessem-na, Deus teria de aceita-los como seu povo. Mas o Senhor não pode ser controlado. Os judeus não perceberam que as Escrituras ensinam que a salvação depende da fé, não do esforço humano (ver Gn 15.6).

9.32 A “Pedra” na qual os judeus tropeçaram é Jesus. Não creram no Messias porque não correspondia às expectativas que tinham em relação a Ele. Ainda hoje, algumas pessoas tropeçam em Cristo porque a salvação pela fé não faz qualquer sentido para elas. Pensam que devem descobrir seu caminho até Deus ou que Deus vai desconsiderar os pecados que praticaram. Outros tropeçam em Cristo porque os valores divinos são opostos aos mundanos. Ele pede humildade, porém muitos não estão dispostos a humilharem-se em sua presença. O Senhor exige obediência, mas a maioria se recusa a colocar sua vontade à disposição dEle.

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