João 11 — Exposição do Evangelho de João

João 11

11.4 ENFERMIDADE... PARA GLÓRIA DE DEUS. A enfermidade entre o povo de Deus nunca resultará na morte como estado final. A morte, por fim, será destruída pela ressurreição para a vida (vv. 25,26). A verdade conclusiva é que aqueles que creem em Cristo nunca morrerão (v. 26; ver o estudo A MORTE)

11.5 JESUS AMAVA A MARTA, E A SUA IRMÃ, E A LÁZARO. Aqui temos uma família que tinha uma dedicação genuína e forte a Jesus (v.2), que desfrutava de íntima comunhão com Ele (Lc 10.38-42), e que era especialmente amada por Ele (vv. 3-5). Apesar disso, Lázaro experimentou tristeza, aflição, enfermidade e morte. Hoje, essas aflições podem atingir os crentes fiéis a Deus; os seus escolhidos (ver o estudo O SOFRIMENTO DOS JUSTOS). As igrejas terão as Marias que perseveram em amorosa devoção ao Senhor; as Martas fiéis nas boas obras e os Lázaros que sofrem e morrem. Famílias desse tipo talvez exclamem: “Até quando te esquecerás de mim, Senhor?” (Sl 13.1; cf. Mt 27.46; Ap 6.10). Jesus declara que a demora dEle não é falta de amor, misericórdia, ou de compaixão e sim para a glória de Deus (v. 4) e do seu reino e para o sumo bem eterno dos que sofrem (vv. 15.23-26, 40-44)

11.6 FICOU AINDA DOIS DIAS. Jesus adiou sua ida para ir ver a família que amava (v. 6), a fim de fortalecer a fé, tanto deles, como dos discípulos, e para fazer-lhes um bem maior. Inicialmente, os atos de Jesus aparentemente indicam que Ele não estava interessado, nem compadecido pelo sofrimento deles. Não era nada disto, pois João destaca repetidas vezes que Jesus amava a família e compartilhava da sua tristeza (vv. 3,5,35). Jesus tinha um cronograma e um propósito diferentes daquilo que eles queriam. O cronograma e a vontade de Deus, quanto às nossas provações ou aflições, talvez sejam diferentes do nosso desejo. Deus nos atende de conformidade com a sua sabedoria e amor.

11.25,26 EU SOU A RESSURREIÇÃO. Para quem crê em Jesus, a morte física não é um fim trágico. É, pelo contrário, a admissão à vida eterna e abundante, e, à comunhão com Deus. “Viverá” refere-se à ressurreição; “nunca morrerá” (v. 26) significa que o crente terá um corpo novo, imortal e incorruptível (1 Co 15.42-54), que não poderá morrer, nem deteriorar-se (cf. Rm 8.10; 2 Co 4.16; ver o estudo A RESSURREIÇÃO DO CORPO)

11.33 MOVEU-SE MUITO EM ESPÍRITO. Este trecho revela o coração e os sentimentos de Jesus ao presenciar a dor e o sofrimento causados por todo tipo de males no mundo.

(1) O termo traduzido “comoveu-se profundamente” (gr. embrimaomai) geralmente denota ira. Isto significa que Jesus foi tomado de profunda tristeza e ira por causa de todo sofrimento causado pela morte, por Satanás e pelo pecado. Sua alma encheu-se, não de fria despreocupação, mas de ira contra o mal na sua luta em prol da salvação do homem (ver João 11.35 nota; 2.14-16; Mt 23.13 nota; Mt 21.12,13; Mc 11.15,17; Lc 19.45,46). (2) No caso do crente, da mesma forma, um dos sinais mais evidentes da obra de Deus na sua vida é que ele começa a ver como o pecado tem causado tanta desgraça, mágoa e sofrimento no mundo (cf. Gn 3.16-19; Rm 5.12). Ao mesmo tempo, o crente passará a sentir no coração a compaixão pelos sofredores e a repulsa pelo pecado. O crente fiel não poderá, de modo algum, ter prazer no pecado (ver Rm 1.32 nota; 2 Ts 2.12 nota; Hb 1.9 nota).

11.35 JESUS CHOROU. Neste pequeno versículo da Bíblia, está revelado o profundo pesar de Deus pelas tristezas do seu povo. O verbo “chorou” (gr. dakruo), indica que, a princípio, Jesus derramou lágrimas e a seguir pranteou em silêncio. Que esse fato seja um consolo para todos aqueles que sofrem. Cristo sente por você o mesmo pesar que Ele sentiu pelos parentes de Lázaro. Ele ama você de igual modo. E note-se que este versículo faz parte do livro da Bíblia que mais ressalta a divindade de Jesus. Aqui vemos Jesus, o Deus feito homem, i.e., o próprio Deus, chorando. Deus realmente tem amor profundo, emotivo e compassivo por você e pelos outros (Lc 19.41).

11.44 O DEFUNTO SAIU. O milagre da ressurreição de Lázaro foi um sinal indicador de que Jesus é a ressurreição e a vida. Foi uma demonstração daquilo que Deus fará com todos os crentes que morreram, pois eles, também, ressuscitarão dentre os mortos (14.3; 1 Ts 4.13-18). Esse milagre foi, ainda, o acontecimento culminante que levou os líderes judaicos a decidir que Jesus deveria morrer (João 11.45-53).

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