Estudo sobre Apocalipse 9:15-16

Estudo sobre Apocalipse 9:15-16

Estudo sobre Apocalipse 9:15-16

Apocalipse 9:15-16

Entretanto, quem são os quatro anjos atados no Eufrates? O próximo versículo os descreve exaustivamente: Foram, então, soltos os quatro anjos que se achavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano, para que matassem a terça parte dos homens (“da humanidade” [blh, nvi]). Não devemos introduzir nesse texto algemas, correntes e prisão, para chegar à conclusão de que não se pode tratar de anjos bons de Deus. Olhando mais detidamente, obtemos o seguinte quadro: há muito os quatro anjos castigadores estão preparados para abrir as comportas, para que as águas do juízo tenham livre fluxo. Mas as mãos deles ainda estão atadas (cf. Ap 9.14). O fato de terem sido soltos agora representa a liberação da ação punitiva no prazo previsto por Deus.

Um prazo de peso gravíssimo! Com extraordinário cuidado João o descreve (à semelhança de Zc 1.7; Ag 1.15): para a hora, o dia, o mês e o ano. De quatro maneiras o tempo é firmemente determinado, não podendo de forma alguma ser deslocado. Contudo, também a contundência desse juízo ainda é aparada: somente a terça parte da humanidade é atingida por ele.

Assim como a menção do Eufrates não estava interessada na geografia, tão pouco o dado seguinte serve à estatística. Eu ouvi o seu número, informa João, assim como fez em Ap 7.4. Novamente é um número que fornece informação sobre a natureza de uma grandeza visualizada. O número dos exércitos da cavalaria era de vinte mil vezes dez milhares (“E o número das tropas de cavalaria era: duas vezes miríades de miríades” [tradução do autor]). A miríade (dez mil) constituía no idioma grego o limite da contagem. Como tal ela adquiria facilmente o significado de infinitamente grande. Também nisso reside uma conotação sobrenatural. Pela duplicação das miríades a informação praticamente se eleva ao cúmulo. Dessa maneira, essas miríades são contrapostas às miríades de anjos de Ap 5.11, os exércitos da desgraça aos da graça, as torrentes de demônios às multidões de espíritos servidores.

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Apocalipse 9:15-16