Comentário de Albert Barnes: João 1:12

A tantos quanto o receberam – A grande massa; o povo; os Escribas e Fariseus o rejeitaram. Uns poucos em seus dias o aceitaram, e muitos mais depois de sua morte. “Recebê-lo”, aqui, significa “acreditar” nele. Isso é expresso no fim do versículo.

Deu poder – Isso é mais apropriadamente vertido na margem pela palavra “direito”, ou “privilégio”. Compare com At 1:7; 5:4; Rom 9:21; 1Co 7:37; 8:9; 9:4-5.

Filhos de Deus – Filhos de Deus por adoção. Veja notas em Mat 1:1. Os cristãos são chamados de filhos de Deus:

1. Porque eles são “adotados” por Ele, 1Jo 3:1.

2. Porque eles são “como Ele;” eles se assemelham a ele, e tem o Seu espírito.

3. Eles estão unidos no Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, e são considerados por ele como Seus irmãos Mat 25:40, e são, portanto, como filho do Altíssimo.

No seu nome – Essa é uma outra forma de dizer acreditar “nele”. O “nome” de uma pessoa é frequentemente colocado por ela mesma, Jo 2:23; 3:18; 5:13. Desse versículo nós aprendemos:

1. Que ser filho de Deus é um privilégio – bem mais do que ser filho de qualquer ser humano, embora no maior grau de riqueza, ou erudição, ou honra. Os cristãos são, portanto, honrados mais do que as outras pessoas.

2. Deus deu a eles esse privilégio. Não é pelas suas próprias obras e méritos; é porque Deus escolheu conceder essa benção a eles, Ef 2:8; Jo 15:16.

3. Esse favor é dado apenas a aqueles que creem nele. Todos os outros são filhos do iníquo, e ninguém que não tenha “confiança em Deus” pode ser considerado Seu filho. Nenhum parente reconheceria alguém como seu filho, ou o aprovaria, se não tivesse nenhuma confiança nele, que duvidasse e negasse tudo o que ele diz, e que desprezasse seu caráter. Ainda, o pecador constantemente faz isso para com Deus, e ele não pode, portanto, ser chamado de Seu filho.


Fonte: Albert Barnes' Notes on the Bible