Apocalipse 4 Comentado


Apocalipse 4 Comentado





APOCALIPSE 4, ESTUDO, COMENTADO
4.1—5.14 As visões registradas nestes capítulos preparam para a abertura dos sete selos declarando o poder de Deus como Criador e o amor de Deus como redentor.

4.1 Uma porta aberta no céu é a porta da revelação profética. A primeira voz era a do Senhor Jesus Cristo (1.10). 0 Senhor intimou João para subir a fim de que ele pudesse receber uma perspectiva celestial das coisas que depois destas devem acontecer na terra. João não registrou os acontecimentos em ordem cronológica. As recorrências de Depois destas coisas (por exemplo, v. 1; 7.1,9) e frases como “E vi...” (10.1), “E foi-me...” (11.1), e “viu-se um grande sinal...” (12.1) referem-se apenas à sequência que João recebia as visões. É o mesmo que se encontra entre todos os profetas bíblicos, que escrevem quando têm uma visão (por exemplo, Is 6.1; Jr 25.1; Ez 20.1). A ordem em que eles relatam a visão profética não pretende necessariamente sugerir uma ordem sequencial com os acontecimentos ou cumprimento.

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: Esta divisão de capítulos é crítica para a interpretação da parte restante de Apocalipse. Ver nota em 1.19. João escutando uma trombeta e sendo ordena do a subir ao trono são vistos como símbolos do arrebatamento da Igreja antes da grande tribulação. (Ver nota em 3.10, “Interpretação Dispensacionalista”. Essa interpretação vê a partida da Igreja para o céu neste ponto [4.1] como o motivo de a palavra "igreja" não aparecer de novo até 22.16. Visões alternativas sobre o momento do arrebatamento são observadas em 6.17 e 19.14.)

4.2 Logo fui arrebatado em espírito denota um estado de sensibilidade espiritual aguçada (1.10). O um assentado no trono é identificado no v. 8 como Deus, que é descrito não em forma, mas em termos de brilho e glória (ver Ez 1.16-28).

4.3 Jaspe é provavelmente um diamante (ver 21.11), sugerindo pureza ou santidade. Sardónica é cornalina, de um vermelho profundo, retratando a ira vingativa de Deus. Esmeralda é verde, a cor dominante de um arco celeste, simbolizando misericórdia (Gn 9.12-15).

4.4 Vinte e quatro tronos são representantes celestes de todos os redimidos, glorificados e entronados, que adoram continuamente. Vestes brancas simboliza a pureza. As coroas sugerem vitória e alegria, e não autoridade política.

4.5 Relâmpagos e trovões descrevem o poder impressionante e maravilhoso de Deus. Sete lâmpadas de fogo representam os sete Espíritos de Deus, o Espírito Santo. Ver nota em 1.4.

4.6 Mar de vidro, semelhante ao cristal denota a inacessibilidade e majestade de Deus (ver Êx 24.10; Ez 1.26). Quatro animais são querubins, o mais alto nível de seres celestiais; eles representam todas as forças vitais da criação cuja função primária é louvar. Cheios de olhos simboliza a atenção ininterrupta.

4.7 Os quatro símbolos sugerem coragem, força, inteligência e velocidade majestosas no serviço ao Criador. Não há base bíblica para a tradição que atribui esses símbolos aos quatro evangelhos.

4.8 A santidade, onipotência e eternidade de Deus são elogiadas nestes primeiros de 20 corais, que interpretam o significado de muitas das visões por todo o Apocalipse.

4.9-11 Os vinte e quatro anciãos reconhecem reverentemente aquele de quem fluem todas as bênçãos e se juntam em um louvor antifônico a Deus como Criador. Ver nota no v. 4.

A INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA vê nos vs. 4-11 provas de que a Igreja está a salvo da grande tribulação, uma vez que esses anciãos, que eram vistos como representantes dos fiéis vencedores da Igreja, já estão glorificados, entronados e coroados (ver 3.10; Jo 5.24; ITs 1.1-10; 5.1-11).