Estudo sobre Romanos 10:5

Romanos 10:5

Pelo que se evidencia, Lv 18.5 constituiu para Paulo uma importante porta de entrada para desenvolver sua mensagem sobre a fé. Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela. Conduzidos pela nossa tradição protestante, questionamos de imediato o vínculo que aparece aqui com o agir humano e o denegrimos. Pensamos que já é esse o mal, que a devoção à lei e a fé se contrapõem como praticar algo e não praticar nada. Contudo, as pessoas e também os cristãos estão agindo sem cessar, e de acordo com Paulo cabe-lhes realizar boas obras, porque um dia a totalidade de suas ações comparecerá perante o tribunal de Deus. Nisso, pois, concorda com o AT e com os judaístas. Ao contrário do judaísmo, porém, Paulo insiste no sentido pleno da palavra, na reivindicação totalitária da lei: estas coisas, todas elas, e não só essa ou aquela, de vez em quando! Ele cita enfaticamente Gl 3.10: “permanecer em todas as coisas (rc)”. Deus não está exigindo algo impossível, mas ele exige exatamente aquilo que o ser humano, que está sob a soberania do pecado, não quer. Não quer pertencer integralmente a Deus. É esse o nosso caso. Sob essas condições, a lei depois de Moisés não foi dada para a vida, mas entra em vigor como força de maldição – mesmo que haja uma quantidade de boas obras! Disso, porém, não se deve concluir que a promessa: “esse viverá por ela!” não tenha sido séria. No entanto, agora a lei é uma grandeza não cumprida, que aponta para longe de si e que espera. Seu objetivo é Cristo!

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