Comentário de João 9:8-10
9:8 - Os visinhos, portanto, e os que tinham visto… Pois parecia que o homem cego não era um estranho, alguém que veio de outro país para mendigar; mas um nativo de Jerusalém, que tinha por muito tempo vivido na vizinhança, e era bem conhecido como ele era.
Que ele era cego;… A cópia Alexandrina, e um dos exemplares de Beza, e a versão da Vulgata Latina leem, “que era um mendigo”’com a qual concorda as versões Siríaca, Árabe e Etíope: portanto eles:
Diziam: não é este aquele que ficava sentado e mendigava? Eles, particularmente, tomam nota da posição que ele mendigava; ele não estava deitado, como o homem aleijado em Atos 3:2; nem ia ele de porta em porta, como outros costumavam fazer, mas ele sentava em determinado lugar, como os homens cegos geralmente faziam; veja Mat. 20:30.
9:9 - Alguns diziam: é ele,… É o mesmo homem que era cego e mendigava:
Outros [diziam];… Em uma das cópias de Beza é acrescentado “não”, e assim leem as versões da Vulgata Latina, e todas as versões Orientais; embora eles admitissem e dissessem:
É parecido com ele. Essa conversa dos vizinhos com respeito ao homem cego que recuperou a visão, se assemelha a conversa que geralmente acontece com parentes, conhecidos e visinhos, quando alguém que pertence a eles é chamado pela graça, e convertido, dizendo: o que aconteceu com este? ele está louco ou melancólico? Ele não é o homem que era: ele não é o mesmo; é ele ou é outro? O que houve com ele?
[mas] ele disse: sou eu;... E assim colocou um fim na disputa entre eles, por seu reconhecimento franco, de que ele era um homem cego, e depois eles conheceram o mendigo como tal: assim pessoas iluminadas pelo Espírito de Deus, e efetualmente chamados pela sua graça, estão sempre prontos para reconhecerem o que eles eram antes da conversão, quão podres, cegos, e miseráveis criaturas eles eram: Mateus admite ele mesmo ser um publicano; e Paulo confessa que ele era um blasfemador e um perseguidor, e uma pessoas injuriosa, e o pior dos pecadores.
9:10 - Portanto, disse eles a ele,… Quando o caso foi estabelecido, e quando estava fora de questão quem era o homem.
Como foram abertos os teus olhos? Ou feitos capazes de enxergar: eles podiam muito bem fazer essa pergunta, visto que uma coisa como esta nunca tinha sido conhecida antes, que uma pessoa nascida cega recebesse visão.