Lucas 17 — Comentário Devocional

Lucas 17

Lucas 17 contém ensinamentos de Jesus que enfatizam a fé, a humildade, a gratidão e a preparação. Aqui estão algumas lições que podem ser tiradas de Lucas 17:

1. Fé e Perdão: Jesus enfatiza o poder da fé para realizar curas milagrosas. Ele também ressalta a importância de perdoar os outros. Isso nos ensina sobre a conexão entre fé e perdão.

2. Atitude de Servidor: Jesus ensina que mesmo quando cumprimos nossos deveres, continuamos servos. Isto enfatiza a humildade e a atitude correta para servir a Deus.

3. Gratidão: Na história dos dez leprosos, apenas um retorna para agradecer a Jesus pela cura. Isso nos ensina a importância de expressar gratidão pelas bênçãos de Deus.

4. A Vinda do Reino: Jesus fala sobre a vinda do reino de Deus, ensinando sobre sua presença entre os crentes e a necessidade de estar vigilantes e preparados.

5. Os Dias do Filho do Homem: Jesus compara Seu retorno aos dias de Noé e Ló, ilustrando a rapidez de Sua vinda. Isso nos ensina sobre a prontidão para Sua segunda vinda.

6. Procurando sinais: Jesus adverte contra ser desencaminhado por falsos messias ou procurar sinais em lugares específicos. Isso nos ensina a focar em um relacionamento genuíno com Ele, em vez de em sinais externos.

Em resumo, Lucas 17 ensina lições sobre o poder da fé, a importância do perdão e da humildade, da gratidão, da presença do reino de Deus, da prontidão para o regresso de Cristo e da necessidade de nos concentrarmos num relacionamento genuíno com Ele.

Devocional

17.1-3 Jesus pode ter dirigido essa advertência aos líderes religiosos que ensinavam seus discípulos a serem hipócritas (ver Mt 23.15). Os fariseus perpetuavam um sistema maligno. Uma pessoa que ensina outras tem uma grande responsabilidade (Tg 3.1). Como o médico, o professor deve ter em mente este antigo juramento: “Em primeiro lugar, não causarei dano algum”.

17.3, 4 Repreender não significa apontar todos os pecados que vemos; significa trazer o pecado à atenção de uma pessoa com o propósito de restaurá-la a Deus e ao convívio com seus semelhantes. Quando você sentir que deve repreender outro cristão por um pecado, verifique sua atitude antes de falar. Você ama esta pessoa? Você está disposto a perdoar? A menos que a repreensão esteja ligada ao perdão, ela não ajudará a pessoa que estiver em pecado.

17.5-6 O pedido dos discípulos foi genuíno; queriam a fé necessária para que pudessem perdoar verdadeiramente. Mas Jesus não respondeu diretamente à pergunta deles, porque a quantidade de fé não é tão importante quanto a autenticidade. O que é a fé? É a confiança e a lealdade completa a Deus, que resulta em uma disposição de fazer a vontade dEle. A fé não é algo que usamos para encenar um show para os outros. É a obediência completa e humilde ã vontade de Deus, a prontidão para fazer qualquer coisa que Ele nos mande fazer. A quantidade de fé não é tão importante quanto o fato de ler fé no Deus Todo-poderoso.

17.6 Um grão de mostarda é pequeno, mas está vivo e pode crescer. Quase invisível a princípio, começara a expandir-se primeiro debaixo do chão, depois, tornar-se-á visível. Como um minúsculo grão, uma quantidade pequena de fé genuína em Deus germinará e crescerá. Embora cada mudança seja gradual e imperceptível, logo a fé terá produzido grandes resultados, e desarraigará e destruirá interesses conflitantes, como a lealdade a outras coisas ou pessoas. Nós não precisamos de mais fé; um minúsculo grão de fé em Deus será suficiente desde que esteja vivo e crescendo em nosso coração.

