Estudo sobre Romanos 12:9-10
Romanos 12:9-10
Tão logo um cristão realmente pratica o que crê, ele estará exercendo o amor. Foi o que Paulo já constatou em Gl 5.6b. É aquele amor que não se orienta pelo que é digno de amor, mas que responde à misericórdia de Deus (v. 1). É sob esse aspecto que ele rompe com os modelos de comportamento da era presente (v. 2). Porém o amor pode decair para uma mera encenação cristã. Quando ele é desempenhado unicamente por meio de expressão facial e saudação, uma igreja inteira cai no comportamento inautêntico e mascarado. Visto que isso a alienaria consideravelmente de sua essência, o NT exorta incansavelmente para a veracidade do amora. O amor seja sem hipocrisia. As exclamações seguintes mostram o amor na sua consistência: Detestai o mal. Amor verdadeiro deixa claro do que ele – por amor! – abre mão (1Co 13.6). E apegando-vos ao bem. O bem é, conforme o v. 2, a “boa, perfeita e agradável” vontade de Deus. Cabe-nos estar incondicionalmente “grudados”26 a ele. A imagem condutora é a coesão numa boa família. Sede amavelmente fiéis uns aos outros no amor fraternal, no empenho recíproco uns pelos outros. A profundidade que esse engajamento alcança é demonstrada pelo convite preferindo-vos em honra uns aos outros, “prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios” (nvi). Não se tem em mente a honra que compete a um cargo ou uma categoria, mas a honra que devemos tributar a cada membro como criatura de valor inestimável. Estabelecer exceções nessa honra (Tg 2.1-9) não somente constitui culpa contra o céu, mas também um grave peso para aquele que é tratado com desdém. Ser honrado, fruir da dignidade humana é condição básica para que cada ser humano de fato possa continuar vivendo. Quando esse aspecto é abreviado, a ânsia por fama toma conta.
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