Estudo sobre Romanos 12:6

Romanos 12:6

Se profecia, seja. Aqui, como de forma geral, a profecia encontra-se no primeiro lugar da lista de dádivas, pertencendo, portanto, à provisão básica de cada igreja. Ocorre que nossas idéias a respeito dela foram fortemente estreitadas em comparação com a multiformidade do profetismo e o rico material no AT e no NT. Há profetismo contra a vontade pessoal ou como impulso súbito da parte de qualquer membro da igreja, mas também vinculado a pessoas, de modo que se chega a uma definição fixa para “profeta”. A verdadeira força propulsora do profetismo no NT é o testemunho vivo de Jesus (Ap 19.10), que corrige e edifica espiritualmente a igreja (1Co 14.3). Em relação ao seu conteúdo, a profecia dispõe de um campo vasto: retrospecto sobre o passado, visão sobre o presente, perspectiva para o futuro. Ela revela a visão de Deus sobre coisas ocultas ao ouvinte individual, a uma igreja inteira, ou a um povo todo, de forma que o profeta fala “de acordo com os oráculos de Deus” (1Pe 4.11). Essa dádiva sublime ou até suprema (1Co 14.1) também está singularmente ameaçada pela conformação com o mundo. Por isso, o tema do profetismo falso e da necessidade de examiná-lo ocupa toda a Escritura Sagrada (cf “examinar” no v. 2). Aqui, portanto, a exortação: por favor, seja segundo a proporção (correta) da fé, i. é, no âmbito do conteúdo da fé transmitida, assim como é pressuposta de forma consistente em Rm. O profeta poderia abandonar a base da fé, entregar-se a suas próprias excrescências psíquicas e intelectuais (2Co 4.5). Porém, os verdadeiros profetas estão sujeitos aos apóstolos enquanto garantidores da tradição de Jesus. Seu evangelho rege as mais elevadas e brilhantes capacidades dentro da comunidade cristã. De acordo com Gl 1.8, o próprio Paulo se enquadrava nesse padrão.

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