Apocalipse 13 Comentado


Apocalipse 13 Comentado


COMENTADO, 13, APOCALIPSE, LIVRO
13.2 Esse monstro é uma composição dos retratos de Daniel de antigos poderes políticos (ver Dn 7.2-7).

13.3-4 Uma de suas cabeças... ferida de morte é uma paródia do Cordeiro. 0 símbolo representa impérios ou imperadores individuais.

13.5 É foi-lhe dada... blasfêmias pelo dragão. Deu-se-lhe poder por Deus (v. 7), sobre aqueles que "habitam sobre a terra" (vs. 7-8; ver nota em 3.10). Quarenta e dois meses: Ver nota em 11.2.

13.6-8 Blasfêmia é uma fala desrespeitosa que chama o que é humano de “divino”, o que é mau de “bom” e o que é bom de “mau”. Seu nome é o caráter de Deus revelado na Pessoa do Senhor Jesus Cristo. E também pode ser traduzido por “mesmo” ou “isto é”. Seu tabernáculo, e dos que habitam no céu é o povo de Deus, a Igreja. Eles não são aqueles que habitam sobre a terra (v. 8; ver nota em 3.10).

13.7 Ver nota em 11.7.
13.8 O livro da vida é o registro de Deus sobre os redimidos. Ver nota em 3.5. Desde a fundação do mundo refere-se a antes da criação (1 Pe 1.20). A outra besta (v. 11) é o falso profeta. Ele serve de porta-voz do anticristo. Ele se faz de verdadeiro profeta, mas dirige as pessoas a adorar a primeira besta (vs. 12-14). É interessante observar que o sinal mais significativo do anticristo é atribuído ao falso profeta, isto é, o selar fisicamente com o sinal... da besta, seu número... seiscentos e sessenta e seis (v. 18).

13.16 Ver a seção 1 de Verdade em Ação, no final de Apocalipse.

13.9-10 As palavras de julgamento sobre Judá (ver Jr 15.2-3) tornaram-se palavras de conselho e estímulo. Os perseguidos devem manter uma confiança paciente em Deus para realizar seus propósitos, e não devem adotar os métodos da besta e do dragão.

13.10 Ver a seção 2 de Verdade em Ação, no final de Apocalipse. 13.11-18 Outra besta, identificada como o falso profeta (16.13; 19.20; 20.10), é semelhante a um cordeiro, um símbolo do sacerdócio do culto imperial, impondo a adoração de César, realizando grandes sinais (v. 13) como mágica demoníaca e ventriloquia, que enganava aqueles que habitam na terra (v. 14); o culto imperial surgiu pela primeira vez na Ásia provincial. O sinal (v. 16) é uma imitação do “selo do Deus vivo” (7.2-4), validando a lealdade de um cidadão para com o imperador.

13.18 Como nem a língua grega nem a hebraica possuíam um sistema numérico separado, as letras de seus alfabetos continham valor numérico. Portanto, o simbólico número da besta é a soma dos valores numéricos das letras de seu nome. O monstro pode ser o último de muitos falsos messias (ver Mt 24.24; Mc 13.22) a surgir na história que manifeste o espírito do anticristo. (Ver 1 Jo 2.18-19,22; 4.3; 2Jo 7.) O dragão desenvolveu uma trindade forjada em seu conflito espiritual contra a Igreja (ver Introdução a Apocalipse: Conteúdo). Oposto a isso está a realidade da Trindade-Unidade: Deus, o Pai que envia seu filho, o Cordeiro, que derrama seu Espírito Santo e sela seus santos, representados pela mulher e seus filhos, que habitam no céu e cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro. O conflito espiritual e a tribulação continuarão até a segunda vinda de Cristo.

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: Nos vs. 1-18, os dispensacionalistas vêem a emergência da besta e de seu falso profeta. Essa fase da história mundial será caracterizada pelas seguintes condições: 1) Um soberano mundial é habilitado por Satanás (vs. 2,4); 2) ele e Satanás compartilham do louvor e adulação da maior parte do mundo (vs. 4,8,12,15); 3) o governante surge como o poder militar definitivo (v. 4); 4) seu poder e autoridade se estenderam por toda a terra (v. 7); 5) ele atormenta e persegue todos aqueles cuja fé está em Jesus Cristo (vs. 6-7).

A besta (v. 1) é o anticristo. Ele é o último grande governante dos poderes gentios do mundo. Subir do mar (v. 1) simboliza sua saída de acontecimentos políticos caóticos (ver Is 7.20). Ele está em completa rebelião contra o verdadeiro Deus e certamente se equipara ao governante satânico de Dn 7. A ferida de morte (v. 3), que dizem ter sido curada, provavelmente se refira à ressurreição de uma forma imperial de governo que se imaginava extinta.