Comentário de João 1:1-2
a) O Verbo em relação ao ser (Jo 1.1-2)
Nos primeiros versículos encontramos um eco claro das primeiras palavras do Velho Testamento e também uma indicação do conceito joanino do Logos. Em Gn 1.1 encontra-se o ato criativo de Deus, porém Jo 1.1 revela O Verbo que existiu antes da criação. O pensamento do escritor é impregnado do Velho Testamento e não devemos imaginar que o evangelista esteja tomando emprestado um termo ou conceito da filosofia grega daquela época. Ele expõe uma idéia que remonta ao ensino rabínico, concernente à Palavra de Deus. O logos é o Ser cuja existência transcende o tempo. Sua preexistência eterna é implícita. O Verbo estava com Deus (1). A preposição com (gr. pros) implica relação e distinção. Usada com o acusativo significa não somente coexistência mas intercomunicação direta. Plummer sugere "face a face com Deus". O verbo era Deus (1). Dito isto, não se deduz que o Verbo era Deus, no sentido exclusivo que o identifica com a totalidade da existência e atributos divinos; entretanto, significa mais do que divindade. Há uma implicação definida na reivindicação de Ele ser Deus. O substantivo theos é colocado em primeiro lugar sem o artigo, dando-lhe mais força. O logos é então identificado com Deus no sentido de que Ele é coparticipante da essência e natureza divinas e, em virtude de tal relação, pode ser considerado como Deus. No vers. 2, João reúne todas as três cláusulas da primeira sentença. O verbo era se usa no sentido absoluto de "existir" e não no sentido de "tornar-se". Sua existência transcende o tempo, não sendo Ele criado.
Fonte: Bible Commentary de John W. Scott
Nos primeiros versículos encontramos um eco claro das primeiras palavras do Velho Testamento e também uma indicação do conceito joanino do Logos. Em Gn 1.1 encontra-se o ato criativo de Deus, porém Jo 1.1 revela O Verbo que existiu antes da criação. O pensamento do escritor é impregnado do Velho Testamento e não devemos imaginar que o evangelista esteja tomando emprestado um termo ou conceito da filosofia grega daquela época. Ele expõe uma idéia que remonta ao ensino rabínico, concernente à Palavra de Deus. O logos é o Ser cuja existência transcende o tempo. Sua preexistência eterna é implícita. O Verbo estava com Deus (1). A preposição com (gr. pros) implica relação e distinção. Usada com o acusativo significa não somente coexistência mas intercomunicação direta. Plummer sugere "face a face com Deus". O verbo era Deus (1). Dito isto, não se deduz que o Verbo era Deus, no sentido exclusivo que o identifica com a totalidade da existência e atributos divinos; entretanto, significa mais do que divindade. Há uma implicação definida na reivindicação de Ele ser Deus. O substantivo theos é colocado em primeiro lugar sem o artigo, dando-lhe mais força. O logos é então identificado com Deus no sentido de que Ele é coparticipante da essência e natureza divinas e, em virtude de tal relação, pode ser considerado como Deus. No vers. 2, João reúne todas as três cláusulas da primeira sentença. O verbo era se usa no sentido absoluto de "existir" e não no sentido de "tornar-se". Sua existência transcende o tempo, não sendo Ele criado.
Fonte: Bible Commentary de John W. Scott