Apocalipse 21 — Estudo Devocional

Apocalipse 21

21.1-8 um novo céu e uma nova terra. Este capítulo trata do estabelecimento de uma nova ordem universal, quando o velho é substituído pelo novo, a renovação de todas as coisas, a implantação de uma nova dimensão física e espiritual envolvendo o céu e a terra. No tempo presente já experimentamos um pouco dessa renovação, a partir do espírito humano contagiado pelo Espírito de Deus.

21.3 a morada de Deus está entre os seres humanos. Deus não será mais invisível (provavelmente porque nós agora poderemos suportar vê-lo), Ele finalmente poderá conviver conosco. Uma antecipação desse gozo é o convite para desde já termos prazer em estar na presença de Deus, deleitar-se em ler sua Palavra, meditar, orar, e contemplar como o Senhor faz com nossa vida um mosaico — dá a sua forma e pinta com as cores suaves do seu amor... a cor da bondade, misericórdia, compaixão, do amor ao próximo, expressão do amor a Deus, harmonia, equilíbrio, e vida saudável no Senhor. Tudo isso são manifestações da graça de Deus. O poder do Espírito Santo já habita em nós que cremos em Jesus, e sua manifestação está em vermos o que Deus está fazendo e nos juntarmos a ele. A esperança do salvo em Cristo é aumentada dia a dia e floresce em direção à eternidade. Pai, Filho e Espírito Santo têm nos proporcionado graça sobre graça.

O próprio Deus estará com eles. Esta é outra descrição do encontro do noivo com a noiva (19.5-9), que é a mais pura manifestação da intimidade de Deus com o povo de sua propriedade exclusiva, que gozará da legítima e empolgante intimidade com o “noivo Jesus”, na concretização das bodas do Cordeiro.

21.4 Ele enxugará... todas as lágrimas. Que preciosa e restauradora mensagem nos é assegurada por nosso amoroso Deus! Com essa esperança podemos suportar nossas dores, lágrimas e lutos, parte de nossa peregrinação no tempo das coisas velhas. Afinal nosso amado Deus, no tempo das coisas novas, estará ele mesmo conosco, nos consolando e cuidando. Temos vivido tempos pós-modernos de extrema desesperança e de grande desespero; tornamo-nos reféns de uma crescente onda de violência que se apresenta em todas as áreas de nossa vida: pessoal, profissional, social, interrelacional, familiar; até mesmo em muitas de nossas comunidades religiosas provamos o amargo fel das pequenas e grandes violências.

E é neste cenário de dúvidas, temores e ansiedades que nos é apresentada a mensagem da esperança que nos salva: nosso Deus, em sua excelsa graça, foi, é e sempre será nosso Bom Pastor e a razão pela qual não somos consumidos por nossos próprios descaminhos. A “nova cena” nos traz uma maior capacitação e força em nossas lutas, pois nela encontramos a certeza da presença do Deus de toda a esperança. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. A presença de Jesus com seu povo eliminará definitivamente o sofrimento humano. A vida não estará mais escravizada pela inclinação ao pecado, todos os traumas psicológicos, todo sentimento de culpa, inveja, ciúme, intriga, ódio, tristeza, amargura, todas as enfermidades e a própria morte estarão extintas. Este acontecimento estará numa dimensão indescritível, que olhos humanos jamais viram e a mente humana nem consegue representar adequadamente.

21.10-27 Ele me mostrou Jerusalém... que descia do céu. João termina com uma descrição de como essa “nova Jerusalém” se parecerá, com a prometida união da humanidade salva com o próprio Deus, acontecendo através de Jesus Cristo. Deus envia a nova Jerusalém, a Igreja, repleta de paz e de luz, arrumada e pronta para se encontrar com o noivo Jesus. Nada é mais sublime do que o encontro de uma noiva devidamente preparada com seu noivo. Na escatologia apocalíptica, o encontro de Jesus com sua Igreja está neste nível emocional. A nova terra recebe a Jerusalém celestial, que desce do céu fundamentada no amor.

21.5 Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e merecem confiança. Deus ordenou que João escrevesse para que essa visão profética ficasse gravada e perpetuada. Assim a revelação ultrapassa as visões e emoções do profeta e recebe o selo divino através da escrita, dando-Lhe plena confiabilidade da origem no Eterno Deus, que clareou, mostrou os acontecimentos por vir e inspirou o apóstolo para este registro.

21.6 Tudo está feito! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A primeira e a última letra do alfabeto indicam que o Senhor de todas as coisas, o Deus Todo-Poderoso, é a base para tudo o que está descrito no livro, e é ele quem dá, de graça, a verdadeira vida, vida de filho de Deus (veja Jo 1.12, nota).

21.8 Mas os covardes, os traidores. Tão certo quanto a dádiva da vida também é o castigo sobre toda maldade, com a morte definitiva, o lago de fogo. A ira de Deus se manifestará implacável sobre todos que não crerem no dom de Deus e, assim, preferirem continuar na prática da maldade.

21.12-14 com doze portões, guardados por doze anjos. A salvação abrange o povo da velha aliança e da nova aliança, que formarão um único povo — a verdadeira Igreja — representado pela Nova Jerusalém. Aqui são mencionados os doze patriarcas de Israel e também os doze apóstolos do Cordeiro, o mesmo povo de Deus representado pelos vinte e quatro líderes (4.10) e também os 144.000 marcados (14.1). A muralha ilustra a perfeita proteção a esse povo, fundamentada no ensino dos apóstolos.

21.22 Não vi nenhum templo na cidade. A morada da nova humanidade não precisará de templos religiosos, porque templos e catedrais são arquiteturas humanas que só têm valor para a atual ordem mundial, em que Deus não é pessoalmente visível.

21.23-26 A cidade não precisa de sol. A presença radiante de Jesus é a plena luz e, assim, a nova humanidade atrairá todos os tesouros e riquezas.

21.27 não entrará nada que seja impuro. Na Jerusalém celestial só entrarão os que tiveram sua maldade lavada pelo sangue do Cordeiro; assim a cidade será a morada dos santos.

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