Lucas 18 — Comentário Devocional

Lucas 18

Lucas 18 apresenta ensinamentos de Jesus que enfocam a persistência na oração, a humildade, a fé infantil e o desafio da riqueza. Aqui estão algumas lições que podem ser tiradas de Lucas 18:

1. A Parábola da Viúva Persistente: Jesus ensina a importância da persistência na oração e de não desistir. Isto enfatiza a necessidade de nos aproximarmos de Deus com fé e persistência inabaláveis.

2. A Parábola do Fariseu e do Cobrador de Impostos: Esta parábola contrasta a humildade do cobrador de impostos com a justiça própria do fariseu. Nos ensina sobre a importância de um coração humilde diante de Deus.

3. Abençoando as Crianças: Jesus enfatiza o valor da fé infantil e a importância de acolher e valorizar aqueles que são marginalizados.

4. O Governante Rico: A história do governante rico destaca o desafio da riqueza e o custo do discipulado. Nos ensina sobre a necessidade de entregar tudo para seguir a Cristo.

5. Jesus Prediz Sua Morte: Jesus prediz Sua iminente morte e ressurreição. Isto nos ensina sobre Sua missão e sacrifício pela humanidade.

6. O Mendigo Cego: A história do mendigo cego Bartimeu ilustra a importância da fé persistente e da confiança em Jesus para a cura.

Em resumo, Lucas 18 ensina lições sobre persistência na oração, humildade, fé infantil, o desafio da riqueza, o custo do discipulado, a missão de Jesus e o significado da confiança inabalável Nele.

Devocional

18.1 Perseverar em oração e não desistir não significa promover sessões intermináveis de orações repetitivas. A constância na oração significa manter nossos pedidos continuamente diante de Deus, enquanto vivemos para Ele a cada dia. crendo que nos responderá. Ao vivermos pela fé, não devemos desistir. Deus pode demorar para responder, mas essa demora sempre tem boas razões. Quando perseveramos em oração, crescemos em caráter, fé e esperança.

18.3 As viúvas e os órfãos estavam entre as pessoas mais vulneráveis do povo de Deus, e tanto os profetas do AT quanto os apóstolos do NT insistiram para que esses necessitados recebessem o cuidado de que precisavam. Para saber mais sobre o cuidado divino com os necessitados, veja Êxodo 22.22-24; Isaías 1.17; I Timóteo 5.3; Tiago 1.27.

18.6, 7 Se um juiz que não temia a Deus respondeu a uma pressão constante, quanto mais uni Deus tão grande e tão amo roso responderá às nossas súplicas. Se sabemos que Ele nos ama, podemos crer que ouvirá os nossos pedidos de ajuda.

18.10 As pessoas que viviam nas proximidades de Jerusalém iam frequentemente ao Templo para orar. O Templo era o principal lugar de adoração.

18.11-14 O fariseu não foi ao Templo para orar a Deus, mas para anunciar a bondade própria a todos quantos pudessem ou vir. No entanto, o cobrador de impostos foi para reconhecer seus pecados e clamar a Deus por misericórdia. A hipocrisia é perigosa. Leva ao orgulho, faz com que uma pessoa menospreze as outras e a impede de aprender algo com Deus. A oração do cobrador de impostos deve ser a nossa, porque todos nós precisamos da misericórdia de Deus todos os dias. Não permita que o orgulho por suas conquistas o afastem de Deus!

18.15-17 As mães costumavam levar seus filhos aos mestres, para que estes os abençoassem Por esta razão, as mães aqui mencionadas reuniram-se ao redor de Jesus. Os discípulos, porém, pensaram que as crianças não fossem merecedoras do tempo dEle; consideraram este encontro menos importante. Mas Jesus recebeu bem as crianças, porque elas têm o tipo de fé e confiança necessário para entrar no Reino de Deus. É importante que apresentemos nossos filhos a Jesus e que nós mesmos nos aproximemos dEle como crianças, com atitudes de aceitação, fé e confiança.

18.18ss Esse líder buscava urna confirmação de que teria vida eterna. Queria que Jesus medisse e graduasse suas qualificações ou que desse a ele alguma tarefa para assegurar-lhe a imortalidade. Então. Jesus deu-lhe uma tarefa, algo que o jovem rico sabia que não conseguiria fazer. O teor da pergunta dos ou vintes foi: “Quem no mundo pode ser salvo?” A resposta de Jesus mostrou que ninguém podo ser salvo por suas obras e que o impossível sob a perspectiva humana é possível para Deus. A salvação não pode ser alcançada como se fosse uni pagamento; é um presente de Deus (ver Ef 2.8-10).

