Apocalipse 20 Comentado


Apocalipse 20 Comentado




20.1-8 NOTA EDITORIAL: Há basicamente duas posições amplas relacionadas ao Reino de Cristo durante seu período de 1.000 anos, ou milênio. A visão premilenista sustenta que, após a vitória do cap. 19, Cristo estabelecerá um Reino precoce e reinará com os santos ressuscitados com paz e justiça por 1.000 anos, o que pode ser um período literal, ou simbolizar um período indeterminado. No final deste período, Satanás comandará uma rebelião final que fracassará, e o mundo que está por vir começará.

A visão amilenista (também chamada milenar atual) sustenta que os 1.000 anos simbolizam o período entre os dois adventos de Cristo, sendo realizados completa ou progressivamente. Nesta visão, o Reino milenar é um Reino de santos espiritual, e não político, sendo realizado com Cristo agora, esteja o crente no céu ou na terra. Os quadros que começam na página???? elaboram e definem distinções entre essas visões e diferenças detalhadas de posição mesmo entre aqueles com duas linhas de pensamento.

20.1-3 O diabo, que habilitou a besta e o falso profeta, compartilha de seu destino. No primeiro estágio de seu julgamento, ele é amarrado por mil anos no abismo. Qualquer que seja a interpretação sobre o milênio, a verdade central da derrota de Satanás em estágios continua a mesma.

O objetivo da prisão do diabo é para que mais não engane as nações. Desde a época do primeiro advento de Jesus e do derramamento do Espírito Santo, não foi mais possível para Satanás manter o povo do mundo nas trevas sem disputas (Lc 2.29-32), uma vez que os discípulos proclamam o evangelho para “todas as nações” (ver Mt 28.18-20).

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: Descer do céu um anjo... prendeu o dragão significa que Satanás está operando na terra unicamente depois dos acontecimentos de 12.9. Ele está amarrado pelo período do milênio a fim de que Cristo possa estabelecer sua autoridade divina.

20.4-6 O plural tronos é usado somente quatro vezes em Apocalipse (ver 4.4; 11.16), e aqueles sentados neles sempre são os vinte e quatro anciãos, a quem foi dado o poder de julgar como representantes da Igreja no céu e na terra (ver Dn 7.9,22,27; Mt 19.28; Lc 22.30; Hb 12.1-2). Almas: A visão de um período anterior à ressurreição final (ICo 15.42-58). Degolados simboliza todos os mártires.

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: A primeira ressurreição inclui a ressurreição de 1) Jesus Cristo, 2) muitos santos mortos da época do AT (Mt 27.52-53), 3) os santos mortos da Igreja, 4) o arrebatamento dos santos vivos (ITs 4.16-17), e 5) aqueles que são martirizados por seu testemunho durante a grande tribulação.

20.7-10 0 desejo de Satanás é apressar o dia da batalha (v. 8) a fim de frustrar o propósito de Deus limitando o alcance de sua salvação (2Pe 3.8-10), mas ele está preso até que a soberania de Deus determine libertá-lo. Então ele fará um último esforço para destruir Cristo e seu povo. Quatro cantos denota alcance mundial. Em Ez 38—39, Gogue é o príncipe de Magogue. Eles representam governantes e povos que se aliam a Satanás em rebelião contra Deus. O arraial dos santos é a cidade amada, ou a "Nova Jerusalém" (21.2), a residência dos santos. Não há batalha militar. Há conflito espiritual, e o inimigo não consegue suportar o poder esmagador de Deus.

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: No final dos mil anos, Satanás será solto na terra de novo para enganar. Parece que muitos dos que se submeteram ao domínio de Cristo durante o milênio o fizeram sem compromisso interior para com sua autoridade. A derrota final de Satanás separa estes daqueles que se submeteram com sinceridade. Trata-se da última insurreição que o Senhor tolerará. Satanás será então lançado no lago de fogo e atormentado... sempre.

20.11-15 A história terminou, e só restou o Juízo Final para completar o drama da redenção. O Juízo Final se preocupa com os espiritualmente mortos, e não com os santos. Abriu-se... o livro da vida para revelar que os nomes dos mortos aparecem no mesmo. O “último inimigo” a ser destruído é a morte e o inferno, o domicílio temporário dos mortos até o Juízo Final. Eles são definitivamente tão impotentes quanto as outras forças do mal.

INTERPRETAÇÃO DISPENSACIONALISTA: Este julgamento (ys. 11-15) encerra o período milenar e abre o tempo vindouro. É o maior de todos os julgamentos, pois engloba todos os ímpios desde o início da história do homem. Jesus Cristo é aquele sentado em um grande trono branco, cumprindo Jo 5.22. Aqueles que são julgados se perdem porque recusaram a salvação de Cristo pela graça através da fé. Seu destino é a segunda morte.