17.7-10 Se obedecemos a Deus, estamos apenas cumprindo o nosso dever: e devemos considerar isso um privilégio. Você às vezes sente que merece um crédito extra por servir a Deus? Lembre-se, a obediência não é algo a mais que fazemos: é nosso dever. Ao ensinar sobre a obrigação da obediência. Jesus não sugeriu que nosso serviço era sem sentido ou inútil, nem de fendeu o fim das recompensas. Ele combateu a vaidade injustificada e o orgulho espiritual.

17.11-14 Era exigido dos leprosos que ficassem afastados das demais pessoas e que anunciassem sua presença, caso tivessem de aproximar-se. Às vezes, a lepra regredia. Se um leproso percebesse que a doença havia desaparecido, deveria apresentar-se a um sacerdote que pudesse declará-lo limpo (Lv 14). Jesus enviou os dez leprosos ao sacerdote antes de serem efetivamente cura dos: e eles foram! Responderam com fé, e Jesus os curou enquanto estavam a caminho. Sua confiança em Deus é tão forte que você age conforme o que Ele diz antes mesmo de ver alguma evidência positiva?

17.16 Jesus curou todos os dez leprosos, mas só um retornou para agradecer. É possível receber grandes dádivas de Deus com um espírito ingrato; nove dos dez homens fizeram isso. Porém, somente o agradecido aprendeu que sua fé tinha representado um papel importante em sua cura. Semelhantemente, apenas os cristãos agradecidos crescem no entendimento da graça de Deus. E o Senhor usa a nossa reação para nos ensinar mais sobre Ele!

Aquele homem não era apenas um leproso; era também um samaritano, menosprezado pelos judeus por favor parte de um povo composto por mestiços e idólatras (ver a nota 10.33). Ao relatar a cura desse leproso, uma vez mais Lucas destacou que a graça de Deus é para todos.

17.20, 21 Os fariseus perguntaram a Jesus quando o Remo de Deus viria, não sabendo que já havia chegado. O Reino de Deus não é como um reino terreno, geografica e politicamente limitado. Começa com o trabalho do Espírito de Deus na vida e nos relacionamentos das pessoas. Assim, devemos evitar olhar para instituições ou programas em busca de evidências do progresso do Reino de Deus! Devemos procurar conhecer o que Deus está fazendo no coração das pessoas!

17.23, 24 Muitos reivindicarão ser o Messias, e outros tantos afirmarão que o Filho do homem já voltou; haverá pessoas que acreditarão em tais impostores. Jesus nos advertiu a nunca levarmos tais anúncios a sério, a despeito de quão convincentes possam parecer. Quando Jesus voltar, sua presença e seu poder serão evidentes a todos. Ninguém precisará divulgar esta mensagem porque todos o verão.

17.23-36 A vida transcorrerá como sempre no dia em que Cristo voltar. Não haverá qualquer aviso prévio. A maioria das pessoas estará em suas tarefas cotidianas, indiferentes as exigências de Deus. Serão surpreendidas pela volta de Cristo assim como a geração de Noé o foi pelo Dilúvio (Gn 6—8) e como foram os contemporâneos de Ló na destruição de Sodoma (Gn 19). Não sabemos quando Cristo voltará, mas temos certeza de que Ele está voltando! Pode ser hoje, amanhã ou daqui a alguns séculos; em algum momento no futuro. Mas, quando Ele voltar, deveremos estar moral e espiritualmente prontos. Viva como se Jesus estivesse voltando hoje!

17.26-35 Jesus nos advertiu contra a falsa segurança. Devemos abandonar os valores e as ligações com este mundo, a fim de estarmos prontos para o retorno de Cristo, que acontecerá de repente. Quando Ele vier, não haverá uma segunda chance; os fiéis serão tomados para estar com Ele para sempre, os demais serão deixados para trás.

17.37 Para responder à pergunta dos discípulos. Jesus citou um provérbio familiar. Um abutre voando não significa muito, mas um ajuntamento de abutres significa que há um cadáver por perto. Assim, um único sinal do fim pode não ser significativo, mas quando muitos sinais acontecerem, a sua segunda vinda estará próxima.

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