18.18, 19 A pergunta de Jesus para o líder que o chamou de “bom mestre”, em essência, foi: “Você sabe quem eu sou?” Sem dúvida alguma, o homem não entendeu as implicações da resposta de Jesus; estava certo ao chamá-lo de bom, porque Jesus verdadeiramente é Deus.

18.22, 23 A riqueza daquele homem tornou sua vida confortável e deu-lhe poder e prestigio. Quando Jesus disse a ele que vendesse tudo o que possuía, mexeu na base de segurança e identidade do jovem Ele não entendeu que estaria mais seguro se seguisse a Jesus do que se mantivesse toda a sua riqueza. Jesus não pede aos cristãos que vendam tudo o que têm, em bora esta possa ser a vontade dEle para alguns. Pede a todos nós que nos livremos de qualquer coisa que se torne mais importante do que Deus em nossa vida. Se suas posses materiais tomam o primeiro lugar em sua vida. é melhor livrar-se delas!

18.24-27 Pelo fato de o dinheiro representar poder, autoridade e sucesso, frequentemente é difícil para as pessoas ricas perceberem a sua necessidade e impotência de salvarem-se a si mesmas. Os ricos em talento ou inteligência sofrem da mesma dificuldade. A menos que Deus os alcance, não irão a Ele. Jesus surpreendeu alguns de seus ouvintes ao oferecer salvação aos pobres; hoje, Ele pode surpreender muitos, oferecendo-a aos ricos. É difícil para uma pessoa auto-suficiente perceber sua necessidade e ir a Jesus, mas o que é impossível sob uma perspectiva humana é possível a Deus.

18.26-30 Pedro e os outros discípulos pagaram um alto preço ao deixarem suas casas e empregos para seguirem a Jesus. Mas Jesus lembrou a Pedro que segui-lo implica benefícios e sacrifícios. Qualquer cristão que teve de desistir de algo para seguir a Cristo será recompensado nesta vida e na vindoura. Por exemplo, se você desistir de um emprego seguro, descobrirá que Deus oferece um relacionamento seguro com Ele, agora e para sempre. Se você tiver de desistir da aprovação de sua família, recebera o amor da família de Deus. Os discípulos começaram pagando um preço por seguir a Jesus, e Ele lhes disse que seriam recompensados. Não fique pensando muito no que você desistiu; pense no que ganhou e dê graças ao Senhor por isto! É impossível exercer a generosidade de Deus!

18.31-34 Algumas predições sobre o que aconteceria a Jesus são encontradas em Salmos 41.9; 22.16 -18; e 16.10, que, respectivamente, abordam sua traição, crucificação e ressurreição. Os discípulos não entenderam Jesus, aparentemente porque atentaram para o que Ele disse sobre a sua morte e ignoraram que assegurou sua ressurreição. Embora Jesus falasse clara mente, não entenderiam o significado de suas palavras até que vissem o Cristo ressurrecto face a face.

18.35 Os mendigos frequentemente ficavam à beira das estra das próximas às cidades, porque era onde podiam contatar as maioria das pessoas. Normalmente os deficientes e os mendigos eram impossibilitados de trabalhar e prover o próprio sustento. A ajuda médica não estava disponível para que seus problemas fossem resolvidos, e as pessoas tendiam a ignorar sua obrigação de cuidar dos necessitados (Lv 25.35-38). Deste modo, os mendigos tinham pouca esperança de escapar de seu estilo de vida degradante. Mas aquele cego teve uma profunda esperança no Messias. Ousadamente, clamou pela atenção de Jesus, e Ele o atendeu e disse que a fé lhe permitiu ver. Não importa quão desesperadora sua situação possa parecer; se você clamar a Jesus com fé, Ele o ajudará!

18.38 O homem cego chamou Jesus de “Filho de Davi”, um título atribuído do Messias (Is 11.1-3). Isto significa que percebeu Jesus como o Cristo, aguardado há tanto tempo. É interessante notar que um mendigo pobre e cego pôde enxergar quem era Jesus, enquanto os líderes religiosos que viram os milagres operados por Ele eram cegos em relação à sua identidade e recusaram-se a reconhecê-lo como o Messias.

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