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Novo Testamento Comentado

Apocalipse 6 Comentado


Apocalipse 6 Comentado


COMENTADO, APOCALIPSE, LIVRO, 6
6.1— 8.1 Os selos: O livro não pode ser desenrolado até todos os selos serem abertos. As visões de Zacarias dos quatro cavaleiros que patrulham a terra (ver Zc 1.8-10; 6.1-7) podem ter sido criativamente utilizadas aqui. Uma leitura textual alternativa em grego, Vem!, que é uma ordem endereçada a cada um dos cavaleiros, é preferida por muitos ao invés de vem e vê, dirigida, aqui, a João. Aquele um no trono está no controle completo das trágicas consequências do pecado na história e as usa para realizar seus objetivos (Ez 14.21).

6.1-2 Muitos vêem o cavaleiro no cavalo branco como o símbolo da política de poder internacional na forma de conquista militar. Outros vêem o cavalo branco como Cristo continuando a se mover triunfante através de sua Igreja, lutando contra o sofrimento dos acontecimentos seguintes, vitorioso em meio à tribulação e para vencer definitivamente todo o mal (19.11 —ver 19.1-16).

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: Os dispensacionalistas vêem o v. 1 como o começo da grande tribulação, e o cavaleiro do cavalo branco (v. 2) como um cristo falsificado cavalgando para ganhar a adulação e submissão do mundo (ver Dn 7.7).

6.3-4 O cavaleiro no cavalo vermelho é o símbolo da guerra e luta civil.

6.5-6 O cavaleiro no cavalo preto é o símbolo de transtorno econômico. O problema não é a fome, mas a inflação e a escassez. Um dinheiro era o salário diário de um trabalhador, que normalmente compraria oito vezes a quantidade de trigo e cevada sob tais condições. 0 azeite e o vinho, símbolos de luxo, provavelmente signifiquem que a fome é encarada como limitada. Ela não representa a fome mundial e violenta.

6.7-8 Amarelo, uma cor amarelo-esverdeada, representa a doença e a morte. Inferno: 0 túmulo. A quarta parte: O alcance da devastação é limitado.

6.9-11 Debaixo do altar: Em sacrifícios antigos, o sangue, que simbolizava a vida, era derramado na base do altar. João viu as almas de todos os cristãos mártires até a época da escrita do Apocalipse e, por implicação, até a segunda vinda de Cristo. Eles estavam orando pela defesa da justiça de Deus, e não por vingança. 0s que habitam sobre a terra: Ver nota em 3.10. Veste branca representa pureza e vitória. Repousassem ainda um pouco de tempo: Deus retarda pacientemente o Juízo Final para dar aos malfeitores a oportunidade de se arrependerem, mesmo que seus santos continuem sofrendo. Deus está preocupado com a justiça, mas ainda mais com a misericórdia. Os cinco selos se referem ao conflito e conquista militar, guerra civil, transtorno econômico, pestilência, assassinato, acidentes e perseguições (ver Lc 21.9).

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: As almas martirizadas representam parte dos santos da grande tribulação. Parece óbvio que todos aqueles que recebem Jesus Cristo durante essa época são martirizados, exceto o restante de Israel, que está selado para proteção. Ver notas em 7.4-8 e 7.9-16, “Interpretação Dispensacionalista”.

6.12-17 O sexto selo descreve uma catástrofe cósmica inconcebível à mente humana; ele não deve ser literalmente interpretado. Sete estruturas da criação e sete classes de homens são afetadas (ver Hb 12.27; Lc 23.27-30; Is 2.2,17; Os 10.8). Isso parece ser o último Dia do Senhor, o grande Dia da sua ira. Ver nota em 0b 15. Mas há seus precursores em sublevações sociais e na ascensão e queda de impérios e civilizações por toda a história. Caí... escondei-nos: Os não salvos não se arrependem, mas “oram” é “natureza” por libertação. A questão quem poderá subsistir é respondida nas duas visões do interlúdio.

6.17 O grande Dia da sua ira: A visão do “arrebatamento pré-ira” vê a promessa de ITs 4.17 e Ap 4.10 como sendo cumprida pouco antes desse acontecimento. A Igreja é “mantida longe” dessa hora de julgamento consumado sobre a terra, mas é apresentada durante os segmentos mais próximos da grande tribulação (6.1-12), de acordo com as palavras de Jesus em Mt 24.29-31.