Apocalipse 18 e 19 Comentado


Apocalipse 18 e 19 Comentado


COMENTADO, APOCALIPSE, 18 E 1918.1—19.10 Sete vozes descrevem a queda da Babilônia como um fato realizado, algumas em agradecimento e outras em lamentação. No NT, a Babilônia é um símbolo da humanidade pecadora e sua capacidade de auto-ilusão, ambição, orgulho pecaminoso e depravação demoníaca. Portanto, ela representa a cultura mundial em rebelião contra Deus. A Babilônia está em contraste com a Igreja como uma sociedade que persegue o povo de Deus e, portanto, será inevitavelmente destruída.

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: A Babilônia em 18.1-24 representa o sistema mundial satânico em todo seu comercialismo ímpio, econômico e industrial em contraste com o que as forças religiosas apóstatas dos últimos dias que ela simboliza no cap. 17. Ver notas em 17.1-6, “Interpretação Dispensacionalista”.

18.9-10 As vozes dos reis, que estão aliados com Roma, lamentam a queda da forte cidade.

18.11-20 As vozes dos mercadores lamentam com egoísmo a perda de seu comércio e mercados.

18.21 Grande mó é uma ação simbólica profética indicando destruição total (ver Jr 51.63-64; Lc 17.2).

19.1-6 A voz de uma grande multidão exulta com o triunfo da justiça e da verdade. A palavra Aleluia (“louve o Senhor”) ocorre somente nesta passagem do NT.

19.6-10 A voz de uma grande multidão anuncia as bodas do Cordeiro. Mais uma vez, isso não é sequencial; a consumação do Reino, já prolepticamente anunciada em 11.15, é mais uma vez anunciada.

19.7 No AT (ver Is 54.1-6; 0s 2.19; 11.8-9), Israel recebe o nome de esposa de Deus, mas no NT (Ef 5.23-32) essa metáfora é transferida para a Igreja.

19.8 Dado... fino linho: Pela graça de Deus. As justiças: 0s bons atos que são frutos de ser justificado pela fé em Jesus Cristo.

19.9 Ceia das bodas do Cordeiro é a comunhão da bem-aventurança eterna, prenunciada pela Ceia do Senhor, ao invés de uma refeição literal.

19.10 A tentação de João de louvar o anjo, repetida para ênfase (22.8-9), adverte que a idolatria pode surgir dentro da Igreja quando o mensageiro (ou mesmo a mensagem) é idolatrado. A essência de toda a profecia genuína é seu testemunho de Jesus, o testemunho que conduz a ele.

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: A ceia das bodas do Cordeiro (vs. 7-10), uma verdadeira refeição no céu, é a manifestação final do casamento de Cristo e sua esposa. Isso culmina com o relacionamento inicial deles, assemelhado a um noivado, que era uma disposição legal na cultura judaica. Isso sucede a vinda de Cristo como esposo no arrebatamento da Igreja antes da grande tribulação e precede sua volta sete anos depois para estabelecer seu Reino milenar.

19.11 O cavalo branco simboliza a vitória. Fiel e Verdadeiro descreve Jesus, cuja vitória final na peleja que estava por vir serve apenas para deixar claro àqueles "que habitam na terra" o que foi visto pelos olhos da fé em sua cruz e ressurreição. Seus padrões e métodos são qualitativamente diferentes daqueles do dragão e de seus aliados. Ele julga no tribunal da lei, e não no campo de batalha (ver Is 11.1-5). Ele conduz um conflito espiritual, e não militar.

19.12 Seus olhos: Ver nota em 1.14. Muitos diademas representam diademas ilimitados de autoridade soberana (11.15), superando de longe o número limitado usurpado pelo dragão (12.3) e pela besta (13.1). Nome escrito: Ver nota no v. 16. Ninguém sabia: A plenitude da Pessoa de Jesus está além da compreensão humana (ver 2.17; 3.12-13).

19.13 A veste de Cristo está salpicada com seu sangue expiatório, não de seus inimigos, uma vez que a batalha ainda não tinha acontecido. A Palavra de Deus: Jesus revela o caráter e propósito de Deus (ver Jo 1.1,14,18; 10.30; 14.9; 1 Jo 1.1).

19.14 Os exércitos que há no céu são santos glorificados descritos em termos semelhantes de pureza no v. 8. Isso é melhor visto como o momento do arrebatamento, quando a Igreja ascende triunfalmente para encontrar Cristo e os outros santos retornando (que morreram) no ar na volta dele. Ver notas no v. 11 e ITs 4.17. 0s santos arrebatados devem então retornar imediatamente à terra com Cristo e os outros. (Para uma visão alternativa sobre o momento do arrebatamento, ver nota em 4.1, “Interpretação Dispensacionalista”.)

19.15 A espada saindo da sua boca é a Palavra de Deus (ver Hb 4.12). Vara de ferro: Ver nota em 12.5. Pisa o lagar do vinho: ver 14.19-20.

19.16 Esse título impressionante (ver 17.14; Dt 10.17), obtido através da obra e vitória completadas na cruz (Fp 2.5-11), é a base de sua consumação da vitória sobre o dragão e seus aliados.

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: Nos vs. 11-16, Cristo deixa o céu com seus santos e anjos antes da destruição pelas forças da besta. Ele luta por Israel para consumar a Batalha do Armagedom. Ver Dn 2.34-35; Jl 3.9-16; Zc 12.1-9; 14.1-4; Mt 24.27-30.

A volta de Cristo à terra (v. 11) é vista como literal e pré-milenar (ver nota em 20.1-8). É apocalíptica, necessária para inaugurar a fase seguinte de seu Reino. Embora a natureza simbólica da linguagem profética da Bíblia dificulte a determinação exata do que estará exalando da terra, está claro que o anticristo estará governando com destruição, e a volta de Cristo o destruirá. Ver nota nos vs. 19-21.

19.17-21 A vitória é anunciada antes que a batalha aconteça (vs. 17- 18). Aves de caça são convidadas para uma festa espantosa, um contraste solene com a ceia das bodas do Cordeiro (ver Ez 39.17-20). O breve relato da batalha final nos vs. 19-21 é quase anticlimática. A besta (ver 13.1-10) e o falso profeta (ver 13.11-17) são capturados e lançados vivos no ardente lago de fogo (ver 20.14; Dn 7.11). Seus aliados são assassinados pela palavra do Senhor, que tem poderes para superar todo o mal. O princípio ensinado aqui se aplica a todas as gerações. Qualquer sistema que se coloque em oposição a Cristo está fadado à derrota.

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: A Batalha do Armagedom: Ver nota em 16.12-16, “Interpretação Dispensacionalista”. A oeste da Jordânia, na planície de Jezreel chamada Megido, as forças militares da besta e do falso profeta serão completamente destruídas pela volta de Cristo. O anti-semitismo alcançará um nível jamais visto anteriormente na história. Os reis da terra se juntarão em grande número contra Israel. Apenas a volta de Cristo à terra os destrói (verZc 12.1-9; 14.1-4).

A besta (vs. 19-20), um homem, não um computador ou sistema governamental, é o mesmo poder da “outra ponta pequena” de Dn 7.8, do “assolador” de Dn 9.27, da “abominação da desolação” de Mt 24.15 e do “iníquo” de 2Ts 2.8. Apesar de destruída, ela não está aniquilada.